Há menos de duas semanas para início do Jogos Olímpicos Rio 2016 a Rádio J-Hero entra no clima do evento e vem através deste especial contribuir também para criar toda a expectativa em cima da maior reunião do esporte mundial. Está certo que o Brasil não passa pelo seu melhor momento (sejamos otakus, mas sejamos otakus conscientes do que se passa na vida real), contudo isso não é motivo para declarar ódio a essa cerimônia do esporte milenar.

Se o Brasil está ou não apto a sediá-lo é uma pauta que fica nas rodas de política e economia. Para nós importa curtir e aprender um pouco mais. Por isso a Hikari trará ao longo da semana várias matérias especiais sobre o universo dos Jogos Olímpicos a partir da nossa visão otaku da coisa! Sim, quem disse que na Cultura Otaku não se respira esporte? Temos nossas modalidades: Maratona de Animes, Ginástica com Mangás, Games Sincronizados, Levantamento de Hashis etc. e por aí vai!

No entanto vamos falar mesmo é de esportes tradicionais e trazer um pouco das curiosidades sobre este grande evento, que acontecerá pela primeira vez na América do Sul desde o início da Era Moderna.

Para essa nossa primeira matéria sobre os Jogos Olímpicos Rio 2016 falaremos um pouco da história do evento (quem sabe alguém aqui ainda não conhece!) e faremos isso de uma maneira bem animada. Vamos lá!

 

OS JOGOS OLÍMPICOS

Considerado o maior encontro do Esporte Mundial, os Jogos Olímpicos são a grande congregação de atletas de mais de 200 paísies dos seis continentes terrestres durante um período de 20 dias disputando em média cerca de 36 modalidades em busca da superação de limites e da honra de colocar seu nome e o seu país entre os melhores do mundo e da história. Esportes coletivos como Futebol, Handebol, Basquete e Volêi estão lado a lado com outras modalidades, individuais e pouco conhecidas, como Tiro com Pistola de Ar, Ginástica de Trampolim, Vela, Levantamento de Peso e outras já conhecidas e marcadas na história do evento como o Atletismo, Hipismo e a lendária Maratona.

Em termos de público, mesmo tendo o mundo inteiro participando, ainda perde para a Copa do Mundo, mesmo assim é um evento de grandes estruturas e de memoráveis feitos.

 

HISTÓRIA E HERÓIS

Os Jogos Olímpicos Modernos – como são chamados hoje – são uma releitura dos lendários Jogos Olímpicos da Antiguidade nascida na Grécia Antiga onde "nos antigos tempos mitológicos o mundo era regido pelos deuses. Atena a deusa da Guerra era a governante da Terra; o Regente do Mundo dos Mortos era o Imperador Hades; o céu era dominado pelo todo-poderoso Zeus; e nos mares Poseidon era o grande monarca. Dizem que essas dinivindades lutaram inúmeras vezes pela soberania do planeta. Durante os colossais combates entre os deuses jovens arriscavam a própria vida lutando para defender Atena, guardiã da Terra, eles eram chamados de Cavaleiros, os Guerreiros da Esperança, e enfretaram as terríveis entidades que ameaçam a a Terra desde a Era Mitológica".

É eu me empolguei um pouco eu sei! Essa é o discurso de introdução do clássico anime Saint Seiya – Os Cavaleiros do Zodíaco (KURUMADA, 1986). A Grécia está envolvida na história dos Jogos Olímpicos, mas nada tem a ver com deuses e jovens guerreiros que eram capazes de "rasgar o céus com seus socos" e "destruir a terra com seus chutes". Espera! Deixa eu explicar direito! Tem a ver com deuses – pelo menos um deles -, mas esqueçam isso de poderes provinientes do cosmo.

(Os templos gregos deram origem aos jogos com seus mitos e deuses)

 

Como ia dizendo, os Jogos Olímpicos da Antiguidade na verdade era a maior celebração religiosa que os gregos devotavam ao patriarca de seu panteão, o regente do Monte Olimpo, Zeus. Já conseguiu pegar as referências? Não precisa ser Steve Rogers né! É não precisa, mas a referência está incompleta. A morada dos deuses não é quem dá nome ao evento esportivo, mas sim um outro lugar: Olímpia. Insipirada no mito do Monte Olimpo, Olímpia é atualmente um sítio arqueológico de uma Cidade Templária em culto às divindades helênicas. O lugar é famoso por ter sido o provável local onde estaria o principal templo de Zeus com sua estátua de ouro feita por Fídias e considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, hoje desaparecida.

A cada cinco anos os gregos se reuniam no conglomerados de templos para agraciar ao poderoso Zeus por suas maravilhas e lá realizavam um verdadeiro desfile de força e beleza (elemento adimirados por eles) numa espécie de competição entre o jovens helênicos. Tudo começou – segundo o mito histórico – porque ali foi onde Zeus e os deuses celebraram a vitória na Titanomaquia, onde Chronos foi derrotado. Alguns filhos de Zeus competiram para mostrar sua força e astúcia diante dos deuses. Apolo teria sido o melhor na corrida do que Hermes e no pugilismo do que Ares. Seria Apolo o pai do Pentatlo, uma das modalidades olímpicas e por isso sempre que os competidores estão na prova do salto é tocada uma flauta, pois este era o símbolo de Apolo. Há muitas outras versões que explicam o mito e seus símbolos como a coroa de oliveira, a tocha etc.

(Seria o combate no Coliseu um resquício dos Jogos da Antiguidade)

 

Entre os heróis gregos muitos são cotados como grande nomes dos Jogos Olímpicos da Antiguidade como Hércules, por exemplo, mas nenhum deles supera o verídico e memorável é Fidípedes, que para trazer a notícia da vitória contra os persas ao compatriotas atenieneses correu mais de 40km da cidade de Maratona até Atenas onde morreu após cumprir sua missão. Daí nasceu uma das provas símbolo dos Jogos Olímpicos.

 

SIMBOLOS OLÍMPICOS E A CULTURA OTAKU

Como já disse, os Jogos Olímpicos embora sejam uma criação ocidental deixaram há muito tempo de ser algo só dos gregos para ganhar o mundo no final do século XIX até chegar no que são hoje. Entre as tradições e elementos oriundos da sua versão ancestral permaneceram algumas modalidades o tempo de realização (com um decréscimo de um ano) e símbolos como a coroa de oliveira dada ao vencedor (que se diz ter sido traçada pelo próprio Apolo – o maior campeão da versão mitólogica do evento – em amor a Dafne, que se transformou em uma oliveira) e a, é claro, o mais famoso de todos: a Tocha Olímpica.

Também chamada de Chama Olímpica o símbolo faz referência ao fogo do Monte Olimpo que Prometheus roubou dos deuses para dar aos homens. É o símbolo da união e do conhecimento humano, além de seus esforços já que o "ladrão" teve que subir e descer a morada dos deuses sem ser percebido.

Atualmente, a cada nova edição dos Jogos Olímpicos, em Olímpia é realizada uma cerimônia de queima da tocha marcando o início das festividades antes do grande momento quando o fogo sagrado crepita sobre uma magnífica pira no palco principal da cerimônia de abertura do evento.

Na Cultura Otaku existe uma das maiores referências já feitas aos Jogos Olímpicos na história do entretenimento mundial: o episódio nº 76 da primeira temporada do anime Pokémon. Em "All Fire-Up" (nome da versão ocidental do episódio) Ash (Satoshi) está prestes a chegar no Platô Índigo, palco da magínifica Liga Pokémon e lá ele se aventura em um dos momentos épicos da cerimônia do torneio: o carregamento da chama sagrada do lendário Moltress, que abençoa a competição. Já da para imaginar né!

Tem todo aquele clima de Olímpiadas! Treinadores Pokémons carregando a tocha, cerimônia de acendimento da pira, Equipe Rocket…

Viram só! Essa é a mágica dos Jogos Olímpicos. Ao que perderou mesmo com o passar das eras e se enraizou na cultura mundial ao ponto de se tornar referência em Pokémon, uma das frebres dos anos 90, que como os Jogos se enraizaram em definitivo na cultura do mundo (Tá aí Pokémon GO que não me deixa mentir).

Nas próximas matérias falaremos sobre algumas das modalidades esportivas dos Jogos Olímpicos Modernos que os japoneses adoram retratar em seus animes. Tem cada clássico…

Valeu e… Sayonara!

 

P.S.: Caso queira rever o Ep. 76 de Pokémon citado na matéria basta clicar aqui.