Olá, jovens gafanhotos! Hoje, vamos embarcar em mais uma viagem de descobertas, agora voltando ao sudeste da Ásia, mais precisamente um local conhecido como Arquipélago Malaio: o reduto das tradições e folclores do povo malaio — os indígenas dessa região! Todos prontos? Então, peguem suas garrafinhas de água e vamos!

Arquipélago Malaio

Para começar nossa aventura vamos conhecer um pouco mais sobre a região chamada de Arquipélago Malaio. Segundo dados da nossa velha conhecida Wikipédia, o local está situado entre a Indochina continental e a Austrália, também sendo chamado de “Mundo Malaio” e encontra-se entre os oceanos Índico e Pacífico. Este arquipélago tem mais de 25.000 ilhas e ilhotas e é o maior em área e o quarto em número de ilhas do mundo. Além disso, os países Brunei, Timor Leste, Indonésia, Malásia (Malásia Oriental), Papua Nova Guiné, Filipinas e Singapura fazem parte de seu território.

De acordo com pesquisadores e historiadores, a população malaia descende de austronésios e tribos austroasiáticas de língua malaia. Tais povos foram os que fundaram vários estados e reinos marítimos antigos nesta região. E, por conta de seus desenvolvimentos e contatos com outros povos vizinhos, formou-se uma imensa diversidade genética, linguística, cultural, religiosa, artística e social entre os muitos subgrupos malaios.

Como resultado desse intercâmbio regional, o mundo malaio obtém uma enorme bagagem de folclore e tradições, assim como conhecimento antigo, ainda passados de forma oral dentro de suas comunidades e grupos familiares. Agora, nosso objetivo é conhecer um pouco sobre tudo isso!

O folclore de Nusantara

Nusantara é uma palavra que teve origem no javanês antigo, e o Mundo Malaio adotou o termo para referir-se ao seu arquipélago, pois, em indonésio, nusantara significa ilhas exteriores. O folclore, contos, mitologia e tradições nusantara são transmitidos nas formas orais, escritas e simbólicas; tal cultura tem suas raízes muitas vezes relacionadas a seus grupos étnicos e indígenas.

Herança narrada

O conhecimento que é passado de forma oral gira em torno de contos tradicionais. Contos de bardo (cerita penglipur lara), fábulas de animais (cerita binatang) e histórias de fantasmas (cerita hantu) normalmente são passadas adiante na forma de canções de ninar, músicas folclóricas, exibições teatrais ou contos que são comumente contados pelos mais velhos ou nômades, com o intuito de ensinar ou relembrar as virtudes morais de seu povo.

Herança escrita

As tradições escritas do folclore e mitologia malaia são chamadas de hikayat, kisah ou dongeng, e seus textos mais antigos já encontrados estão em malaio arcaico usando as escritas predominantes da época, como o sânscrito. Com o avanço dos séculos, a língua predominante mudou, e os escribas continuaram traduzindo seus escritos possibilitando o conhecimento de diversos pontos das tradições antigas, assim como seus rituais, crenças e até mesmo os épicos com suas narrativas fantásticas, bestiários, mitologias e contos de fadas.

A importância dos símbolos

Dentro da imensa gama de tradições, rituais e tabus da cultura do Mundo Malaio está, de certa forma, o fator mais importante de sua crença: os símbolos. O povo malaio tem enraizado em sua visão de mundo a crença no sobrenatural e metafísico, como entidades sobrenaturais e criaturas mágicas presentes em sua mitologia.

Essa cultura presente em seu dia a dia é encontrada na forma de símbolos e sinais inscritos ou embutidos nas paredes de templos, palácios, casas e muitas vezes aparecem em inscrições de pedra, bem como em lápides. Dentre suas formas, o simbolismo natural é representado através de flores, árvores, animais, o mar, bem como objetos celestes, como a lua e as estrelas.

O conhecimento sobre navegação celeste e constelações são baseadas no sistema indiano, porém transcritas de forma diferente. Também há importância no simbolismo de objetos como esculturas em madeira de animais, imagens ancestrais, seres míticos e máscaras. Além disso, a figura do xamã também é tratada como uma simbólica relação do mundo mortal com o imortal, tendo ele a imagem de curandeiro e protetor de seu povo usando o mundo sobrenatural para isso.

Fonte: Wikipédia.


E por enquanto é isso, jovens gafanhotos! Em breve, teremos contos malaios para nossa doce apreciação, mas, por agora, continuem navegando pelo site e acompanhando a programação e postagens da Rádio J-Hero! Esta que é sempre do seu jeito, do seu gosto!