Aviso: Antes de ler esta matéria, deve ficar claro que é altamente recomendado o uso de fones de ouvido com trilhas sonoras românticas para dar uma “adocicada” nesse clima de Copa do Mundo.
*Pigarreia para ficar com a voz de locutora romântica*
Olá, otakus cheios de amor em seus corações… Sejam bem-vindos a You and Yuu especial de Dia dos Namorados, que está recheada de amor e vozes de locutoras de programas românticos.
Aqui estou eu, Yuu, a fim de amolecer esses seus kokoros palpitantes com duas histórias de amores impossíveis: Byousoku 5 Centimeter e Hotarubi no Mori e.
Caso você não esteja a fim de encontrar spoilers ou se deprimir por estar solteiro(a) e prestes a ver desgraças amorosas, aconselho que pare de ler por aqui.
Corajosos, convido-lhes para conhecer um mundo de paixões, dramas e fofuras até nas menores coisas. Conheça o mundo dos romances e deleite-se com a J-Hero, a rádio que vai apaixonar você (pegando o espírito da coisa). -q
Aumente o volume e embarque, pois vamos começar!
“Takaki-kun! Não seria legal se fôssemos juntos assistir às pétalas de cerejeira novamente?”
Sabe, uma vez eu ouvi falar que a velocidade em que caem as pétalas de cerejeira é de cinco centímetros por segundo… Onde? Em Byousoku 5 Centimeter.
Sob produção de Makoto Shinkai, esse lindo filme é divido em três partes: Essência de flor de cerejeira, Cosmonauta e 5 centímetros por segundo.
O enredo gira em torno de Takaki Tohno e Akari Shinohara, dois amigos de infância que acabam tendo de se separar por conta dos empregos de seus pais. Comunicando-se por cartas, vêm-se cada vez mais distantes, tanto fisicamente quanto emocionalmente, e, contudo, as lembranças mostram-se marcantes e presentes em suas vidas.
Okay, resumi tudo. Mas agora vamos por partes:
“Ei, de alguma forma… não se parece com a neve?”
A primeira parte do filme já explica o motivo de o filme ter o nome que tem (5 centímetros por segundo) e também retrata a primeira separação dos dois, que ocorre no fim do primário. Nela, os dois passam a se comunicar por meio de cartas e, assim que se veem diante de mais uma mudança, desta vez de Takaki (ela havia se mudado primeiro), decidem se reencontrar.
Eu fiquei um tanto confusa nesse início, embora ele me seja a parte mais perfeita de todas, e aposto que todos que também assistiram concordam comigo. Ou vai que eu seja uma lesma na hora de racionar, sei lá.
“Quando comecei a escrever mensagens que nunca são enviadas?”
A segunda parte já retrata uma outra fase de suas vidas. Nela, Takaki é um rapaz gentil, prestativo e tudo de bom, mas suas lembranças e a saudade que sente de Akari fazem dele uma pessoa infeliz, do tipo que vive por viver.
Aqui, temos Kanae Sumida (“Cadê a Kanae?” “Estou aqui!” “Você anda muito sumida ultimamente!” HUEHUEHUEUHUEH) e suas tentativas vãs de alcançar os sentimentos do rapaz. A moça aos poucos vai notando que Takaki vive em “outra dimensão”, com o coração e os olhos voltados para algo com que ela não poderia lutar.
“Ontem eu tive um sonho.
Um sonho que eu havia tido há muito tempo.
Neste sonho, nós tínhamos 13 anos.”
Na terceira parte, ambos já são adultos. É por aqui que a “revolts” do pessoal começa, pois, na real, Takaki está mergulhado na merda, enquanto Akari parace seguir sua vida. E nada como uma música de letra depressiva pra cacete para nos fazer suar pelos olhos, né não?
O que posso dizer sobre esse filme que mal vi, e já considero pacas?
Com uma trilha sonora e cenários belíssimos e delicados, Byousoku 5 Centimeter conseguiu conquistar um espacinho especial no meu coração de eterna apaixonada.
Apesar de eu sentir uma baita raiva porque ele nunca foi capaz de dizer o que sentia, pois primeiro perdeu uma carta e depois encheu o celular de mensagens jamais enviadas, sem esquecer a cena final, que, meu Deus, eu quis morrer, simplesmente me deixei levar pela pena de vê-lo naquela infelicidade por conta da maldita Akari.
Claro, muito tempo se passou e, com isso, a vida foi passando também, mas eu não consegui achá-lo um completo babaca. Ele se fechou na sua vida, se afastou das pessoas e se entregou a essa solidão… só consegui sentir pena e pensar: “Aposto que eu o tiraria desse buraco.” –nnnnn
Tá, eu posso estar exagerando nessa de tirar o cara do buraco (não que eu não fosse capaz -q), mas ele realmente tornou-se um homem muito bonito, daqueles de não se jogar fora. Não sabe o que ficou perdendo, A Cárie. ~trocadilho lixoso com o nome da guria
Foi doloroso imaginar minha vida como a dele se tornou no fim das contas. A pessoa acaba sem saber muito bem se ele se prendeu aos sentimentos que sentia por ela… ou à culpa de nunca ter dito o que sentia…
Enfim, eu achei o filme lindíssimo, embora ele fuja um pouco da realidade (Takaki apaixonado por Akari por sei lá quantos anos é meio “Oi?”, mas prefiro imaginar que o que o prendia no passado era o sentimento de culpa), e super recomendo para quem não acredita em finais felizes. <3
Acho que a grande mensagem final do filme é como um trecho de uma música chamada Azul da Cor do Mar: “E na vida a gente tem que entender que um nasce para sofrer enquanto o outro ri.”
Deixemos essa imagem um tanto cruel para trás… Falemos do próximo filme!
“Está tudo bem se você esquecer de mim.”
Agora, apaixonados ouvintes da J-Hero, conheçam uma história de amor pura e comovente. Conheçam Hotarubi no Mori e!
Hotaru Takegawa é uma garotinha de 6 anos. É verão, e ela vai visitar seu tio sempre que esse período do ano chega. Como qualquer criança, ela é curiosa. Movida por essa curiosidade, adentra a Montanha do Deus da Floresta, só que acaba se perdendo.
Para seu alívio, uma voz a chama atenção. Ali, então, ela conhece um rapaz de máscara que se declara um espírito da floresta e alega que, se um humano tocá-lo, ele desaparecerá. Seu nome é Gin, e é assim que essa história de amor começa.
Eles se tornam amigos e passam a se encontrar todos os verões. Mas, junto desta convivência e do amadurecimento da moça, sentimentos vão surgindo e o fato de não poderem se tocar começa a doer.
Em algum momento, ele conta para ela o motivo de usar uma máscara mesmo sendo tão delícia.
“Eu vou te proteger, Hotaru.”
“Quando você fala coisas assim,
eu sinto vontade de te abraçar.”
“Então abrace. Sério.”
Gin a chama para ir ao Festival de Verão organizado pelos espíritos, e ela aceita. Nesse encontro, ela percebe que talvez seja a última vez que eles irão se ver.
O que posso dizer sobre esse filme que mal vi, e já considero pacas?
Mesmo sendo curto para um filme, com mais ou menos uns trinta e cinco, quarenta minutos, eu nunca chorei tanto com animações do gênero.
Trilha sonora, cenários, tudo tão mágico e encantador! O que me irritou mesmo foi aquele final. Eu fiquei tipo: “Caramba, por que tem de ser assim?!” Foram momentos de revolta e depressão, que passaram no dia seguinte. -q
Toda a trama, mesmo que represente anos de convivência, ocorre num curto período de tempo, sendo assim bem resumida, e o motivo dá para entender. Afinal, pelo que eu entendi, ela estava relembrando aquela etapa de sua vida. Uma etapa que sempre estaria viva em sua memória, a fazendo lembrar com carinho de todos aqueles tempos preciosos.
Hoje, essa curta história está entre os filmes que eu mais gosto, por mais simples que ela possa parecer. Aliás, foi essa pureza que me cativou tanto. Uma magia que não se tornou idiota ou falha. Pelo menos não para mim.
Na verdade, pareceu-me mais um processo de amadurecimento, principalmente dela, seja fisicamente, seja mentalmente. A presença de Hotaru transformou Gin, que até conhecê-la devia ser solitário, e ela foi descobrindo coisas novas, sentimentos e sensações diferentes.
Isso me comoveu e encantou muito.
Confesso que, quando o vi pela primeira vez, fiquei meio “Que bosta” quando descobri o motivo de ele usar aquela máscara. Mas eu pensava de uma forma bastante diferente da de hoje… sabe, eu era revolts com a vida, hahaha.
Aposto que muitas pessoas acharam o mesmo, mas… é fantasioso, gente. Se achou ruim, só não assistir de novo.
Enfim, é um filme que eu também recomendo. Duas personagens em foco. Uma história singela e previsível. Uma capacidade de encantar enorme, embora tamanha também seja essa simplicidade.
Não sei você, mas, quando se trata de romance, eu acho que a simplicidade é a coisa mais cativante. As coisas mais simples são as mais belas, as mais valiosas. E Hotarubi no Mori e é prova disso.
E é isso, otakus apaixonados da J-Hero.
Você já viu algum desses filmes? O que achou? Alguma sugestão de filme para eu assistir? Comente e não me deixe falando sozinha, hein? Tô aqui por você! –q
Esta foi a You and Yuu especial de Dia Dos Namorados, escrita especialmente para amolecer esse seu coração. Consegui tornar este dia cada vez mais apaixonante (ou deprimente)?
Rádio J-Hero, a rádio que vai apaixonar você…
Um queijo, uma goiabada e uma depressão, pois Romeu e Julieta são sinônimos de um amor impossível.
E não esqueçam de conferir, respectivamente, a música-tema de Byousoku 5 Centimeter (cantada pelo maravilhoso Yamazaki Masayoshi) e a ending belíssima de Hotarubi no Mori e: