Depois de mais um mês de hiatus estou retornando para esse espaço com um objetivo lindo de falar sobre uma banda que simplesmente me conquistou.
Em janeiro desse ano de 2018 uma pessoa muito importante para mim disse que queria me apresentar sua banda do coração. E uma música após a outra, uma história após a outra eu ficava mais boquiaberta e apaixonada pela banda e pelas músicas.
Logo no começo eu nem conseguia escolher uma canção favorita, e atualmente essa tarefa não é menos árdua. Mas eu percebi que simplesmente gosto de toda a discografia com apenas uma milimétrica vantagem de duas canções em relação as demais.
Conto essa historinha só para informar que não sou uma especialista e profunda conhecedora sobre eles, mas resolvi escrever a matéria ainda que não consiga fazer total justiça ao trabalho deles, como uma forma de fazer com que mais pessoas conheçam ao menos o mínimo como eu. Dito isso convido qualquer um a me corrigir ou acrescentar qualquer curiosidade ou informação aqui nos comentários.
Agora deixemos de enrolação e vamos falar do astro dessa matéria: o Chthonic!
Chthonic é uma banda de heavy metal (oriental metal, na definição da rainha Doris Yeh) de origem taiwanesa formada no ano de 1995 em Taipei. A formação original sofreu diversas modificações e apenas o fundador e vocalista é o mesmo desde o nascimento da banda, e temos como formação atual:
- Freddy Lim, vocal e erhu
- Doris Yeh, baixista e vocal de apoio desde 1999
- Jesse Liu, guitarrista e vocal de apoio desde 2000
- Dani Wang, baterista desde 2005
- CJ Kao, no teclado e sintetizador desde 2005
Quanto ao estilo musical a banda faz uso de instrumentos de música tradicional taiwanessa junto com instrumentos mais conhecidos aqui no ocidente associado a um vocal gutural bem forte.
É bem notório desde a primeira vez que você os escuta que todos esbanjam talento musical, mas o que mais me impressionou na banda não foi apenas isso e sim tudo o que tem por trás de cada composição e cada vídeo.
O Chthonic tem como principal temática para as suas músicas a história e cultura de taiwan e dos taiwaneses. A banda é conhecida por seu envolvimento na situação de tensão política constante entre China e Taiwan e por serem incansáveis manifestantes pró “independência” de Taiwan e serem combatentes do partido Kuomintang, que é contrário à liberdade do país em relação a China.
Cada uma das músicas do Chthonic tem o papel de não permitir que as pessoas esqueçam de tudo o que Taiwan e seus habitantes sofreram durante as muitas batalhas e repressões. Vou contar um pouco mais sobre algumas das músicas (que coincidentemente são as minhas favoritas), mas não deixo de destacar que não escutei nenhuma música deles da qual não gostasse.
Takao | Broken Jade
Takao e Broken Jade, como músicas integrantes do álbum Takasago Army, buscam contar mais sobre a história dos taiwaneses que participaram do exército japonês no período de 1940-1945. Ambas as canções buscam falar sobre o conflito de identidade que esses ex-soldados tiveram que viver (isso é melhor demonstrado em Takao) e sobre o destino trágico desses soldados, que em sua maioria, foram escalados como kamikazes do exército (essa parte é mais explorada em Broken Jade).
Supreme Pain For The Tyrant
Mais uma música que eu não poderia deixar de mencionar aqui (essa música briga arduamente com a próxima pelo posto de minha canção favorita do grupo) é Supreme Pain For The Tyrant. Essa música e esse clipe contam a história do momento em que um membro de um grupo pró-liberdade de Taiwan tentou assassinar o então Vice-Premier chinês Chiang Ching-Kuo.
Defenders Of Bú-Tik Palace
A última música que vou citar aqui (não por falta de músicas boas para citar, mas sim de espaço e tempo hábil para listar tanta música excelente) é Defenders Of Bú-Tik Palace. Essa canção (que conta com uma versão acústica igualmente linda) trata da história do massacre onde o governo nacionalista chinês ordenou a morte de 228 pessoas taiwanesas.
Após citar essas músicas maravilhosas eu me despeço de vocês por hoje, esperando sinceramente que tenha conseguido despertar a curiosidade de cada um por conhecer mais um pouco sobre a banda.
Até a próxima, beijinhos e Dateba nee!