Já parou para pensar que, sempre que um novo idol do k-pop surge, não demora muito tempo para ele fazer o lançamento também no Japão? Isso, como todas as questões entre Coreia do Sul e Japão, tem uma explicação histórica. Confira no texto de hoje!
É estranho pensar que os grupos coreanos escrevam versões em japonês de suas músicas ou criem novos singles na língua nipônica e não façam isso também para outros países. Mas é fato que muitas empresas optam até por fazer lançamentos e comebacks na terra do Sol nascente.
No contexto histórico, tudo isso se dá a uma mudança na economia japonesa. Até os anos 70, o Japão era uma potência de hard power, ou seja, investia em armas, militarismo e poder nuclear. Mas, entre os anos 70 e 80, os japoneses voltaram seus esforços para serem uma influência cultural, conhecido como soft power.
Essa mudança tornou o Japão uma potência cultural, e a indústria da música no Japão é a segunda mais forte do mundo graças a toda uma estrutura voltada para esse consumo. Em resumo, os japoneses estão acostumados a consumir mais cultura de forma musical, potencializando o sucesso de artistas em solo japonês.
“Tá, mas por que cantar em japonês e não promover em coreano mesmo?”
Porque, diferente de outros países, como nós aqui no Brasil, os japoneses não têm o costume de consumir entretenimento em outras línguas. Além disso, os lançamentos também podem sofrer outras alterações como na estética dos vídeos promocionais.
Confira a diferença dos MVs de Bad Girl, música da banda B2ST lançada em coreano e em japonês:
Tudo isso não começou agora com bandas de k-pop famosas em todo o mundo. A artista BoA fez seu comeback japonês em 2002. A ideia foi um sucesso tão grande que as empresas do ramo viram o potencial de investir no Japão.
Conte nos comentários: você curte os lançamentos em japonês ou costuma ignorar?