Desde o surgimento da lei anti-mangá, a empresa Shonen Jump se absteve de comentários sobre a mesma, sendo só agora, três anos depois do surgimento de sua pauta, que ela faz uma crítica!
A Shonen faz uma condenação pública contra os políticos japoneses por suas insistentes tentativas de “acabar” com os mangás e animes, dizendo que os mesmos são um tipo de "pornografia infantil".
A última revista lançada pela empresa, Weekly Shonen Jump (2014 – #3), contém um editorial sobre a sua oposição as tentativas de associar as imagens com as novas leis sobre pornografia infantil.
Os comentários foram os seguintes:
1 – A insistência da lei de 3 anos sobre “estudo para determinar que mangás e animes fazem mal às crianças e devem estar sujeitos à restrições”.
“Esta lei deve ser acerca de proteger crianças de danos reais. Em vez disso, inicia-se com presunção duvidosa que mangá e animações podem desencadear abuso sexual de menores, o que ainda não foi demonstrado.
Como é que é possível considerar, pesquisando como censurar esse material, quando nenhum dado factual ou objetivo sobre esta suposta relação com o abuso sexual ainda existe, em primeiro lugar?
A cultura anime e mangá no Japão é um importante conteúdo que sustenta o “Cool Japan". Por causa da liberdade de expressão, a cultura japonesa tornou-se algo que pode se orgulhar – uma lei como esta mataria a cultura e se oporia a ela.”
2 – A criminalização da “posse simples”
“A atual definição de pornografia infantil é extremamente vaga e ambígua. Se fosse colocado na lei, longe de proteger o direito das crianças, faria um grande dano a todas elas.
Pessoas que possuem fotografias de seus próprios filhos em roupas de banho, caso compartilhem as fotos, podem se tornar vítimas da lei.
É muito provável que a nova lei irá dar origem a muitas acusações fiscais.
Estas são algumas das razões pelas quais nós nos opomos à nova lei de pornografia infantil e os leitores e escritores, igualmente, devem unir as mãos para se opor a ela.”