Olá, pessoal. Como estão? Chocados com o Sistar ter feito um comeback sem usar o summer concept? Eu também. 

Sem mais delongas, vamos continuar com os comentários sobre os lançamentos musicais que ocorreram de abril para cá, enquanto estive de férias em Cancún para a gravação da próxima temporada do De Férias com o Ex. Alias, falando em ilhas paradisíacas…

Minhas namoradas deram um pulo em Guam para gravar o MV de Good Luck, faixa título do mais recente – e melhor de toda a carreira – EP delas. Nem preciso dizer que é realmente muito legal ver que, aos poucos, o AOA tem se tornado um grupo que cativa não só pela beleza estonteante das integrantes, ou pelos videoclipes recheados de fetiches que ficam na linha entre o sensual e o engraçado, mas TAMBÉM por sua música.

Good Luck tem tudo o que um single de verão pede, sendo energética, com versos ótimos e um refrão grudento. Pena que a hipocrisia dos sul coreanos imperou e, por umas das meninas não lembrarem o nome de um cara importante da história coreana num programa ai, essa delícia não vendeu tanto quanto poderia.

Além disso, na mesma época, um troço chatíssimo estava fazendo sucesso e eclipsando tudo o que saia de novo nos charts…

Eu adorei o debut do Twice. Gostei das integrantes, do estilo “líderes de torcida felizes” do grupo e todo o resto que acompanha nesse universo de idols, mas que follow up horroroso arrumaram pra elas. Essa Cheer Up deve ser uma das faixas mais irritantes que eu já escutei este ano. Tem muita mudança de ritmo, as melodias não casam entre si. Tem lambada com trap, drum’n’bass, dance, mas sem o espaço correto para cada ícone brilhar isoladamente. É tudo muito cafona e desesperado para soar diferente.

E olha que eu gosto de variações rítmicas em canções, ou não teria adorado essa aqui…

 

Dreamgirls é a faixa de debut do I.O.I, supergrupo formado no reallity show Produce 101, com integrantes de várias agências trabalhando juntas. Temos aqui várias mudanças de ritmo, mas, diferente do proposto pelo Twice, as coisas aqui casam de maneira coerente, começando a crescer nos versos, aumentando a velocidade antes do refrão para, enfim, a melodia explodir e voltar a cair após o refrão.

E a letra motivacional é maravilhosa, além de ser bem acompanhada pelo MV, com cada uma das gatinhas trabalhando duro em seus sonhos. Um ótimo jeito de chegar ao mercado. A propósito, antes disso, elas haviam solto um pré-debut ainda melhor…

 

Crush tem uma letra gostosinha, é muito bem cantada pelas 11 garotas e traz toda aquela aura EDM despretensiosa do K-Pop de antes de 2012. A ponte com os “It’s okay, it’s okay” é uma loucura e já coloca a faixa entre as minhas favoritas desse ano.

E já que falei de favoritas do ano, vamos a mais uma delas…

 

Sério, que faixa gostosa. Eu já havia me surpreendido com o debut delas ano passado, Cupid, que misturava Pop aegyo com baterias de escola de samba – tanto que coloquei a faixa em 4º lugar do meu top 30 -, além do Dance/Heaven de Closer. Porém, Windy Day conseguiu levar o grupo, que tem menos de um ano e meio de existência, prum nível ainda mais alto.

É um mix de Pop/Rock fofinho típico do estilo visual/sonoro que o grupo segue, mas que explode num refrão extremamente uptempo e, DO NADA, adquire elementos árabes, deixando tudo como se fosse parte da trilha sonora de O Clone. Fora que o MV fumado torna toda a experiência ainda mais vibrante.

E teve mais grupo aegyo surpreendendo…

 

E pensar que essa maravilha angelical tem só um pouquinho mais que 300 mil views no YouTube e o treco lá do Twice já tem quase 50 milhões. Que crime.

Angel é de um grupo chamado Berry Good, que eu nunca nem tinha ouvido falar, mas que entrou no radar de uns blogs gringos que eu acompanho. É um single gostosíssimo, cujo refrão levanta lá os pelinhos das costas de tão arrepiante. Tudo e propositalmente montado para que emule um ar gospel saboroso, além do MV ser totalmente condizente com o clima.

Tivemos então duas canções kawaii que forçaram os limites e foram muito bem sucedidas. Então, fãs dessa proposta podem se gabar daqui pra frente? Não se dependerem do April

 

Vão tomar no @%, DSP. Pra quem nunca nem ouviu falar do April, garanto que não estão perdendo muita coisa. É um grupo genérico lançado pelo mesmo selo do KARA e do Rainbow, mas sem qualquer resquício da ousadia sonora ou visual dos grupos.

Tinker Bell é tão açucarada que quase vomito quando ouço os primeiros acordes acompanhados das vozes anasaladas das meninas. Pra piorar, ainda colocaram as coitadas sorrindo de maneira forçada durante todo o vídeo enquanto fingem ser fadas macabras na floresta. Que morte horrível para um comeback. Deveriam juntá-las com bons produtores musicais e visuais, pois, quando uma proposta mais recatada é bem explorada, temos boas joias como essa aqui do Lovelyz

 

Quem imaginaria que a mistura de violinos com teclados funcionaria tão bem para um grupo idol? Toda a produção acarretou uma aura dramática que me agradou bastante. E se lead singles anteriores delas como Ah-Choo e Candy Jelly Love remetiam meu imaginário a filmes Sci-Fi tra​shs, Destiny soa exatamente como trilhas de filmes de espionagem antigos – só que de uma maneira fofa.

E já que estamos falando de filmes, vocês já assistiram O Grande Hotel Budapeste?

 

Eu adoro o EXID. Adoro o fato delas apostarem no sexy concept sem medo e de se desafiarem em videoclipes com um pouco mais de profundidade na mensagem que outros atos coreanos. Já vi todo tipo de especulação sobre o que o MV de L.I.E representa, indo desde os sete pecados e os estados de espírito, até críticas à hipocrisia dos coreanos quando o assunto é sexo, prostituição, liberdade sexual e etc.

De qualquer forma, é mais uma canção maravilhosa vinda das cinco, começando de maneira mais lenta até que ganha elementos de dance e Club/House. Eu gostaria mais se os sintetizadores após o refrão não me lembrassem tanto a horrorosa Bitch I’m Madonna, mas, não chega a estragar o pacote…

 

Continuando na vibe sexy fetichista, o Fiestar voltou e ninguém prestou atenção. Os fãs mais pedantes de K-Pop irão me criticar, mas gosto muito mais delas quando não estão sendo sombriamente introspectivas, tipo em Mirror e You’re Pitiful, e sim mais sacanas, atacando com duplos sentidos e paletas coloridas nos MVs, como na ótima One More e aqui, em Apple Pie. Aliás, Apple Pie talvez seja a melhor canção delas.

Basicamente, é o mesmo molde de L.I.E, mas aparando as arestas. Versos bem Pop, aqui com um instrumental mais retrô, que vão acelerando de maneira mais contida e adquirem sintetizadores mais viajados e engraçados, que perduram de modo menos aberto na segunda parte. Não sei se é coisa da minha cabeça, mas parece que a interpretação vocal delas está propositalmente entediada e mais grave, o que daria um outra sentido à letra.

E de relevante no cenário, foi isso ai mesmo que saiu. Agora, teve também aquele grupo da Cube Entertaiment que não é o 4minute, novamente, não mostrando a que veio, lançando um dos troços mais básicos e genéricos desses últimos tempos…

 

E umas flopadas maravilhosas, com faixas que fogem do habitual – e, talvez, por isso não fazem sucesso…

 

CocoSori sendo toscas e misturando gatinhos miando, synthpop e breaks de Heavy Metal a lá Lady Baby, automaticamente me obrigando a utilizar como toque do meu despertador…

 

Umas minas que tem um grupo co-ed com uns lutadores lá, colocando porrada, dubstep e uma fucking luta com um ET que solta raios lazer no meio de um shopping num videoclipe – e eu adorando…

 

Essas quatro revivendo o poperô e gritando TCHECA TCHECA TCHECA TCHECA TCHECA <3

 

Essas outras aqui desafinando deliciosamente por cima de um remix da soundtrack de Alex Kid… *0*

 

Essas gostosas rebolando numa quadra de tênis…

 

E essas últimas aqui, que também estão numa quadra de tênis e que, diferente das cinco acima, eu curti não pela piada, mas por a canção ser realmente gostosinha e me lembrar do R&B dos anos 90/2000 que eu tanto gosto. Além do MV na quadra de tênis estar bacaninha.

E é só isso ai, pessoal. Eu sei que o SIstar voltou hoje, mas, deixarei meus comentários sobre elas mais para frente. Ainda essa semana, falarei do que saiu de solistas lá na Coréia do Sul e também do que rolou no cenário japonês. 

 

O que acharam dos comebacks e debuts das girl bands? Comentem ai. Só não se esqueçam das regras:

1) Essa é uma coluna estritamente opinativa;

2) Opinar =/= atacar. Eu gostar ou não do que o seu idol group lança não significa atacá-los, atacar os fãs ou qualquer uma dessas besteiras;

3) Concordou? Discordou? Me achou lindo? Achou tudo uma idiotice? Coloque seus argumentos ali na caixa de comentários. Todos que respeitam opiniões e estão abertos a debates são bem-vindos.

 

Abraços… 😉