O policial Tamura Naoto sacrificou sua vida para derrotar um dos monstros da organização Biolon, mas renasceu como o Policial de Aço Jiban, passando a combater o grupo maligno liderado pelo Doutor Jean-Marie.
Em 1987, o mundo conheceu RoboCop, fruto da imaginação singular do diretor Paul Verhoeven, que fazia sua estreia em Hollywood. Anos depois, ele também criaria clássicos da ficção científica como O Vingador do Futuro e Tropas Estelares. O design do policial de Delta City, desenvolvido por Rob Bottin, trazia claras referências a Judge Dredd, famoso nas HQs inglesas, além de semelhanças com Uchū Keiji Gavan, e marcou profundamente o visual do cinema americano dos anos 1980.
A estética cyberpunk do filme, com influências de Blade Runner (1982), foi um dos fatores principais para seu sucesso comercial, tornando-se um dos filmes mais violentos da década. A Tōei Company, sempre demonstrando sua admiração pelas influências ocidentais em seus produtos, seguiu essa tendência de policiais reconstruídos e, em 1988, iniciou a produção de seu mais novo Metal Hero: Kidō Keiji Jiban (traduzido livremente como Policial Tático Jiban).
Inspirando-se em uma premissa semelhante à de RoboCop (que, por sua vez, já era uma referência ao anime Oitavo Homem), a trama envolve um policial assassinado durante uma missão cujo corpo é completamente reconstruído usando tecnologia cibernética. Na versão oriental, Tamura Naoto, interpretado pelo ator Tokoro Hiroshi, assume o papel análogo ao de Alex Murphy.
Renascido como Jiban, Naoto enfrenta os desafios de se readaptar à sociedade como um ciborgue, embora de forma menos explícita do que em Metalder de 1987, por exemplo. Para amenizar um pouco a carga dramática, especialmente no início da série, Naoto conta com o apoio da família do falecido Dr. Igarashi Kenzō, que o reconstruiu, e de Ayumi (Mayumi na versão original), neta do Dr. Igarashi, tratada por Naoto como uma irmã. A jovem auxilia Naoto em sua base, com a ajuda dos robôs Boris e Halley.
Quem são os antagonistas de Jiban?
O principal adversário é Biolon, comandado pelo malévolo Dr. Jean-Marie (Giba na versão original), que conta com as cúmplices Marshall e Cannon. Ao longo da série, o Doutor é auxiliado por poderosas aliadas, como Madogarbo, sua criação mais formidável, e Rainha Cosmos, uma influente entidade espacial que eventualmente trai Biolon, pois almeja estabelecer um império exclusivamente feminino.
Jiban no Brasil
Jiban fez sua estreia no programa Clube da Criança em 22 de janeiro de 1990, pela Rede Manchete, em colaboração com a distribuidora Top Tape. Foi a série tokusatsu que mais rapidamente chegou ao Brasil. Na semana de estreia nacional, o último episódio ainda estava sendo exibido no Japão.
A trilha sonora em português foi lançada em discos e fitas, assim como os episódios da série em VHS, que totalizaram apenas sete volumes. A exibição na Manchete continuou até meados de 1992.