Olá, aqui é a Vicky! Hoje, dia 21 de março, é comemorado internacionalmente o dia contra a discriminação racial, e não podíamos deixar de falar sobre ele! Para abordar essa temática, resolvi trazer um pouco de One Piece, mas calma lá, mesmo que nunca tenha lido o mangá, assistido o anime ou não goste do “pirata que estica”, você pode continuar esta leitura.
O mundo retratado em One Piece é extremamente diversificado, e, à medida que a história acontece, somos apresentados a raças e culturas diferentes. Uma dessas raças, que aparece desde os primeiros arcos, são os homens-peixes, que são seres humanos que tem a capacidade de viver dentro e fora do oceano.
Inicialmente, os primeiros homens-peixes que conhecemos na obra são apresentados como um bando de piratas que exploram a população de uma ilha, odeiam humanos e os consideram inferiores por não conseguirem sobreviver no fundo do mar, apenas na superfície. Talvez nesse ponto você desconfie que vá existir algo que irá abordar mais profundamente esse ódio – e sim, realmente isso acontece -, mas o grande plot da história ocorre na sétima saga da série, que corresponde à primeira saga da segunda metade da mesma, na qual vamos entender o motivo desse primeiro grupo de homens-peixes que conhecemos odiarem tanto os seres humanos: os humanos os odeiam e violentam muito mais.
Os homens-peixes seriam o equivalente social de pessoas não brancas, retratados como sub-raça, que portariam doenças e seriam seres monstruosos, violentos e inferiores, que são comercializados e escravizados de maneira extremamente banal.
Na saga em que o tema é mais aprofundado, Oda, autor da obra, faz questão de esclarecer que o ódio que os homens-peixes sentem em relação aos humanos é muito mais complexo do que aparenta, por ser fruto de séculos de opressão, gerando um debate bem amplo sobre como a opressão racial cria cicatrizes difíceis de serem superadas.
Utilizando de metáforas, One Piece trata de questões de nossa sociedade, o preconceito de forma geral, nos lembrando de nossa história, em que os negros sofreram tantas discriminações devido a sua cor de pele. Destaco especialmente uma situação em que Luffy precisa de sangue na ilha dos homens-peixes logo após uma batalha. Ninguém que fazia parte de sua tripulação tinha o seu tipo sanguíneo, e Jinbe, que é um tubarão-baleia que sonha com a coexistência e igualdade entre humanos e homens-peixe, se dispõe a doar sangue para o chapéu de palha.
Esse episódio nos traz uma mensagem poderosa que nos diz que, independente de nossas diferenças de cor de pele ou aparência, nós somos iguais. O mesmo sangue vermelho que corre nas veias de um corre nas veias de outro.
Este domingo marca o Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial e a importância de celebrar a diversidade e promover a igualdade. Racismo e xenofobia são inaceitáveis, e devemos nos posicionar contra qualquer atitude ou discurso que desrespeite pessoas por causa de sua nacionalidade e etnia.
Por hoje é só, tripulantes, espero que tenham gostado da leitura, nos vemos a qualquer momento.
Agradecemos a nossa Administradora de Redes Sociais Vicky pela pequena homenagem a esse grande dia em que lembramos que todos somos iguais.
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