Hana ga saita yo. Hana ga, hana ga saitai yo. Hidoku kaze ni obieta. Daremo mita koto nai, hana saiteitai yo.

(A flor floresceu. A flor, a flor floresceu. Estava com muito medo do vento. Ninguém nunca a viu antes, e ela floresceu.)

Pessoas!

Yuu-chan!

Que milagre os senhores por aqui…

Viemos te trazer este humilde pre-

Parei. e-e

Enfim, ou “em começo” (OMG, virou um bordão), dou aqui continuidade a minha matéria sobre a polêmica adaptação para anime de Aku no Hana, série que foi brutalmente criticada pelos internautas mais exaltados. Clique aqui e confira a primeira parte.

Hoje, lienjos~, vocês ficarão com as minhas impressões sobre algumas características que foram parte integrante e indispensável para a trama, justificando por que achei que, no fim das contas, a arte-final ficou boa, sim, e a reprovação alheia não passou de despeito, justamente pelo… despeito dos personagens (entendedores entenderão).

Hey, oh, let’s go?

Let’s go!

O traço, que supostamente transformou as personagens femininas em verdadeiros “travecos”.

Para os que não sabem, a produção de Aku no Hana foi feita à base da chamada “rotoscopia”.

E o que diacho é isso? A Yuu-sensei irá explicar!

Rotoscopia é uma técnica que consiste no uso de modelos reais como base da animação, ou seja, antes de chegar àquele traço estranho, atores gravaram as cenas e só então foram feitos “desenhos” por cima. Isso também foi feito com os cenários, que, por sinal, ficaram muito lindos.

Os mesmos que julgaram tão negativamente esse ponto provavelmente não tinham noção do quanto seu uso beneficiou a arte-final da série. Nos foi propiciada a sensação de realidade e, até mesmo, de um certo desapego, no sentido de “se quer ver peitos, vá buscar por anime ecchi, porque a história é o real foco aqui”.

Dá pra sacar, não dá?

E, como se não bastasse o quebra-quebra online dos despeitados, enquanto o titio Google aumentava meu nível intelectual (huehuehue), eu acabei encontrando o seguinte comentário:

Ah, a Saeki era a garota mais bonita da classe, e o uso da rotoscopia foi capaz de transformar a ela e a todas as outras garotas um bando de travestis de peruca.

(Cof, cof ,cof!)

Bem… EU acho que, quando se trata de realidade, é necessário que se mostre a realidade (?!), e não um monte de deuses vindos do Olimpo, ou anjos caídos, ou modelos com sorriso de comerciais de pasta de dente. Até porque japoneses não são os mais bonitos, né?

Enfim… Em minha opinião, a mente fechada foi e sempre será a grande culpada pela rejeição que o anime sofreu. Sim, até eu fiquei espantada com o desenho dos personagens, cenários e afins, mas, assim que decidi parar de emice e fui em busca de mais episódios, notei o quanto aquilo fez bem.

O vazio, a monotonia, a frieza, a rotina e todo o resto.

Um anime comum me deixaria tão “impressionada” assim? Acho que não! Não sei você, leitor, mas senti que esse toque de escuridão era o que faltava para tornar a trama tão impactante e, convenhamos, traumatizante.

A trilha sonora, vinda diretamente dos confins das terras do Coisa-Ruim.

Ausente, mas certeira e marcante.

O que predomina nas cenas é uma espécie de "som ambiente", isto é, aquele presente no momento em que a cena se desenrola. Pode ser um bando de passarinhos chatos cantando, o som do vento dentre os galhos das árvores, o rugido do motor de um carro… e coisas assim.

Mas não, leitor, não é assim o tempo todo. E, quando não é, às vezes bate aquela saudade do silêncio… E o motivo é simples: a trilha dá medo, deixa o clima pesado e te angustia até o fundo da alma. “Fundo da alma”, que dramático. Enfim, o motivo disso é bem simples, também: elas são pesadas e têm uma leve (uma porra que é leve) obscuridade.

A série tem mais de um tema de abertura. Ele muda de três em três episódios, em média, dando a impressão de representar o estado de espírito de algum personagem envolvido na trama.

E o encerramento… Ah, o encerramento. Ele, por si só, já é responsável por espantar um bom pessoal. Para falar a verdade, o medo que senti dele foi um dos motivos de eu ter demorado tanto para parar de frescuragem. Sei lá, a pessoa acha que há alguma maldição envolvida…

… mas, no fim, o buraco é bem mais embaixo.

O desenvolvimento “lesmático” (masoq) da trama.

Bem… É fato que tudo costuma passar bastante devagar na série, e não só por ser algo rotineiro, pelo que se dá a entender. É como se fosse uma alternativa para tornar a cena mais pesada, na verdade.

É que nem assistir One Piece em 13 episódios. De forma lenta, tensa e impactante (não que One Piece seja assim, até porque eu não sei). Mas, em suma, é simplesmente perfeito, para mim e para todos os admiradores de um belíssimo thriller psicológico.

Aliado à elaborada trilha sonora, se torna capaz de nos transportar para um outro mundo. Isso é realmente muito deleitoso de se sentir, independente dos sentimentos ruins que acabamos captando assim.

E chega de títulos em negrito por hoje.

(Kasuga uke! *—–*)

Aku no Hana conseguiu me conquistar por atingir o meu psicológico de forma direta. Eu fiquei muito angustiada, de verdade, e por algum motivo gostei disso. Sinto-me uma masoquista! D:

Tudo, ao meu ver, foi minunciosamente trabalhado para agradar o público-alvo. Muitos dos que leram o mangá ficaram bastante chateados, de início, por conta da surpresa que tiveram ao ver os resultados em animação, que foram um tanto quanto chocantes. Nada incompreensível.

No fim das contas, o anime passou a ser visto, por alguns, como uma obra mais Aku no Hana do que seu mangá, justamente por ser mais excêntrico e sombrio. E não é para menos! Mas… me disseram que a grande mancada do anime foi a superficialidade dos personagens. Será?

Pensando nisso, decidi escrever uma análise comparativa futuramente. Não sei quando e nem como, mas escreverei.

Por ora, prefiro dizer apenas que… a flor floresceu.

E é isso, meu povo e minha pova!

Algum comentário? Alguma sugestão? Alguma opinião? Sim? Então comente! Não? Então comente mesmo assim! :v

Um beijo, um queijo e um copo de leite, pois vivo nos “uns”.

Flw. e-e/ /me some nas sombras

Confira a ending de Satanás: