Tuzi, da Lua, diz: Olá, jovens gafanhotos! Esta coelha que vos fala agora traz um pouco mais sobre o horóscopo chinês.
Pré-ciência, filosofia e crenças
“Buda convidou todos os animais existentes para uma festa de ano-novo; todavia, apenas doze apareceram”; o conto sobre a origem do horóscopo chinês inicia-se desta forma. A lenda, tão antiga quanto o interesse chinês pelo céu, nos dá uma forma diferente de interpretar o zodíaco oriental.
A princípio, quando a China ainda se dividia em impérios, e o budismo mesclava-se com o dào e as crenças antigas, os chineses já olhavam para o céu. Em suas observações, eles já tinham um conhecimento peculiar sobre as estrelas, os planetas e as atividades que aconteciam pelo nosso sistema solar.
Inicialmente, eram capazes de acompanhar ciclos de cometas, manchas e explosões solares e também ciclos lunares e dos planetas, juntamente com a influência de tais corpos celestes sobre as marés, enchentes e a agricultura.
Os chineses acreditavam que eram um povo que descendia dos céus. Seu imperador, portanto, deveria ser a ligação entre eles e o céu. Teria de vir dele as previsões e conhecimentos que afetariam seu povo, desde a colheita, estações e chuvas até doenças e tempos difíceis.
Suas observações levavam a construir seus palácios de acordo com os quadrantes de planetas. Por conta disso, suas portas e estruturas deveria estar de acordo com as estações que os representavam: Dragão Azul, Tigre Branco, Tartaruga Negra e Pássaro Vermelho, respectivamente sendo primavera, outono, inverno e verão.
Diferentes formas de se olhar para o céu
A antiga astronomia oriental observou o céu, criando constelações e dando significados diferentes. Dessa forma, suas constelações têm formatos, aglomerado de estrelas e significados diferentes das do Ocidente.
Anteriormente, nós vimos um pouco disso quando conhecemos sobre as constelações do quadrante principal. Agora, veremos um pouco mais sobre isso observando as doze constelações ligadas ao horóscopo chinês.
De acordo com o mito chinês, após a convocação que Buda fez, somente doze animais apareceram para celebrar com ele o ano-novo, e a ordem de sua chegada foi: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, cabra, galo, macaco, cão e javali.
Ao passo que as conquistas do império chinês se expandiram, suas crenças foram levadas e assimiladas por outros povos. Alguns deles traçaram equivalentes para a própria cultura, como a troca de tigre por pantera, na Mongólia, assim como coelho por gato, na Tailândia, e dragão por crocodilo na Pérsia.
Tuzi, da Lua, diz: e por hoje é só, jovens gafanhotos! Continuarei em breve falando mais sobre cada um deles e suas assimilações com os mitos e histórias asiáticas. Por ora, aventurem-se pelas outras matérias do site e não se esqueçam de acompanhar a programação da Rádio J-Hero, esta que é sempre do seu jeito, do seu gosto!