Olá, seres humanos resultados da mistura do DNA mutante com o de robôs sentinelas. Como vão? Espero que bem.
Com a estreia de X-men – Dias de um Futuro Esquecido, mais um filme de heróis chega aos cinemas e, novamente, comentarei aqui. Caso queiram conferir a minha opinião sobre os recentes longas do Capitão América e do Homem-aranha, cliquem aqui e aqui. Assim como fiz nesses dois, aqui irei dar um pouco do meu ponto de vista como fã de HQs sobre o que assisti.
Não, não sou um “crítico especializaaaaado”. Só um admirador da arte.
E caso não tenham assistido no cinema, saiam daqui agora e fujam dos inúmeros spoilers que virão.
Se pro filme do atirador de teias eu quase que exigi que fosse assistido nos cinemas e em 3D por ser uma experiência e tanto, não posso dizer o mesmo de X-men. Não há aquele momento visual que faça pular de emoção da cadeira, nem mesmo cenários espetaculares, ou efeitos sonoros. Assistir no telão e imex ou no conforto de suas casas terá o mesmo valor.
E também inúmeros dos problemas gerados pela bagunçadíssima cronologia dos filmes, como a idade da Emma Frost, ou a relação entre o Xavier e a Mystica, ou o corpo dele ter magicamente voltado após ser desintegrado pela Fênix, ou mais uma porrada de coisas, quase nada disso é explicado. Nesse sentido, a franquia é uma bagunça.
Entretanto, nada disso faz com que o filme seja ruim.
Primeiramente, é muito bacana ver as duas gerações de elenco dos filmes em um só. Uma pena não ter tanto contato entre tais personagens, mas ainda assim é legal demais.
Confesso que fiquei com o pé atrás ao saber que, em vez da Lince Negra, quem iria ao passado seria o Wolverine – o que não está de acordo com os quadrinhos, mas enfim. Explicar isso pelo fato das células cerebrais dele se regenerarem na mesma proporção de velocidade que se desintegram soou inteligente e bastante aceitável. Fora que a personalidade irônica do Logan serviu de plano de fundo para os personagens principais da trama. Logo, ponto para o filme.
Mas qual mesmo foi essa trama? Basicamente, impedir que obtenham o DNA da Mystica para o projeto dos Sentinelas. E as formas de lidar com isso escolhidas pelos diferentes personagens e em distintos momentos são muito legais. Fica nítido que os vilões são maus e os heróis bons.
Também foi bacana a oposição entre o futuro e o passado, já que ambos aconteciam simultaneamente, pois apenas a mente do Wolverine foi mandada de volta. Notar as consequências de um no outro acabou sendo bem interessante.
E o desenvolvimento isolado de cada personagem, cada um vivendo o seu próprio drama pessoal, aplaudível. É difícil em estórias com tanta gente conseguir haver um espaço para cada um brilhar. Nisso, X-men acertou em cheio.
Melhores cenas
Com certeza, o melhor momento do filme é quando o Pietro usa sua super velocidade para retirar o Magneto da prisão. Seu jeito zombeteiro me arrancou algumas risadas.
Também vale citar o momento de redenção da Mystica, otimamente interpretada pela lindinha da Jennifer Lawrence, onde ela finalmente ouve o Charles e para o seu amado Magneto.
Piores cenas
Sinceramente, não consigo pensar em nada de ruim.
Por fim, esse novo filme dos X-men é ridiculamente bom, mas isoladamente. Se formos parar para pensar em todas as pontas soltas, a experiência será meio confusa. Mas é válido assistir já que ele é recheado de momentos épicos, interpretações doentiamente boas – destaque, além da vencedora do Oscar, para o James McAvoy ( Professor X jovem ), Patrick Steward ( Professor X do futuro ), Evan Peters ( Pietro ), Peter Dinklage ( Trask ) e, por que não, Hugh Jackman ( Wolverine ).
Agora um comentário a parte: é uma droga assistir certos filmes blockbusters logo na estreia. Tive que aturar alguns cults perto de mim reclamando de cada coisinha que acontecia, também tinha um pessoal na fileira do lado que tinha a necessidade absurda de narrar cada trecho do filme como se ninguém estivesse vendo, um casal que achava que estava em um motel na cadeira da frente, cujo o cara não parava de levantar o braço até que o xinguei, fora os gritos a cada cena mais sensual ou de ação elevada. Esse é o preço que paguei por querer ver logo.