Olá, meninos, meninas e todos que estão em algum meio termo nisso tudo. Como estão? Espero que ótimos.
Infelizmente, por pura falta de tempo no mês passado, acabei deixando de destacar o que de bacana foi lançado lá na cena musical japonesa. Mas, não criem fúria com esse Lunei irresponsável, pois ele resolveu juntar nessa matéria alguns dos lançamentos tanto do mês de outubro, quanto do mês de setembro.
Então, preparem seus fones de ouvido, dicionários nipônicos e paciência com links de players que podem, do nada, desaparecer, já que é Japão e lá, a música é feita para consumo interno e não externo.
Começando pelas divas…
Crystal Kay – Revolution (feat. Namie Amuro)
Para começar com o pé direito, vamos com esse batidão da Crystal Kay, que é uma americana/coreana fazendo carreira no Japão, em parceria com a Namie Amuro, uma das cantoras de maior sucesso comercial por lá.
Revolution é o lead single mais recente dela. Como eu disse, é um super batidão feito para dançar em raves e baladas animadíssimas. A letra tem um pouco mais de profundidade no conteúdo que a maioria das canções desse tipo tem, então, vale a pena dar uma conferida…
(A versão completa pode ser escutada clicando aqui)
E já que a Namie foi citada…
Namie Amuro – B Who I Want 2 B (feat. Hatsune Miku)
Muita gente não entendeu nada na decisão da Namie de incluir, de surpresa, uma faixa com a vocaliod Hatsune Miku em seu mais recente álbum, _genic, lançado em junho desse ano. A música é um electropop até divertido e que causa estranheza no início, mas ganha pela persistência.
Já o videoclipe, é uma animação com as duas cantoras interagindo num cenário futurístico…
Já no mundo dos idols coreanos tentando vida na ilha vizinha…
SHINee – Sing Your Song
Os produtores do SHINee até que estavam acertando esse ano com lançamentos bacanas. View foi um House dos anos 90 bem interessante e Married to the Music um Pop/Funk delicioso. Mas, ao irem para o Japão, os caras derrapam feio na mediocridade de sempre e se afundam ainda mais numa baladinha "mela cueca".
Mas é SHINee, não é como se esperássemos que eles continuassem bem…
AOA – Oh Boy
Choa, Jimin e minhas outras namoradas vieram com um dos melhores singles japas do ano e, talvez, de sua carreira inteira. Oh Boy está no primeiro álbum dessas lindas lá na Terra do Sol Nascente. Ace of Angels, que não passa de um truque com tudo o que elas já tinham lançado antes + algumas canções inéditas. Mas, talvez, o trambique até tenha valido a pena.
Essa faixa é muito boa mesmo. Retoma uma veia mais orgânica que as meninas tinham no início da carreira, além de soar extremamente atual e Pop. Já o MV, sensacional. É um tipo de escola, ou academia, sei lá, onde os caras vão para ficar atraentes. Pode soar estúpido, mas, em vídeo, isso realmente funciona. Seja pelo cenário ótimo, todo o estilo trash, ou pela coreografia gostosa.
Interessante observar que, com o passar do tempo, o AOA passa cada vez mais de uma banda para aquecer pensamentos em noites solitárias para um grupo que realmente agrada pela música. Ponto para elas…
Agora, indo para as becos nipônicos com passagens para outros planetas…
ときめき♡宣伝部 – 季節外れのときめき♡サマ
Ooh, como eu adoro quando os artistas japoneses não colocam a romanização dos nomes como fazemos aqui, não permitindo que eu ache qualquer informação nas "internetes".
Fica aí a dica dessa girl band que eu não tenho ideia do nome, ou mesmo do que significa a música, mas que é boa demais. É um Pop acelerado e kawaii que se torna ainda mais viciante com o videoclipe extremamente engraçado e colorido. Destaque para o solo de guitarra virtuoso antes da faixa desacelerar apenas para acelerar um tom acima logo depois…
GEM – Baby, Love Me!
As meninas do GEM vieram com um triple-a-side focado numa estética futurista que não aparece tanto na canção – que é até clássica demais -, mas fica evidente no videoclipe de realidade virtual escolhido para ela.
Ideal para aqueles que curtem aberturas de shoujos…
i☆Ris / ブライトファンタジー
Com uma sonoridade parecida com a da girl band que eu citei lá em cima, sem ter ideia qual o nome, essas meninas vieram nessa mesma qualidade.
É aquilo de misturar Pop com Rock, Eletrônico, Ska e infantilidade kawaii que grupos femininos fazem de maneira extraordinária lá no Japão. Novamente, se shoujo for a praia de vocês, sugiro darem uma olhada…
Exile Shokichi – Ignition
E se R&B/Pop for a praia de algum de vocês, deem uma checada nesse som feito pelo Exile Shokichi. Se assemelha bastante com o que é lançado aqui no ocidente pelo Bruno Mars, ou pelo Justin Timberlake…
Agora, o momento ~eu sou do Rock, porra~…
Nightmare -落園
Como eu adoro essa banda.
Os caras do Nightmare retornaram ao cenário musical japa com essa faixa – cujo nome eu não faço ideia – repleta da sonoridade característica do grupo. É Visual Kei e J-Metal esfregado na nossa cara…
Her Name in Blood – One Reason
Ainda no Heavy Metal feito lá no Japão, o vídeo conta com um estímulo a mais, visto toda a porradaria violenta…
Agora, vamos todos ser indies conceituais…
Passe Pied -つくり囃子
Numa abordagem mais adulta e bizarra, a banda Passe Pied lançou essa faixa deliciosa.
É synthpop pesado com Rock, que se torna ainda mais viciante pelo videoclipe estranhíssimo bolado…
Daoko – ShibuyaK
Como é delicioso quando alguém consegue utilizar de influências para trazer um som completamente característico e contemporâneo, não é? Esse é o caso da Daoko. Sua música pesca muito do synthpop feito nos anos 80, coisa muito presente em uma porrada de cantoras famosas mundialmente, mas, aqui, resultando em algo ainda melhor.
É como o que é feito pela Carly Rae Jenpsen e pela Robyn. Boa, menina…
Maison Book Girl – Bath Room e Snow Irony
Com uma proposta visual parecida com a do trio Perfume, mas se diferindo ridiculamente na sonoridade, esse grupo tem de tudo para crescer futuramente e com bastante qualidade dentro da cena alternativa do que é feito de eletrônico lá no oriente.
Se há alguma dúvida, confiram essas duas canções que estão no seu primeiro álbum, autointitulado, lançado há pouco tempo…
Natsume Mito – 8-bit Boy
Eu já havia citado essa gata de franja estranha aqui na coluna, mas essa é a primeira vez que ela consegue lançar algo REALMENTE ÓTIMO.
A Natsume Mito tem como produtor o Yasutaka Nakata, que está por trás de nomes como Perfume e Kyary Pamyu Pamyu. Logo, é notável a semelhança com o que é feito por ambas nessa faixa, usada na trilha sonora do filme Pixels.
É J-Pop de alto nível, com samples que lembram trilhas de jogos de 8 ou 16-bits.
Já é uma das minhas favoritas do ano…
Para fechar com chave de ouro, vamos voltar ao Brasil?
Linda Sansei – Meu Pintinho Amarelinho
O que escrever sobre essas meninas que eu mal conheço, mas já considero pacas?
Para quem não conhece, essas são as brasileiras do Linda Sansei, uma girl band de meninas daqui que gravam J-Pop.
Em comemoração ao Dia das crianças, elas lançaram sua própria interpretação do clássico Meu Pintinho Amarelinho, originalmente lançada pelo Gugu em sua meteórica carreira de cantor. (?)
O que deixa tudo mais interessante é o fato dos versos serem cantados em japonês e português com sotaque japa. Sério, assistam essa delícia…