Olá, humanos sobreviventes que devem a vida ao Ablon. Como estão? Eu, meus queridos, estou um tanto pasmo.

Há alguns dias atrás tive contato com uma matéria postada em uma grande página de jogos aqui do Brasil – e que pode ser lida aqui – onde o autor tenta explicar a sua, enfim, insatisfação para com o fato de alguns jogos antigos serem clássicos intocáveis.

De acordo com a teoria posta por ele, tais games contam unicamente com o fator emocional para nos trazer aquele sentimento de nostalgia, de quando éramos mais novos e, para completar, o rapaz cita alguns conceitos científicos (coisa que pode ser aprendida em qualquer aula de redação para dar ao texto um ar de maior relevância) para ilustrar sua ideia. Só isso, mais nada. Segundo ele, esse é o único motivo de um jogo ser considerado clássico.

Aparentemente, na visão limitada dessa pessoa, todo jogo atual dá de 10 a 0 em um antigo. Qualquer gamer de mais idade sabe que houveram sim lançamentos icônicos que foram divisores de águas em suas respectivas épocas e que, dentre esses, atualmente existem versões inspiradas que são melhores sim, assim como existem piores.

Que a imagem e som em todas as plataformas atuais é sim superior a de 20 anos atrás, mas que isso não é menos que uma obrigação. Entretanto, também tem a ciência de que, para justificar a baixa qualidade de produção em alguns nomes, apareceram verdadeiros achados em relação à jogabilidade, que dão sim um banho em certos “new classics” atuais.

Não deve haver generalização, já que tanto o mercado antigo como o atual possui ótimos exemplares que competem de igual para igual em relação a criatividade. Já joguei em cartuchos de Game Boy Color e Nintendinho algumas obras primas que outros que desfrutei em um Nintendo Wii não fizeram jus. Assim como fiquei horas em games de PS3 que não ficaria em um de Master System.

O texto fraco desse escritor, para mim, apenas mostrou-se como uma opinião preconceituosa. Foi da mesma forma que vejo pessoas criticando músicas, programas, animes e filmes pela época que foram criados, generalizando todo o conteúdo de uma era como um só. É burrice.

Agora, para ilustrar essa minha visão de que existem jogos bons em todas as épocas, relembrarei algo que eu tenho feito desde o final do ano passado. Como já dito aqui nessa matéria que fiz sobre Animaniacs, para Super Nintendo, andei revisitando alguns clássicos por meio de emuladores.

Então, para reforçar essa ideia, a partir de hoje irei postar alguns desses por aqui. Ambos possuem uma jogabilidade estupenda, capaz de arrebatar horas e horas de minha vida e transformá-las em pura diversão. Vamos lá…

Pokémon Crystal (Game Boy Color)

Para mim, o melhor jogo já feito em um portátil. Em um dos maiores momentos de ápice da franquia, esse game surge como o terceiro da série em Johto.

Com o visual quadradão característico dessa época, apresenta uma jogabilidade insana, com uma dinamicidade invejável, diferença entre dia e noite, região, os Pokémons característicos, o tamanho gigantesco. Além de ser um divisor de águas, esse ótimo jogo continua sendo muito atual e atemporal.

Mortal Kombat – Ultimate

Essa “versão deluxe” do terceiro game da franquia registra bem o que quero dizer. Tendo a evolução da técnica de utilizar pessoas para a criação dos personagens, aqui, além disso, há um maior número de variações nas jogadas dentro de um game de luta.

Existem inúmeras formas de finalizações (fatalits, babylits etc.), técnicas exclusivas, cenários excitantes.

 Bomberman

Dando uma inovada utilizando uma plataforma parecida com o ainda mais clássico, Pac-man, onde há uma visão de cima em um cenário de labirinto explorável com inimigos que devem ser derrotados, Bomberman é um grande jogo.

Conforme foram lançadas as continuações, principalmente as de Super Nintendo, ficou evidente o quanto aquele universo era genial e também o quanto nele era necessário usar de um raciocínio lógico, deixando-o ainda mais divertido.

Contra

Já há bastante tempo mostrou que nesse tipo de jogo não é preciso se limitar a apenas andar e atirar.

Contra sempre contou com um enredo bacana e uma dificuldade legal, com variações de cenário e jogabilidades ótimas.

Super Mario Bros. 3

Considerado por muitos o melhor jogo de todos os tempos, essa aventura do Mario é também a minha favorita dele. Cenários e mundos incríveis, fases bem cuidadas, detalhes na trilha sonora impecáveis, vários poderes trazidos por conta das roupas usadas, chefões bacanas de serem enfrentados, uma história doentiamente foda por trás.

É um clássico que, sim, venceria uma lista bem grande de jogos atuais caso houvesse a necessidade de uma competição…

Semana que vem voltarei com mais alguns desses jogos clássicos capazes de desbancar a teoria colocada naquela matéria. Até lá!