Nos últimos anos, o universo dos animes passou por profundas transformações, tanto em termos estéticos quanto narrativos. Se compararmos animes dos anos 2000 com os de 2024, notamos uma série de mudanças que vão desde o estilo de animação até as temáticas abordadas, refletindo as evoluções tecnológicas e culturais da sociedade. Se pegarmos dos anos 80/90 também notaremos uma mudança ainda mais significativa.

Claro, isso não é uma regra, pois as coisas também dependiam, por exemplo, de qual estúdio e orçamento estavam envolvidos na produção das animações.

Uma das mudanças mais evidentes é o traço dos personagens e a estética geral. Frequentemente possuíam um estilo mais detalhado, com cores moderadas e uma ênfase na expressão emocional. Em contraste, os animes atuais adotam traços mais limpos e estilizados, com paletas de cores mais vibrantes e uma maior utilização de CGI. Essa transição para a animação digital trouxe melhorias técnicas, mas gerou discussões sobre a perda de texturas e autenticidade dos desenhos tradicionais.

Diversificação de gêneros

Nos animes antigos, certos gêneros dominavam a cena, como shōnen, mecha e magical girl. Embora esses gêneros ainda sejam populares, houve uma grande diversificação nos últimos anos. Hoje, vemos uma expansão para gêneros que exploram temas mais filosóficos, psicológicos e sociais, como animes sobre saúde mental, questões existenciais e até mesmo vida adulta. Séries como Shingeki no Kyojin e Made in Abyss abordam questões complexas e sombrias que não eram tão comuns em décadas anteriores.

Nos anos 90 e 2000, as representações de personagens femininas em animes eram frequentemente limitadas a estereótipos, como a donzela em perigo ou a heroína mágica. Embora ainda haja animes que perpetuam essas ideias, personagens femininas mais fortes, complexas e bem desenvolvidas se tornaram mais comuns, como em Attack on Titan (Mikasa) e The Promised Neverland (Emma).

Mudança na duração dos episódios e temporadas

Antigamente, era comum que animes populares tivessem dezenas, às vezes centenas, de episódios consecutivos (como Naruto e Dragon Ball). Hoje, a tendência é de temporadas mais curtas, com 12 a 24 episódios, divididos em arcos ou cours. Isso permite uma produção de maior qualidade em termos de animação, mas também reflete a mudança no consumo de mídia, onde o público prefere maratonar séries em vez de acompanhá-las ao longo de anos. Essa abordagem mais concisa ajuda a manter a atenção do público e facilita a exportação para plataformas de streaming.

Justamente por conta dessas plataformas de streaming como Crunchyroll, Netflix e Amazon Prime Video, a indústria agora cria pensando também no público internacional, o que pode influenciar escolhas de conteúdo, personagens e cenários.

Anna falando português com os parentes em Na Nare Hana Nare.

O fan service, que inclui cenas ou elementos voltados especificamente para agradar o público (como sexualização de personagens, situações cômicas exageradas etc.), aumentou em muitos animes recentes, especialmente em gêneros populares como o isekai. Alguns animes exageram nesse aspecto, o que pode afastar uma parte do público que busca histórias mais sérias e profundas. Porém, isso é também uma forma da indústria atrair audiência, especialmente em gêneros voltados para adolescentes.

Essas mudanças mostram como o anime se adapta às novas gerações e tecnologias, mantendo-se relevante e popular, mas nem sempre agradando a todos, especialmente aqueles que sentem falta da estética e do ritmo mais tradicional.

E então, qual é a conclusão?

A conclusão a que chego é que, com o passar do tempo e o avanço da globalização, as mudanças nos animes tendem a ser cada vez mais significativas, seja isso bom ou ruim. Esse fenômeno me leva a refletir profundamente sobre como as narrativas e as histórias se desenvolverão nos próximos dez anos.

Será que veremos um fortalecimento das tradições que moldaram o gênero ou uma maior influência de tendências globais que poderão alterar sua essência? De qualquer forma, é inegável que o futuro dos animes promete ser marcado por transformações culturais e estéticas que impactarão profundamente sua forma de contar histórias.

E então, qual é a sua opinião sobre o assunto? Deixe suas considerações nos comentários a seguir. Adoraria saber o que você pensa sobre as mudanças e o futuro dos animes. Sua perspectiva é muito importante para enriquecer essa discussão! 😉