Tuzi, da lua, diz: Câmbio. Oi! Tenho coisinhas para contar, algum gafanhoto na escuta?

Olá, jovens gafanhotos! A coelha que vos fala hoje dá seu primeiro pequeno passo trazendo um questionamento: será que existe alguma explicação para como toda mitologia asiática que conhecemos se formou?

China: porque tudo começa em algum lugar.

Segundo dados da nossa enciclopédia online, Wikipédia, na China de 1100 a.C. já havia indícios de crenças e práticas do tipo filosóficas e religiosas. Hoje em dia, essa crença ancestral recebe o nome de shenismo, uma forma simples de unificar em um único termo todas as religiões tradicionais chinesas.

Como sabemos, a China tem um território enorme, expandindo-se pelo continente da Ásia até ilhas como Taiwan. Por conta disso, o shenismo não pode ser catalogado como um único conceito, pois abrange diversas formas de manifestação da cultura chinesa como um todo.

O que taoísmo, confucionismo e budismo têm em comum? A China

Com o passar do tempo, essas diversas crenças, muito parecidas entre si, deram início à fundação de um conceito filosófico que moldou muito da sociedade chinesa que conhecemos hoje: o dào ou taoísmo.

A escola taoísta, assim chamada, hoje em dia tem suas divisões entre filosofia, religião e tradição. Contudo, no início era somente uma única coisa, tendo sua relação tradicional estreitamente ligada com as crenças ancestrais.

Em geral, ela foi amplamente difundida pelo continente entre as divisões étnicas, assim como facilmente mesclando-se aos mitos regionais por ter um conceito simples e natural.

Conforme o império chinês se modificou, outras escolas de pensamento filosófico também apareceram, uma delas sendo o Kǒng Fūzǐ.

A filosofia confucionista, apesar de não inserir conceitos mitológicos, contribuiu para a transformação da simples tradição de crenças ancestrais em uma estrutura religiosa ritualística concisa. E, ao pregar ética moral e política, conseguiu influenciar e acomodar-se como estilo de vida ao lado do taoísmo.

Já a crença budista veio tempos depois, durante os primeiros séculos antes de Cristo por influência de estudiosos imperiais. A filosofia foi adotada e, em determinado momento, moldada ao estilo das filosofias chinesas.

Nesta época, as culturas dos impérios espalhados pelo continente chinês, apesar de diferentes em seus estilos de governo, traziam a difusão da mitologia já muito parecida com a qual conhecemos hoje em dia.

Houve muito intercâmbio entre a mitologia chinesa, o confucionismo, o taoísmo e o budismo, originando por isso as religiões tradicionais chinesas. Por um lado, elementos pré-existentes da mitologia foram fundidos com essas religiões à medida que eles se desenvolviam (no caso do taoísmo), ou eram assimilados pela cultura chinesa (caso do budismo).

~ Wikipédia

A dispersão cultural para outros povos

Essa mitologia, juntamente com as religiões, os ritos e filosofia que a cerca, foi levada aos outros países do leste asiático, que, como dito anteriormente, foi assimilada com as crenças locais, dando uma identidade própria aos mitos.

Podemos observar isso em países como Japão, as duas Coreias, a Mongólia e países do sudeste da Ásia também, que culturalmente carregam traços de suas crenças misturadas às que vieram da China Continental.


E por hoje é só, jovens gafanhotos! Este foi apenas o primeiro passo.

Tuzi, da lua, diz: Câmbio, desligo.