Olá, meus caros viajantes, tudo bem? Hoje vim aqui comentar sobre o episódio 3 de Bleach: Thousand-Year Blood War — que finalmente consegui assistir hoje, ainda há pouco. E sim, o texto terá spoilers; assim como na Soul Society, tento manter o equilíbrio (mas nem sempre é possível), então leia por sua conta e risco.

Os dois primeiros episódios de Bleach: Thousand-Year Blood War fizeram um excelente trabalho ao construir a mística em torno do inimigo mais perigoso e antigo da Soul Society, os Quincies. A destruição que Wandereich proporcionou afetou a Soul Society, o Mundo dos Vivos e até o Hueco Mundo de maneira muito drástica. Com a aparição repentina dos Quincies, o número de perguntas que nos fazemos foi aumentando gradativamente. O terceiro episódio de Bleach: Thousand-Year Blood War começou a responder a muitas dessas perguntas, mas uma coisa é clara: os Quincies continuarão sendo um problema.

Vamos balancear as minhas discordâncias e concordâncias desse episódio, começando com coisas que não vi funcionar muito bem: Oo primeiro é o confronto inicial de Opie com Ichigo, que serve essencialmente para explicar como os poderes dos novos inimigos são diferentes das técnicas que vimos Uryū usar antes. Opie literalmente explica a diferença para Ichigo no meio de sua luta, aparentemente para que o público possa entender, porque eu não vejo por que ele iria querer ou precisar dizer ao seu oponente. Em contrapartida, a forma Vollständig de Opie é adequadamente impressionante, tanto em sua forma inicial quanto especialmente quando ele absorve Ayon e começa a se descontrolar. Eu gostei da sequência de luta mesmo que os dois não cruzassem suas lâminas frequentemente; as habilidades de Quilge Opie foram suficientes para dar a Ichigo um páreo difícil, mas, de fato, eu senti falta de mais fluidez, pois na hora da briga ficar explicando as coisas drena muito da tensão que a sequência deveria carregar em minha visão.

Eu ainda quero tecer alguns comentários sobre a luta. Bleach sempre teve lutas ótimas, e o novo estilo de animação e o aumento da qualidade desta nova temporada, a perspectiva de cada nova luta, tudo isso traz muita expectativa. Deixando de lado o ponto de fluidez, acredito que a direção fez, sim, um bom trabalho ao introduzir todos os pontos fortes e (faltas de) fraquezas do Quincy e torná-lo parte da narrativa, sendo essa a maneira natural de fazer as coisas que tem sido feita no anime há muito tempo. Opie é um ótimo personagem para construir uma luta como essa, porque ele é forte sem ser extremamente avassalador enquanto ainda é falador e orgulhoso o suficiente para ser convincente.

Para quem não tem conhecimento do conflito entre os Soul Reapers e os Quincies ou apenas não se lembra de todos os detalhes dessa franquia, March of the Starcross consegue cobrir satisfatoriamente. Até este ponto, a única conexão real com os Quincies em Bleach é através de Uryū Ishida. Uryū anteriormente foi considerado o último dos Quincies e até mesmo a introdução de seu pai, Sōken Ishida, foi uma surpresa para todos. Agora, existem dezenas deles com poderes que superam muitos dos personagens mais fortes do universo Bleach. Quilge Opie sozinho mostra uma capacidade verdadeiramente aterrorizante de manipular Reishi, o principal componente encontrado nas almas e na matéria espiritual. Ainda recordo da primeira vez que li o capítulo do mangá em que Quilge Opie começou a absorver o Reishi de Orihime e Chad: horripilante (guardem esta última frase)!

Também acho significativo que, embora ele não esteja presente em nenhuma das frentes de batalha, ainda temos tempo de tela com Uryū, mesmo que suas cenas sejam principalmente descobrir as mesmas informações que todos os outros sabiam. Uryū é um personagem perfeito para explorar os conflitos emocionais de uma guerra entre os Quincies e a Soul Society e detalhar como ele se sente sobre cada lado e por quem ele quer lutar, pois isso é fundamental para fazer toda essa guerra significar algo.

À medida que o conflito é estabelecido, o episódio 3 de Bleach: Thousand-Year Blood War traz argumentos morais interessantes para quem nós possamos torcer. Os Quincies e os Soul Reapers têm suas próprias maneiras de lidar com os Hollows, que causam estragos no Mundo dos Vivos. A Soul Society é dedicada a manter o equilíbrio das almas quando os Hollows são derrotados; já os Quincies não querem nada mais do que a destruição. Porém, a destruição de Hollows levou a um desequilíbrio que ameaça destruir os dois mundos. Se um desequilíbrio realmente levará a ainda mais destruição, ainda não está claro, mas a Soul Society está até tomando medidas extremas para manter o equilíbrio que põe em questão sua própria moralidade.

Dessa forma, nós obtivemos uma resposta para o mistério sobre um monte de pessoas desaparecendo da Soul Society. Foi revelado que Kurotsuchi havia se encarregado de eliminar essas almas (28.000 cidadãos!), e estou ansiosa para ver a continuidade e a construção dos demais episódios. Cada episódio responde a perguntas enquanto mais surgem. As coisas estão esquentando, e mal posso esperar para a próxima semana: os capitães não se segurarão para proteger a Soul Society, enquanto Ichigo e sua equipe tentam chegar lá a tempo de ajudar.

Prévia do quarto episódio

A luta entre Ichigo e Opie ainda não acabou, e alguns podem até dizer que está apenas começando. Uma impressionante demonstração de poder do Quincy deixou Ichigo cambaleando, e nem é a melhor parte do que ainda está para acontecer neste episódio. Enviar Opie atrás de Ichigo foi apenas um ardil por parte do Quincy King, que queria Ichigo distraído para travar sua guerra contra a Soul Society. Os Sternritters invadem a Soul Society no que vai ser um episódio de bombeamento de sangue. Haverá muito mais mortes, e nós vamos descobrir sobre os Quincies e quão fortes eles são. Uryū e Ichigo também terão grandes papéis para interpretar.


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