Como vocês já devem ter percebido, esta semana a J-Hero está toda cabalística e estamos comemorando o sétimo aniversário desta rádio linda. Hoje finalizaremos a semana com as matérias especiais. Então MiA o não podia ficar de fora.
Contagiado por todos os mistérios que sondam o número 7, esta semana, iremos conhecer alguns significados deste número para os orientais. Estão preparados? Então coloquem os cintos, pois a viagem desta semana será pela Ásia!
Decolando…
Você já parou para pensar nas diversas vezes que o número 7 surgiu na história da humanidade? O Lunei pensou: A Rádio J-Hero faz aniversário de 7 anos e está tudo cabalístico. (rs) Este aparece em várias culturas, religiões, seitas e em todas essas ele é um número misterioso.
Para muitos ele é somente um número e tudo o que criamos ao redor dele foi mera coincidência ou teoria da conspiração. Para outros ele é um número mágico, a ponte para o sobrenatural, ele transmite sorte ou azar e, por isso, todas as ligações com ele são temidas.
Aqui no ocidente, temos algumas superstições em torno dele, por exemplo, quando você quebra um espelho, adivinha quantos anos de azar você terá? Para muitos os gatos possuem 7 vidas, e, principalmente, na sexta-feira 13, se você cruzar o caminho de gato preto, mais 7 anos de azar para você. Percebeu? Por aqui o número recebeu uma conotação negativa, tenta só adivinhar a quantos palmos da terra somos enterrados?
O Sete
Matematicamente falando, o 7 é o número ímpar que fica entre o 6 e o 8, é também um número primo, ou seja, é divisível somente por 1 e por ele mesmo, e o polígono que possui sete lados recebe o nome de heptágono. Para muitas pessoas as tabelas matemáticas mais difíceis de aprender são as do número 7 e do número 8. Duvida? Responda mentalmente sem usar a calculadora ou a internet, quanto é 7×8?
Já percebeu que na internet, no teclado e em um monte de lugar o 7 não possui um risco como fomos acostumados a colocar quando o escrevemos?
Utilizamos a numeração arábica no dia-a-dia, mas estes números foram criados, na verdade, pelos comerciantes fenícios que os usavam para a contabilidade comercial. E para facilitar, cada número possuía quantidade de ângulos que os números representavam. Não entendeu? Veja a imagem abaixo e tudo será esclarecido… ^^
Para Pitágoras, grande matemático e pai da numerologia, o sete é um número sagrado, perfeito e poderoso. Dizem que se você pedir 10 pessoas para falarem um número entre o 0 e o 10, 7 delas responderão 7. Ok, eu nunca tentei fazer isso, mas se quiserem, peguem seus amiguinhos como cobaias, testem e me contem o resultado. :v
Entre as somas possíveis entre números inteiros que resultam no número sete, está o 3+4, que traz uma interessante relação entre o significado do 7 para a numerologia. Nesta, este é um número que representa a ponte do conhecido para o desconhecido. E se você for olhar o significado dos números 3 e 4 na numerologia verá a relação deste com o 7.
O Três
O Número 3 é o número divino, ele é conhecido por ser um número perfeito, pois possui início, meio e fim. No Catolicismo, ele representa a trindade suprema, Pai, Filho e Espírito Santo, e simboliza o céu.
O mais interessante é que não é só na igreja Católica que o três equivale à divindade. Vemos isso também nos países nórdicos onde eles acreditam em Har, Janfar e Thridi. Na babilônia existe Anu, Enlil e Ea; no Egito, a trindade era composta por pai, mãe e filho: Osiris, Iris e Hórus.
Se você observar, na maioria dos exemplos em que o 7 aparece o 3 e o 4 também estão presentes. Na criação do mundo segundo a bíblia cristã, 3 dias foram dedicados para criação dos “campos” e os outros 4 para as criaturas e para o descanso. Entre os sacramentos 3 são para a vida espiritual: o batismo, a confirmação e a eucaristia; e 4 são para a vida mundana: o matrimônio, a penitência, a ordem e a extrema-unção.
O Quatro
Outro número estranho para os matemáticos. O quatro assim como os números já citados também surge muitas vezes nas culturas. Ele representa o mundo físico e a explicação mais aceita é a que este simboliza a quantidade de elementos que o mundo físico é composto: água, fogo, terra e ar. (Avatar, rs)
Ele está nos pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste; são quatro estações no ano: primavera, verão, outono e inverno; além das quatro fases da lua: minguante, nova, crescente e cheia. Ah, tem também as quatro fases da vida do ser humano: nascimento, crescimento, maturidade e morte.
Preciso dar mais motivos para você acreditar que o quatro está muito ligado à vida mundana? (Espero que não :p)
Uma curiosidade para finalizar o quatro: na filosofia chinesa o quatro também representa os quatro pontos cardeais e cada ponto é representado por quatro guardiões: o Dragão, o Unicórnio, o Kylin e a Phoenix. Legal, não?
Qí (七)
Chegando realmente na cultura oriental, vamos conhecer um pouco sobre o significado do sete para os chineses e japoneses que são muito ligados a superstições com números. Na China, os números ímpares e pares possuem uma polaridade energética: os ímpares são yang, a energia celestial, o masculino; os pares são ying, a energia territorial, o feminino.
O número 7 para os chineses representa um ciclo completo, já que uma fase da Lua dura sete dias. E, apesar, de ser um número ímpar, ele é um símbolo da mulher, por causa dos ciclos lunares femininos. Mas, se for pensar um pouquinho, este número não é voltado só para as mulheres, todo mundo possui ciclos de sete em sete anos, e a transição de cada ciclo é muito importante, pois tudo está líquido e o velho é deixado de lado para que o novo possa vir.
Uma curiosidade é que a maioria dos festivais e cerimônias ocorrem sempre no sétimo dia, isso é para selar a perfeição das celebrações. Na cultura chinesa o sete indica que para tudo existe uma construção maior, no zodíaco chinês, o símbolo deste é o cavalo que representa as pessoas independentes, sociáveis e encantadoras.
Shichi (七)
Para o Japão o sete é um numero de grande sorte. Lá ele também é sagrado e há muitas celebrações que ocorrem após o sétimo dia, como o nascimento de um bebê e a morte de um ente querido.
O curioso é que, apesar deste ser um número bem aceito por lá, o 49 que é o resultado de 7×7, não tem tanta fama assim, ao contrário, os dois números que o compõe são mal vistos por possuir aproximação com as palavras “morte” e “sofrimento”, respectivamente.
Um dos grandes motivos do sete ser bem visto no Japão são os Shichi Fukujins (Os Sete Deuses da Sorte, da Fortuna e Felicidade). Eles fazem parte da mitologia relacionada ao ano novo, onde com sua arca eles podem trazer presentes, felicidade, fortuna e sorte.
O mais legal é que desses deuses apenas um é originário da cultura japonesa. Os outros seis são chineses e indianos. Vamos conhecê-los um pouquinho?
Hotei (Deus da abundância e da felicidade) – conhecido como Buddha risonho, ele é considerado o patrono das crianças pobres. E, como nosso Papai Noel, ele carrega presentes numa grande bolsa para elas. De acordo com as lendas ele nunca erra as previsões do tempo e a sorte das pessoas.
Jurojin (Deus da longevidade) – originário na China, ele é também chamado de Gama. Ele sempre anda com um cajado, um copo com sake e um pergaminho onde está o tempo de vida de todos, ele sempre viaja com tsurus, cervos e tartarugas, símbolos da longevidade.
Fukurokuju (Deus da sabedoria, riqueza e fertilidade) – também originário na China, ele é o único entre os deuses que pode ressuscitar os mortos e ainda pode sobreviver sem precisar comer, ele é muito confundido com o Jurojin, pois os dois têm características semelhantes.
Bishamon (Deus da Guerra e dos guerreiros) – de origem hindu, ele é caracterizado por sempre usar uma armadura, capacete e lança e ele é o protetor dos lugares por onde Buddha pregou seus ensinamentos, defensor da paz, dos justos e da lei budista. Um dos símbolos da autoridade, ele tem o poder de curar os imperadores.
Benzaiten (Deusa da beleza, arte e conhecimento) – também de origem hindu, na Índia ela possui o Saraswati. Ela é a deusa da água, da voz, da música, do conhecimento e da arte. Filha do Rei Dragão de Munetsuchi, ela possui o poder de se transformar em uma serpente, segundo lendas.
Daikokuten (Deus da riqueza e do comércio) – originário na Índia, é considerado o deus da riqueza, do comércio, dos fazendeiros e dos cozinheiros. Por ser muito ligado aos fazendeiros e cozinheiros é comum encontrar nas cozinhas de mosteiros e casas particulares pinturas dele.
Ebisu (Deus dos pescadores e da riqueza) – o único deus japonês tem sua história com origem em uma lenda:
“Por causa da transgressão de sua mãe durante o ritual de casamento, Hiruko (nome de nascimento) nasceu sem ossos. Como ele nasceu muito fraco e não conseguia andar, ele foi lançado ao mar em um barco ante de completar 3 anos. Um Ainu chamado Ebisu Saburo o encontrou e o salvou.”
Ele é o deus das viagens marítimas, dos pescadores, do oceano e das crianças e guardião das plantações e da agricultura.
…Pousando
Antes de partirmos algumas curiosidades:
No ocultismo o 7 é muito usado, principalmente quando há algo sobrenatural envolvido, ou magia. Na bíblia cristã, Adão e Eva tiveram um filho chamado Seth, Jesus diz a Pedro que deve-se perdoar 70×7 um pecador e muitas outras vezes que ele é citado.
Na cultura indiana o 7 está presente nos chakras que possuímos e que devemos manter em equilíbrio: Chakra Básico (sobrevivência), Chakra Sacro (vitalidade e criatividade), Chakra Plexo-Solar (poder/ego e vontade), Chakra Cardíaco (emoções), Chakra Laríngeo (expressão/comunicação), Chakra Frontal (mente e intuição) e Chakra Coronário (o alto, a energia superior, o universo).
Agora que conhecemos um pouco sete chegou a hora de dar tchau… Se vocês quiserem se aprofundar um pouco mais sobre o assunto sugiro que visitem estes sites: Numerologia, Japão em Foco, Personare.
Espero que tenham gostado e me contam o que vocês acham do número 7?
Até a próxima matéria. O/