“Nada se cria, tudo se copia.”
Essa frase dita por alguém, em algum lugar do mundo, em certo dia, resume bem o conceito por trás de Kill La Kill. Outro Anime onde os personagens praticantes de artes marciais usam de armaduras para retirarem poderes e melhorarem em combates são ridiculamente comuns, tais como Cavaleiros do Zodíaco, Shurato e Samurai Warriors.
Entretanto, não é só mais uma nesse meio, visto que essa animação caonseguiu absorver tal premissa, que quando somada a uma porção de outras coisas boas, a fez ser uma das melhores dessa última temporada.
A história se passa num local físico extremamente interessante de se observar. A cidade é dividida pela classe que cada estudante ocupa na escola, sendo ela governada pela bela antagonista, a presidente do conselho estudantil Satsuki Kiryuin. Os de nível mais baixo vivem em favelas, no inicio mais baixo da cidade. Conforme aumentam as classes, melhoram-se na proporção a moradia e a qualidade de vida dos estudantes e seus familiares naquele local.
Como meio de manter as ordens, existe uma infinidade de clubes na escola, sendo o presidente de cada um equipado com um uniforme especial. Tais vestimentas concedem caricatos poderes ao seu portador.
Indo contra essa maré, surge Ryuuko Matoi. Ela é uma estudante transferida que foi até aquele local em busca do assassino de seu pai, um poderoso cientista que desenvolveu seu uniforme, composto inteiramente de fibras de vida, o Kamui. Aquele que o matou possui a outra metade da arma da protagonista, uma tesoura capaz de destruir as vestimentas super poderosas daquele colégio.
Para conseguir tal informação, a jovem morena deverá enfrentar os inimigos até poder lutar contra Satsuki.
O que há de melhor?
Esse genial anime possui uma construção de cenas ridiculamente inteligente. A fotografia também é sensacional, sendo apostada no minimalismo, com traços rudes e um trabalho estupendo nas expressões faciais.
A mescla de diálogos aleatórios com cenas de lutas regadas a violência e sangue, acompanhadas de uma trilha sonora impagável se assemelham muito as obras do diretor Quentin Tarantino. Nota-se de longe algumas influencias de Kill Bill, mesmo no nome. E isso torna toda a obra algo espetacular.
A variedade de personalidade e poderes dos personagens, assim como a história por trás de cada um deles deveria servir de escola para alguns outros animes dessa temporada. Destaque positivo para a engraçadíssima Mako, que logo torna-se amiga de Ryuuko, levando-a para morar em um dos cômodas da favela que cerca aquele lugar. Inclusive, sua família protagoniza cenas hilárias em contrapartida com a aura séria que deveria permear na trama.
O que há de pior?
A quantidade de episódios dessa temporada é muito curta. O enredo permitiria produzirem algo mais completo e sem correrias.
Enfim, Kill La Kill conseguiu reunir inúmeras referências e se mostrar como um anime sólido, divertido, caricato, dinâmico e absurdamente fantástico. Embora receba algumas críticas pelo conteúdo ecchi, garanto que será uma boa aquisição para a lista de ano novo da cada um de vocês.