Olá, caros viajantes! Hoje irei trazer para vocês as minhas impressões do quarto episódio do anime Mobile Suit Gundam: The Witch from Mercury! Embarquem comigo nessa viagem espacial, cientes de que haverá spoilers — e não sei avaliar se são leves ou não, então a decisão é sua de prosseguir lendo.
Sinopse
Ano 122 A.S. (Ad Stella).
Uma era na qual uma multidão de corporações chegou ao espaço e construiu um amplo sistema econômico. Uma garota solitária do distante planeta Mercúrio se transfere para a Escola de Tecnologia Asticassia, gerida pelo Grupo Beneritt, que domina a indústria de trajes móveis (mobile suits).
Seu nome é Suletta Mercury. Com uma luz escarlate queimando em seu coração puro, esta garota caminha, passo a passo, por um novo mundo.
Neste quarto episódio, Mobile Suit Gundam: The Witch From Mercury começa a se aprofundar nos temas de classe e política que alimentam a franquia Gundam. Em Unseen Trap, mais uma vez encontramos Suletta Mercury (Kana Ichinose) vencendo Guel Jeturk (Yohei Azakami) em um duelo. Mas, no final do duelo, vale recordar que Guel propõe casamento a Suletta – o que a deixa abismada. Além de sua vida amorosa, ela também precisa se preocupar com um próximo teste que mostrará suas habilidades como piloto móvel, especialmente porque ela vai precisar de dois alunos para atuar como mecânico e observadores. E mesmo com a ajuda de Miorine Rembran (Lynn), é difícil encontrar a equipe que ela precisa, em parte devido às tensões políticas existentes.
Outra vez, o foco muda de robôs gigantes duelando. A franquia de Gundam consegue abordar temas pesados como os efeitos devastadores da guerra e do capitalismo, e assim o faz: desta vez, a divisão entre os cidadãos da Terra – rotulados como “terráqueos” – e aqueles que residem em outros planetas, também conhecidos como “espacianos”, se torna o centro das atenções. A divisão é ainda mais perceptível na Escola de Tecnologia Asticassia, especialmente quando se trata de Chuatury “Chuchu” Panlunch (Miyu Tomita). Chuchu despreza os espacianos e constantemente briga com estudantes de lá. Mas ela também tem um lado doce, principalmente em uma cena que revela mais sobre sua vida doméstica, então não podemos rotulá-la apenas como uma “garota brava”, com seu cabelo estiloso e atitude tsundere; ela foi, sem sombra de dúvidas, a estrela do episódio.
Para mim, foi um episódio agradável, que desacelera o enredo e intriga para finalmente começar a dar mais espaço para o elenco secundário. O que é bem interessante sobre o ambiente escolar aqui é que, embora seja um microcosmo para os conflitos políticos neste mundo, as crianças não estão tão firmemente apegadas às suas lealdades a ponto de recusar amizade com pessoas de seu grupo externo, como a Suletta, cuja construção de personagem tem sido incrível. Ela não é como outros protagonistas de Gundam, ela tem um objetivo genuinamente altruísta e, apesar de ser tímida, está disposta a lutar por isso. O sonho dela é legal, pois demonstra o quanto ela gosta das pessoas em Mercúrio. Pessoas tais como Su, Mio e Chuchu já carregam fardos suficientes em seus ombros, independentemente de onde vieram, da terra ou do Espaço. Que direito os outros têm de zombar de seus sonhos, apenas porque podem?
Concluindo
O episódio 4 de Mobile Suit Gundam: The Witch From Mercury explora os conflitos de classe entre a Terra e o resto do universo enquanto continua o desenvolvimento de seus vários personagens. Enxergo muito potencial no anime, pois ele consegue equilibrar seus temas mais pesados sem deixar de lado a ação, e quero muito ver o próximo episódio.
AMV
A cantora Shiyui postou o AMV do seu single de estreia Kimi yo Kedakaku Are, que foi produzido por Ryō (supercell) e que é tema de encerramento de Mobile Suit Gundam: The Witch from Mercury. Após o lançamento digital, este seu single principal de estreia vai ser lançado fisicamente no Japão dia 9 de novembro de 2022.
Mobile Suit Gundam: The Witch From Mercury está disponível para transmissão na Crunchyroll. Novos episódios estreiam aos domingos.