A internet é superinteressante. Semana passada, postei uma resenha sobre o fraquíssimo álbum Scream, recente lançamento da girl band 2NE1 (e que pode ser lida bem aqui), uma das matérias com o maior número de curtidas dessa coluna. Entretanto, isso não se refletiu nos comentários negativos que recebi de alguns leitores.
Estes, em vez de apresentar argumentos para ilustrar o porquê de discordarem da minha opinião, se limitaram em dizer que sou um hater, que não apresentei nenhum ponto forte do trabalho – mesmo eu tendo elogiado as faixas “If I Were You”, “Good To You” e a versão acústica de “Come Back Home” – que o texto foi claramente criado para atacar a banda e que eu, vejam que maluquice, faço parte dos “SONE”, a fã-base do grupo SNSD.
Quem me conhece e lê minhas postagens aqui no site, onde tenho a liberdade para dar a minha opinião, sendo esta uma coluna pessoal e não contendo a opinião da J-Hero em si, sabe o quanto acho essa briga entre fãs de diferentes artistas do K-Pop uma completa besteira.
Para que se limitar a apenas um se vários fazem musicas ótimas? Eu não perderia o meu tempo em discussões patéticas sobre qual das garotas é mais famosa, ou vende mais, ou tem o melhor corte de cabelo. Ele é valioso demais para tais comportamentos ridículos.
Mas já que o Girls’ Generation foi citado, vamos a resenha dessa semana:
É mais do que fato que essas garotas são a maior banda de pop coreano nesse momento. Após um grande sucesso com o último álbum, o bem bolado I Got a Boy, e também com o single Galaxy Supernova, elas voltaram esse ano com um novo EP. E lhes direi, meus caros, não decepcionaram…
Já na faixa que dá nome ao trabalho, Mr. Mr., é reconhecível a alta qualidade no arranjo ao somar o eletrônico às guitarras e colocar uma interpretação vocal contida e, ainda assim, animada o bastante para a proposta. Além disso, o refrão no maior estilo “chicletinho” conseguiu ser deliciosamente agradável, assim como em Goodbye e a quase praiana Wait a Minute. Ambas mais orgânicas e dotadas de arranjos doces, com cara de hit.
Falando em arranjos, o bom trabalho em seguir por uma vertente mais disco e funkeada nas canções Europa e Soul, tal como o 9MUSES, foi uma sacada genial ao aproveitar um tema que está em alta no mercado com muito profissionalismo e qualidade. Na primeira, há o tom decrescendo nas frases do refrão, dando uma datada. Já na outra, uma interpretação mais agressiva que mal vejo a hora de conferir ao vivo.
Por fim, a baladinha Black Hug usa de forma ideal a pegada Pop/R&B, com uma letra agradável, intimista e uma construção sem espaços para falhas ou exageros histriônicos. Isso sim é acertar.
Não é preciso ser um fã fiel e cego para reconhecer o sucesso desse lançamento em termos de qualidade. Basta apenas escutá-lo e fazer uma comparação com tudo de atual nesse meio…