Olá, seres humanos que gostariam de fazer parte de um grupo de criaturas super poderosas responsáveis por salvar o mundo em missões ao lado da lindíssima Scarlett Johansson. Como estão? Eu, além de viciado naquelas balinhas de menta brancas que derretem na boca, estou bem feliz com a minha última ida ao cinema. Tanto que, resolvi ressuscitar esse espaço…

Nesse último dia 23, fui assistir a estreia de Os Vingadores – Era de Ultron, o atual maior hype do ano. E não me decepcionei com o que vi.

É interessante observar o que a Marvel se tornou. O contrato com a Disney e a confecção bem sucedida desse universo cinematográfico-televisivo tomou uma proporção estupenda, conseguindo ultrapassar a barreira de alcance nerd para um público bem mais vasto.

Ver crianças na sala de exibição torcendo fervorosas nas lutas e não poupando reações ao se depararem com seus personagens favoritos foi uma das coisas mais divertidas que vivenciei esse ano. Do meu lado, tinha uma garotinha fã da Viúva Negra, que é interpretada pela espetacularmente bonita Scarlett Johansson. Bom gosto o dela, não?

Entretanto, com todo esse sucesso, é bem comum a idealização de como seria o tal filme perfeito, fazendo com que discussões em grupos, redes sociais, ou mesmo comentários de sites bem famosos aconteçam acaloradas, mas sem o pé no chão de enxergar qual a proposta real de cada produção.

Por exemplo, em Capitão América – Soldado Invernal, a aura que pairava o roteiro e a produção, seja em diálogos ou jogos de câmera, era o de filmes de espião. No maior sucesso do ano passado, Guardiões da Galáxia, o que nos passaram foi uma trama espacial bem humorada, propositalmente exagerada nas cores e brilhos. E eles foram excepcionais nisso.

O grande problema nessas discussões de fãs, principalmente quando elas envolvem também os admiradores da DC Comics, é a estipulação de um modo certo de direção. É muito dito que heróis deveriam ter abordagens mais sombrias, como na sonolenta trilogia do Batman dirigida pelo entediante Christopher Nolan, ou mesmo pegadas mais adultas e sanguinolentas, como nos excelentes longas de Watchmen e Kick Ass. E isso até funcionou para a serie Demolidor, produzida pela Netflix, mas não quer dizer que seja a definitiva.

Os Vingadores vai por um rumo totalmente diferente, quase infantil, mais ainda assim competente. E por que não dizer sensacional?

A estória começa já sem introduções, pois não há necessidade alguma de que essas sejam feitas. É missão, é tiro, é porrada em vilão. Cada um dos heróis em sua melhor e mais aprimorada forma invadindo um complexo da HYDRA em busca do cedro pertencente ao deus asgardiano Loki. Lá, encontram a barreira de dois mutant… Opa, essa palavra não está autorizada. Dois “aprimorados”. Seres que, sabe-se lá o motivo, nasceram com dons especiais e, por desejo de vingança, se entregaram a organização terrorista para serem estudados, melhorados: Wanda e Pietro, aka Feiticeira Escarlate e Mercúrio.

A cena da bruxa desaparecendo pela porta em frames pausados quase me fez levantar e aplaudir antes dos 10 primeiros minutos, mas me contive. Entretanto, isso me deu a ideia perfeita de qual era a pegada cinematográfica que queriam comunicar ali. Diálogos rápidos, nenhum exagero ou pretensão de parecer a coisa mais profunda do universo. Nada de falas excessivas. As coisas aconteciam na medida certa. Se tivesse sangue, cigarros e peitinhhos femininos, seria um perfeito filme de ação Sci-Fi dos anos 80.

Isso se confirmou pra mim na melhor cena de todo o longa-metragem: o Ultron aparecendo no final da festa promovida pelo Tony Stark, interrompendo a brincadeira despojada de levantar o martelo do Thor na cena anterior. Reclamaram pra mim que o nascimento do mesmo foi corrido demais. Discordo. Seguiu a linha proposta de menos mimimi e mais porrada na cara. O próprio vilão zomba dos excessos de pretensões poéticas vilanescas alheias ao se recusar a contar seu plano ao Homem de Ferro enquanto batalham em Wakanda. Querem algo mais genial e satírico que isso?

E a partir daí, o negócio apenas mantém o bom alto nível. A forma como os poderes da Feiticeira Escarlate age em cada um. A libertação de cada fantasma pessoal. A demonstração do quanto um personagem como o Gavião Arqueiro, que muitos reclamam ser o mais “inútil”, pode ser crucial – além de toda sua autocrítica. A humanidade provocante da paixão entre o Bruce Banner (Hulk) e a Natasha Romanoff (que, repito, é interpretada pela deliciosa Scarlett Johansson, cujo amor eu jamais deixarei de tentar conquistar).

O modo como a Joia do Infinito entra dessa vez apenas aumentou a minha ansiedade para o que virá futuramente no Ragnarok do Thor e pro quanto isso irá interferir em toda a trama intergaláctica da franquia. E não só isso, a forma como as coisas ficaram na Terra, com nova SHIELD e uma nova formação para os Vingadores. Onde isso vai dar? SHUT UP AND TAKE MY MONEY, MARVEL!

Por fim, posso concluir que esse foi um filme que seguiu como deveria. Foi uma boa obra de transição, fechou um círculo e começou outro. Tem ótimas atuações num roteiro bacana demais. Não deve agradar a todos, mas isso é normal. Pra mim, valeu muito a pena.

E apenas para enfatizar, a Scarlett Johansson é ainda mais radiante de cabelos ruivos curtos. RESPONDA MEUS E-MAILS, SUA LINDA! ME ADICIONE NO SKYPE! QUERO SER O PAI DOS SEUS FILHOS…