Oi, gente! Aqui é a Mell e trouxe mais uma fanfic aleatória de Boruto para vocês. Espero que gostem! Boa leitura :3
Boruto – Dono de Casa
Sakura doente era novidade para Konoha. A esposa de um dos ninjas mais fortes de Konoha era reconhecida por sua força monstruosa e a capacidade de manter a calma nas situações mais críticas. Essas e muitas outras características fizeram dela uma médica exemplar, mas nem mesmo Sakura Uchiha e sua saúde de ferro fugiram da gripe de febre beirando 39°, que a deixaram presa em uma cama, sob a ameaça de Ino e um olhar assustador de Sasuke, que voltou correndo para casa assim que a notícia do estado atual da esposa o alcançou.
E decidindo fazer o seu papel de marido ao menos uma vez na vida, ele não deixou que Sakura levantasse da cama para fazer as tarefas de casa, dizendo que se encarregaria delas naquele dia e nos próximos que se seguiriam, caso fosse necessário.
Sara ficou boquiaberta ao entrar na cozinha e ver o pai trajando um avental rosa, com uma garrafa térmica em uma mão e uma caixa de leite na outra.
— Bom dia, Sakura! Já terminei o café, então sente-se e comamos juntos.
— Bom dia… Pai… — atendendo o seu pedido, ela se sentou, não acreditando no que via — Não esperava te ver aqui novamente tão cedo. Me disseram que você estava em uma missão importante e talvez demorasse meses para concluí-la, o que mudou?
— Sakura não está bem, e eu não queria que deixar vocês duas sozinhas com ela nesta condição. O Hokage me liberou por tempo indeterminado, então estarei aqui até que ela melhore.
A pequena Uchiha não conseguiu conter seu sorriso de orelha a orelha ao ouvir aquilo. Sua mãe ficava radiante quando Sasuke estava em casa, e com ela não era diferente.
Os dois comeram conversando sobre coisas banais e fizeram companhia para Sakura enquanto esta comia na cama, sem forças para manter um diálogo duradouro e coerente.
Quando ela finalmente dormiu, convencida de que Sasuke conseguiria, com a ajuda de Sarada, dar conta da casa, os dois se retiraram do quarto do casal e o desastre começou.
Sasuke quase convenceu a filha que ele sabia o que fazer. Percebeu que ele estava fingindo não estar perdido quando o mesmo inventou de limpar o quarto dela usando água sanitária.
— Quer me matar, pai? Você não tem noção do quanto esse troço faz mal para a gente! — tomando os produtos de limpeza da mão dele e cuidadosamente os colocando no chão, ela apontou para a cozinha e fez uma expressão muito semelhante a de um certa rosada que ele conhecia — Vá lavar a louça. Ali você não corre os risco de assassinar a própria filha — aquele jeito mandão dela deveria ter lhe irritado, mas ela agiu de um jeito tão parecido com Sakura que tudo que ele pôde fazer foi reagir exatamente como reagia com a esposa: abaixar a cabeça e obedecer.
— Okay.
A paz reinou naquele lar, até que o som de algumas coisas sendo quebradas fez Sarada abandonar o árduo processo que era limpar seu quarto, banheiro e sala e ir para cozinha, vendo Sasuke juntar o que restava de dois pratos e um copo com a vassoura.
— Pai, como você conseguiu quebrar eles? — perguntou, tentando não demonstrar sua impaciência. Era o segundo deslize de Sasuke em menos de uma hora.
— Escorregaram da minha mão. — ele respondeu, como se aquilo fosse justificativa mais plausível do universo.
— Se escorregaram, é porque você não estava prestando atenção no que estava fazendo. Saia daí! Eu termino de lavar a louça, vá lavar nossas roupas. Você não vai conseguir quebrar nada assim.
Novamente, Sasuke acatou as ordens sem questionar, e Sarada teve de lavar a louça, além de limpar o chão dos cômodos citados anteriormente.
Ao terminar tudo, ela sentou suspirando de alívio no sofá, mas seu momento de paz e sossego acabou assim que ela ouviu Sasuke lhe chamando.
Chegando na lavanderia com uma cara de poucos amigos, ela viu seu pai segurando umas camisetas brancas. Ou que eram brancas em sua forma original, pois agora eram uma mistura confusa de azul, rosa e verde.
— Por que elas ficaram assim?
Batendo a mão na própria testa, Sarada respirou fundo para não insultar seu querido e maldito pai, tomando as roupas molhadas da mão dele.
— Vai fazer o nosso almoço! Eu vou tentar dar um jeito nelas.
Sasuke sentiu sua morte chegando e se retirou com pressa daquele local.
Ela não conseguiu deixar as roupas completamente brancas, mas por ora era tudo o que podia fazer enquanto Sakura não estivesse ali para orientá-la.
Por sorte, Sasuke parecia não ser uma negação cozinhando, e eles tiveram uma refeição agradável, com direito a suco de maracujá e uma barra de chocolate de sobremesa para acalmar os ânimos de Sarada.
A coitada estava com fumaça saindo da cabeça de tão irritada que estava. Ela nunca teria deixado as tarefas de casa nas mãos do pai se soubesse que ele mais atrapalharia do que ajudaria.
O resto da tarde foi mais tranquilo, para a sorte da mais nova, que desmaiou na cama a noite de tão cansada que estava. No fim, ela fez a maior parte das coisas, mas pelo menos a casa estava em ordem e não levariam uma bronca feia de Sakura quando ela estivesse melhor.
No dia seguinte, uma Sakura novinha em folha sorriu orgulhosa para Sasuke ao ver a casa tão bem cuidada.
— Como nunca te vi sequer pegando numa vassoura, imaginei que não se desse bem com os afazeres de casa. É bom saber que posso contar com você, meu amor.
Uma veia saltou da testa da pequena Uchiha, que nem esperou o pai abrir a boca antes de despejar tudo fora.
— Mãe, esse homem quase me matou, quebrou dois pratos e um copo e nos deixou sem roupas brancas em uma só manhã. Nunca mais fique doente! E se ficar, chama uma diarista ou algo assim, porque meu pai vai acabar pondo fogo nessa casa na próxima vez que dependermos dele!
Sasuke ficou vermelho e Sakura riu, se vendo em sua filha naquele momento.
— Tem razão, Sasuke, eu e ela somos mais parecidas do que imaginei.
O Uchiha quase riu junto com a esposa, se ela não tivesse dado um sorriso assustador.
— Naruto me disse que você não tem um dia certo para voltar, então o que acha de aproveitar esse tempo ocioso para aprender como ser um bom dono de casa?
Ver as duas limpando as mãos com uma expressão determinada e maldosa no rosto fez um dos ninjas mais fortes de Konoha engolir em seco.