Olá, pessoas!
Hoje, na estreia da You and Yuu, Coluna voltada a filmes, animes e mangás, falarei sobre um anime chamado Monster… “um anime” não, “O” anime! Seu enredo é tão bem elaborado que merece ser comentado mais uma vez aqui na J-Hero! Clique aqui e fique por dentro da matéria já postada na Rádio.
Vamos ao que interessa:
A história de Monster gira em torno de Kenzou Tenma, um neurocirurgião lindão de grande prestígio em um hospital alemão. Ele, o pobrezinho, parecia mais ser usado como fonte de publicidade para a Unidade e não recebia crédito nenhum por isso. Tinha uma bela noiva mimada, filha do diretor de lá, além de uma carreira promissora.
Isso até o dia em que ele, acreditem, decidiu efetuar as cirurgias de acordo com a ordem de chegada. Seria algo completamente normal se o Tenma-kun (saca só a intimidade) não fosse o “queridinho” das operações em famosos. Optou por salvar a vida de um garoto que tivera sido baleado na cabeça em um suposto assalto, enquanto outros cirurgiões, aqueles noobs, “mataram” o prefeito da cidade, a quem o nosso protagonista operaria se não tivesse um bom coração. -q
E então, para a tristeza dos já fãs do cirurgião oriental, a vida deste ruiu: perdeu a noiva, o cargo no hospital e o apoio do diretor de lá. Convenhamos que a primeira das perdas não fez tanta diferença, já que aquela mulher era e continua sendo um porre ao decorrer do anime, mas enfim. Transtornado, nosso protagonista foi visitar seu paciente, que passava bem. Falou sozinho, movido pela raiva que estava sentindo de toda aquela situação.
Pouco tempo depois, os médicos que o substituíram e o próprio diretor do hospital foram misteriosamente assassinados por envenenamento, fazendo-o voltar ao topo. E é aí que a verdadeira história começa a se desenrolar, quando ele descobre que tem relação com o crime, mesmo não sendo o culpado. Mais sucintamente falando: ele existe para se lascar.
O que dizer sobre esse anime que mal vi e já considero muito?
Ele é quase perfeito. Pois é, quase. E não falo por causa dos nomes quase sempre impronunciáveis e/ou difíceis de lembrar (parecem mais letras aleatórias, como, por exemplo, Eva Heihsauihsiuh e-e), mas sim pela forma com que a história flui no começo. Está okay que é do tipo quase que integralmente desinteressante para a massa que adora umas tripas voando, só que o início parece ser mais “lento” do que deveria.
O desenrolar é gradual, nos tornando sempre propensos a surpresas e a momentos de tensão, além de certas confusões mentais, do tipo: “Oi? Como assim? O quê?”. Isso é ótimo e te deixa preso na história, embora dê uma vontade de pular as cenas de vez em quando, o que não recomendo em momento algum, a não ser que você queira correr o risco de perder uma parte importante e ficar boiando depois.
Outra coisa que aponto como negativa é o final. Ele dá a entender que a série terá continuidade, e isso é de tirar a paciência de qualquer um. Você deduz algumas coisas, mas precisa ver pra crer. Aí fica aquela sensação de “está faltando algo aí”, te fazendo sentir vontade de quebrar tudo e furar os olhos de tanto ódio. Está bem… claro que não é assim, mas se torna algo realmente angustiante, ainda mais se você gosta muito do enredo.
A trilha sonora é magnífica. Cada situação ganha seu impacto com a ajuda delas e, embora muitos não gostem da opening e/ou dos dois endings, mais para frente, de acordo com que o anime for se desenrolando, você vai perceber a relação entre o que vê nos encerramentos e um componente importante do enredo. Admito que eu não suportava ouvir aquelas músicas, e isso não vem ao caso.
Os personagens, pelo menos os principais, têm o psicológico bem explorado. Você passa a conhecê-los, a entendê-los e a gostar deles… ou de quase todos, pois sempre há um que todo mundo quer mais é que morra. São eles:
Kenzou Tenma: Neurocirurgião supertalentoso que passa a se lascar constantemente, tudo isso por causa de um paciente que o fizera ir contra a política plena e verdadeiramente “justa” do hospital. É oriental, mas não se preocupe, independente do idioma, tudo o que você ouvirá é em japonês e a legenda sempre será em português.
Johan Liebert: O garoto que fez Tenma começar a se lascar, e não só por ter sido quem ele preferiu salvar. É o responsável por muitos acontecimentos da série, um verdadeiro psicopata, além de gato e incompreensível. Não adianta tentar, você nunca vai entendê-lo completamente. Mas que é lindo, ele é.
Anna Liebert ou Nina Fortner: Irmã gêmea de Johan, ela também se lasca o tempo todo. Fora adotada e recebeu o nome de Nina, mas nunca, por mais fã que possa ser, você vai descobrir qual é o verdadeiro nome dela e tampouco de seu irmão. Pelo menos não no anime. Não gosto dela, mereceu sofrer mesmo (risada maléfica).
Eva Heinemann: Ex-noiva de Tenma-kun. Ela se torna uma alcoólatra e começa a persegui-lo loucamente, mas ainda assim eu gosto dela. Não me pergunte por quê, pois não sei. Só sei que minha antipatia se foi poucos episódios depois.
Detetive Lunge: Um detetive que você vai sentir vontade de matar praticamente a série toda. Ele é doido do juízo, sério. Não tenho muito a falar sobre ele, já que em 65 dos 74 episódios foram dele enchendo o Tenma-kun.
Dieter: Uma criança que em algum momento aparece e segue Kenzou até o fim da trama. Eu não reparei muito nele, mas posso dizer que seu afeto pelo cirurgião é enorme, e o motivo pode ser facilmente compreendido, basta dar uma assistida.
Wolfgang Grimmer: Meu personagem favorito. Ele aparece só mais para frente, sendo aprofundado gradualmente. Protagonista de ambas as cenas que me fizeram chorar (eu choro com tudo, então não conta), tem um passado peculiar e superinteressante.
Rudy Gillen: Um detetive que se torna grande aliado de Tenma-kun. Ele também não aparece de início, mas toda hora surge um personagem novo, então é bem normal.
Além destes, temos muitos outros: Roberto, Karl, “Baby”, Dr. Becker, Diretor Heinemann e outros aí. São vários, mas cada um tem alguma relação com o enredo principal, direta ou indiretamente.
A série é baseada no mangá de Naoki Urasawa, que totaliza 18 volumes publicados entre 1994 e 2001, e possui 74 episódios, abrangendo os gêneros seinen, psicológico, drama e mistério. É uma ótima escolha para quem é otaku e gosta de assuntos relacionados a nazismo e Guerra Fria.
Se você conseguiu chegar até aqui, posso concluir que ficou interessado. Então, está esperando o quê? Go go assistir!
Já viu o anime? Já leu o mangá? Tem alguma sugestão? Alguma opinião? Comente! Afinal, somos você e eu!
E é isso. Em breve, voltarei com mais sobre o lado sombrio das produções orientais, então não perca!
Um beijo, um queijo e um copo de leite, pois eu vivo nos “uns”.
Confira, respectivamente, o tema de abertura e os dois temas de encerramento: