Oi! Eu e a Vicky estamos aqui para trazer nossas impressões sobre Samurai X: A Origem, e tentamos não trazer spoilers, só nossas opiniões. Então, sem muita enrolação, venha conosco descobrir o início da jornada deste samurai.
Samurai X é o unico live-action que eu consigo assistir, pois sua qualidade e produção são simplesmente impecáveis: eles conseguem capturar quase que 100% a alma do mangá – principalmente este arco, que é tao importante, retratando a origem de Kenshin e como ele conseguiu sua tão famosa cicatriz.
O protagonista, como sempre, arrasou em mais uma interpretação! Como já li este arco no mangá, posso dizer que do começo ao fim está bem fiel, adorei o modo como colocaram o personagem em cenas históricas do Japão, mostrando vários personagens reais que fizeram parte dessa época, tornando tudo muito mais interessante.
As cenas de luta estão simplesmente incríveis! Foram em vários locais inusitados e, assim como nos filmes anteriores, quase não utilizaram dublês, o que deixa tudo muito mais realista e interessante: o protagonista tem um desenvolvimento muito bom, sem muita enrolação, que deixa o filme mais fluído e acelerado
O filme ainda deixou algumas pontas soltas, mas é compreensível, pois o arco é muito grande. Para somente um filme, então, é obvio que algumas coisas teriam que ser mais rushadas, mas, em minha opinião, nada que estrague o filme; achei tudo muito bonito e com uma vibe mais adulta e dark, comparado com os filmes anteriores.
Resumindo: o filme está muito bom, com cenas fluidas e muito bem coreografadas. Adorei os cenários utilizando vários pontos reais da historia do Japão, assim como na própria história do protagonista, mostrando como ele se tornou o Retalhador e ganhou sua cicatriz. Recomendo muito que todos assistam!
Vicky
Estreou no final de julho de 2021, na Netflix, o quinto e último live-action de Samurai X, Samurai X: A Origem, que narra os acontecimentos que levaram Himura Kenshin (Takeru Satō) a se tornar o personagem que conhecemos. O diretor Keishi Ōtomo, pela quinta vez, retorna a esse universo para finalizar a história, desta vez com foco na época em que o jovem achava que o único modo de trazer uma nova era de paz seria como um Retalhador.
A história se sucede em Quioto, no ano de 1864, quando, depois de 300 anos, grupos separatistas querem pôr fim ao xogunato. E aqui vamos fazer uma pequena pausa para entender esse conceito:
O Xogunato Tokugawa foi uma ditadura militar feudal estabelecida no Japão por Tokugawa Ieyasu, governada pelos xoguns (grande general) da família Tokugawa no período de 1603 a 1868. O nome do período é também conhecido Período Edo, em homenagem à cidade de Edo (atual Tóquio), que era a capital do Xogunato Tokugawa, até a Restauração Meiji, que acabou definitivamente com o período dos xogunatos.
Era esse o tipo de regime que imperava no Japão da época, criando uma divisão entre os cidadãos, despertando grupos rebeldes, e é em um desses grupos que nosso protagonista atua, vendendo seus serviços pra eliminar membros do xogunato de uma forma tão eficiente que lhe fez ganhar a alcunha de Battōsai, o Retalhador.
Em apenas um ano, ele fez cem vítimas, se tornando um dos samurais mais temidos de Quioto. O Shingunsemi, a força policial do Xogunato, considera Kenshin a maior ameaça. Porém, sua vida dá uma reviravolta quando ele chega a uma pousada e encontra Tomoe Yukishiro, que estava sendo assediada por vários homens, e ele então a protege, começando assim uma espécie de relação entre Kenshin e Tomoe.
Vale a pena?
A direção de atores, arte e de fotografia são os pontos altos da produção e merecem amplo destaque, recriando diversas partes do Japão do século XIX com muita maestria, sendo uma adaptação muito competente, com ótimas performances, sendo, pois, um bom filme de ação e drama. Tanto Takeru como o elenco principal executam todas as sequências de ação sem dublês, o que, no final, resulta em cenas de ação mais emocionantes, com destaque para o confronto final entre Kenshin e o grupo Yaminobu.
O que não gostei tanto foi carência no figurino: as perucas e bigodes utilizados são visivelmente falsos, o que me incomodou, mas ainda achei que o visual mais soturno de Himura Kenshin dá um ar de luto, que é essencial para a atmosfera que foi construída, especialmente para os dois últimos atos. Finalizo com a música-tema e aconselho vocês a olharem a tradução da mesma…