Ai, o meu mundo todo mudou quando começaram a chover cartas em todos os lugares! A princípio elas pareciam inofensivas, e então um grupo de garotos inventou um jogo novo muito legal…

Abertura Bakugan, 2007

Em um dia comum, estranhas cartas começaram a cair do céu, contendo pequenas esferas que se abrem mostrando suas verdadeiras formas: enormes criaturas chamadas Bakugan. E a essa altura começa um dos melhores plot twists já criados.

Bakugan, 2007 a 2008.

Se fossem jogados Yu-Gi-Oh!, Pokémon, Digimon e alguns outros animes do gênero no liquidificador, com toda certeza de lá sairia o anime das esferas de batalha, que era longe de ser ruim, porém, também não era ótimo.

A história

Como já citado anteriormente, estranhas cartas começaram cair do céu, e as próprias crianças do anime desenvolveram um jogo em cima disso. O que poucos sabiam até então é que os monstrinhos eram, na verdade, seres de uma dimensão chamada Vestroia, enviados sem querer para a nossa após o vilão draconiano Naga tentar dominar os poderes primordiais da criação do universo e toda aquela história clichê de sempre. O protagonista energético, o lobo solitário com passado triste, o interesse amoroso, o inteligente da turma, o mesmo roteiro de sempre vermelho e azul, o mesmo starter pack japonês da época. O que muitos não esperam foi o estranho plot twist que essa obra reservava para os telespectadores.

Alice era a ruivinha tímida do grupo que passava despercebida já que não jogava o jogo, porém atuava como suporte para os demais protagonistas. Desde o começo já foi mostrado que a garota era neta do antagonista humano que apoiava os terríveis planos de Naga, sempre sendo interrompida e sem muito saber como lidar com esse fato; praticamente em toda a história a garota ficou entre contar e não contar quem era de fato o seu avô. Além disso, tínhamos o Mascarado (basicamente um vilão misterioso genérico), que era o melhor dos jogadores que influenciava os demais a utilizar a carta “da morte” que mandava os Bakugan derrotados para uma realidade de trevas. O desenrolar todo era arrastado sem muito foco no que apresentava, um compilado de informações inspiradas em outros animes que nunca ia muito a fundo. O foco principal, que era a batalha, não era muito explorada e debatida com regras ou “como isso funciona”, o jogo funcionava de uma maneira diferente a cada episódio.

O forte principal da animação que lembro que agitou os fóruns e mídias sociais da época era a identidade do vilão Mascarado, que muitos apontavam para todos os lados e, no final, deixou muita gente decepcionada, revoltada e também surpresa. Após alguma certa enrolação, o projeto de saiyajin foi desmascarado e nos revelado que era o tempo todo nossa queridíssima água de salsicha: Alice. De fato, essa foi uma jogada incrível do enredo: diferente de diversos outros exemplos que poderíamos citar, nunca foi muito claro quem era de fato o Mascarado, e sequer existiam teorias que apontavam para a garota.

O anime não fez tanto sucesso no Japão quanto fez em outras localidades. A segunda temporada, denominada Bakugan: New Vestroia, praticamente foi patrocinada pela Nelvana, sendo feita sob encomenda para o público ocidental.

Linha de brinquedos e jogo do PS2

No Brasil, a linha principal de produtos foi comercializada pela Long Jump. A variedade de produtos e suas versões, digamos, “alternativas” foi grande (até mesmo eu, que na época morava em uma cidade do interior do Paraná, fui contemplado com suas cópias piratas), e ainda havia o card game e as esferas que abriam com o ímã nas cartas metalizadas.

O anime teve, ainda, um jogo de PlayStation 2 que deixou saudade em muita gente. Levando o mesmo titulo do anime, o jogo para PlayStation 2 (e demais outros consoles) foi comercializado no Brasil e no mundo em 2009. Confira um trechinho de como era o game:


O anime foi um sucesso apesar dos pesares, pois, após sua estreia, a animação continuou com seus derivados. Em 2018 nos foi apresentado Bakugan: Battle Planet, um reboot da série de 2007 a 2012.

Sinceramente, eu adorava a série: talvez pela falta de senso critico quando somos crianças, Bakugan tem um espaço especial no meu coraçãozinho até hoje pois me marcou com sua linha de brinquedos e jogo de PS2 que passei muito tempo apreciando. E você? Conta aqui para gente nos comentários! 😉