Hikari finalmente de volta! Sim, depois de um mini hiato diante das novidades que a Otaku JukeBox vinha trazendo eu consegui um tempo para abordar bons assuntos também aqui nesta coluna.

Como já é de praxe quando se chega ao fim de uma anime season nós trazemos aqui uma abordagem sobre um anime que chamou nossa atenção. Para esta Summer Season vários animes chamaram minha atenção, mas muito me desgradaram no fim. O que é incomum para a temporada mais aguardada do ano. Enfim, foi algo diferente!

Em 2016, o verão nos trouxe boas novidades como DGray-Man Hallow, que foi aquém do ques estava esperando nem mesmo a nostalgia conseguiu aplacar. O fim de Re:Zero foi um dos pontos altos da temporada. Nenhum título dos novos foi tão expressivo assim. Qualidea Code começou enxuto, muito morno até teve um plot twist genial no roteiro, mas não conseguiu abarcar a trama da light novel como se esperava. A A1Pictures nunca decepicionou tanto em uma adaptação de novel como em Qualidea Code.

O ecchi hard Masou Gakuen HxH foi o típico fanservice em 20 minutos. Só agradou mesmo que assistiu a versão sem censura. Ali foi pânico! Outra decepção foi Taboo Tatoo. O anime nada mais foi do que uma série de recortes de cenas de ação e design sexy de algumas personagens. Um lixo!

Boas atuações foram de 91 Days e Hitori no Shita: The Outcast (esse último uma produção vinculada a Tencent). As grandes atuações ficaram para Tales of Zerestia the X, que foi uma maravilha do começo ao fim e deixou um gostinho de quero mais. E a segunda fase de Shokugeki no Souma, que só arrebatou mais fãs para a série.

Os destaques finais ficaram com Orange (que realmente é bom, mas que me desagradou em muitos momentos), Digimon Adventure Tri: Kokuhaku (que foi bem recebido e deixou pulgas atrás das orelhas) e o anime a ser enfatizado nessa matéria: Amaama to Inazuma.

 

Amaama to Inazuma

Quem diria que um anime onde o foco é a vida de um pai viúvo com sua filha de cinco anos seria para este redator o melhor da Summer Season 2016 a ponto de receber destaque aqui na Hikari. Bom, o fato é que quando se passam os dias a gente vai ficando mais maduro para certas questões e acaba se espelhando em histórias maduras para relaxar.

Amaama to Inazuma é um anime adaptado de um mangá homônimo de autoria de Gido Amagakure e em publicação pela editora Kodansha. Em 12 episódios tivemos um complilado dos 4 primeiros volumes da série em momentos divertidos, séries e românticos.

A história de Inuzuka Kohei (o pai viúvo), Inuzuka Tsumugi (a filha) e Iida Kotori (uma estudante do ensino médio) se cruza quando um tema em comum entre eles surge: cozinhar. Sim, o anime gira em torno de episódios culinários com direito a receitas, modo de preparo e degustação. Parece meio bobo e é, mas é isso que torna o enredo intenso. O tempo todo sendo uma fuga de tensão, os momentos culinários são onde mais forte ficam as abordagens sobre o convívio em família, a relação pai e filha, e as questões que envolvem uma viuvez precose

Imagine-se no lugar de Kohei: pai, com uma filha de 5 anos, a esposa morta há 1 ano, e sem nenhuma noção de como criar a filha. Difícil imaginar? Essa é a intenção da história. Mostrar o quão difícil é manter uma família e os entraves que pais e mães vivem para o fazê-lo.

Iida Kotori é o anjo na vida desses dois. Mulher, jovem e cheia de carisma, a estudante do colegial acaba encontrando no casal de pai e filha um motivo para socializar, já que ela em si é muito timida. A construção da amizade dos três em torno de seus momentos juntos na cozinha é inusitada eu admito, mas se torna tão natural como praia e verão. Kotori tem uma relação difícil com os pais que são divorciados. Mora com a mãe, que é uma culinarista muito ocupada e acaba se sentindo só. Ela vê no interesse de Kohei pela felicidade de Tsumugi a forma de se sentir amada e presente numa família.

No anime ficamos somente nesse momento kawaii da relação entre eles, mas no mangá isso começa a esquentar. Lembrem-se: Kotori e Kohei são acima de tudo aluna e professor. Só que Kotori começa a dar pinta de que está apaixonada pelo amado sensei. Me pergunto o que isso vai dar…

Bom a análise que fica de Amaama to Inazuma é que um slice of life não precisa ser dark para tratar de assuntos sérios. gido Amagakure aborda o tema da família divida com uma sutilieza quase imperceptível. Essa nova conjuntura da vida familiar que está representada no divórcio, nas novas constotuições familiares e tudo mais podem ser vencidas em momentos de prazer como cozinhar. O que vale é quer o bem de quems e ama!

Até a próxima e Sayonara!