CLAMP: o grupo de amigas que criaram estórias que fizeram e fazem parte da nossa vida!

Das 28 obras do grupo, 17 já foram lançadas no Brasil!

Fabio DS · 7 de outubro de 2021 às 21:45
menos de 1 minuto de leitura

CLAMP é um grupo de mangakás formado exclusivamente por mulheres e existe desde meados de 1980. Nos primórdios, era conhecido como Clamp Cluster.

Foi composto por onze artistas, ainda estudantes, que desenvolviam dōjinshis (mangás independentes), mas que começaram a criar trabalhos originais por volta de 1987. O primeiro mangá original do grupo a ser publicado foi RG Veda em 1989, e, naquela época, o grupo inicial de artistas havia se reduzido para sete membros. Após a saída de outras três mangakás em 1993, restaram as quatro mulheres que lideram e mantêm o CLAMP até hoje: Nanase Ohkawa, Mokona Apapa, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi.

Quatro mulheres sentada no "pé" da cama. Da esquerda para a direita, a primeira está de vestido e segurando um bichinho de pelúcia. A segunda está com uma roupa casual. Do lado está uma outra mulher com roupa casual e está usando um colar. A última mulher está vestindo um quimono. Todas estão olhando para a sua direção e estão felizes com sorriso e gestos simpáticos.
Olhando para esta foto, posso imaginar o quanto elas amam o que fazem! Obrigado, CLAMP 🥰

As quatro dividem um espaço de trabalho e juntas criam os diversos universos em que suas histórias se passam. Ohkawa é a pessoa do grupo responsável por conversar com a mídia, além de agir como diretora, produtora e criadora de storyboard. Mokona é quem cria o design principal das personagens, enquanto Igarashi e Nekoi ilustram os cenários — mas essa divisão de trabalho acaba não se transformando em regra, visto que as artistas costumam intercalar suas funções e trocar ideias umas com as outras.

As desenhistas tentam se manter fiéis às ideias iniciais de Ohkawa, e a dinâmica dessas quatro companheiras tem feitos trabalhos incríveis com o passar dos anos. A “sintonia” é tanta que elas não trabalham com assistentes, pois, segundo as próprias, alguém de fora não conseguiria acompanhar a dinâmica que conseguiram desenvolver e aperfeiçoar durante os quase 30 anos em que trabalham juntas (uauuuuu 😍).

Inicialmente, RG Veda foi proposta para ser uma história com capítulos curtos a serem publicados de maneira seriada na revista japonesa Wings, mas o sucesso de vendas fez com que os editores pedissem mais histórias para as garotas do CLAMP, alongando a trama e aumentando o sucesso de seu primeiro trabalho original.

A partir de então, o grupo viu a demanda por originais crescer, e diversas revistas, como Nakayoshi, Kōbunsha e Newtype passaram a publicar os novos títulos do grupo. No Brasil, o primeiro trabalho do CLAMP a ser publicado foi Sakura Card Captors, em 2001, e o sucesso foi tanto que em 2012 a Editora JBC relançou o mangá em formato especial. Das 28 obras do grupo, 17 já foram lançadas no país, tais como: Guerreiras Mágicas de Rayearth, Chobits, X e Tsubasa: Reservoir Chronicle, só para citar algumas (inclusive este mês vou compartilhar com vocês alguns mangás deste fantástico grupo).

Chobits: o amor que vai além da razão. Uma estória romântica entre um rapaz e sua persocom.

Gente, este artigo contém spoilers, tá?

Uma garota com cabelos longos está usando um vestido branco, sentada em cima de um poste. O fundo é um céu azul com algumas nuvens, e ela está com um belo sorriso no rosto, olhando para o horizonte.
Simplesmente linda!

Neste exato momento em que escrevo este artigo, estamos em 2021, ano em que a tecnologia atinge níveis (até então) jamais alcançados. Vemos nos dias atuais máquinas executando tarefas que antes apenas o ser humano era capaz de fazer, e isso se aplica em coisas básicas em nossas vidas como saúde, segurança e educação. A tecnologia sempre vai estar presente no nosso mundo, e o que dizer do nosso querido smartphone (vulgo celular 😜) — qual ser humano neste imenso lugar consegue viver sem essa pequena criatura? Praticamente toda nossa vida está armazenada nas nuvens. 😁

E o que Chobits tem a ver com isto, Fábio? Tudo (bom… quase tudo😅).

A história se baseia no grande avanço tecnológico que foi capaz de criar robôs muito parecidos visualmente com seres humanos. Há uma crítica muito forte ao individualismo que a sociedade passou a viver devido ao avanço da tecnologia, ao ponto de substituir a companhia de seres reais por estes modelos programados. O personagem principal da história se chama Hideki Motosuwa, um jovem que se muda para Tóquio com a finalidade de conseguir entrar na Universidade de Tóquio.

Uma garota loira com cabelos longos e de vestido, fazendo gestos de abraço, para um jovem que a olha surpreso com a sua atitude. Ele está usando um moletom verde.
Nada melhor como um belo abraço da pessoa… ops, da persocom que você ama 😍

Numa bela noite, após um dia cansativo de trabalho, ele encontra uma persocom muita bonita no lixo. Talvez você se pergunte: o que é persocom? Vou te explicar!

Persocom é uma abreviação alternativa para personal computer (o bom e velho PC). São robôs de “estimação” no universo de Chobits. Possuem versões de bolso ou tamanho adulto, e embora na série também mostre alguns no tamanho de crianças, estes são encontrados em menor numero. Através deles, é possível acessar a internet, ler e mandar e-mails, realizar tarefas domésticas e muito mais, dependendo apenas do modelo e da programação instalada no robô. Existem neste mundo vários softwares específicos para cada atividade, e caso o usuário não instale nenhum, é possível ativar a função aprendizado, em que todas as tarefas devem ser ensinadas passo a passo para que sejam memorizadas. Embora seja possível realizar várias funções com estes computadores humanoides, a maior parte da população os utiliza apenas como companhia.

Uma garota de camisa branca, com longos cabelos loiros. Em cima dela está sentada uma miniatura de garota com um roupa exótica semelhante à cultura oriental árabe. Ambas estão olhando para frente.
Chi e Sumomo

Voltando para aquela bela noite… Hideki Motosuwa encontra a persocom Chi jogada no lixo. Ele a leva para casa e descobre que todos os dados foram apagados; a belíssima robô não possui nenhuma programação sequer e consegue apenas se movimentar e falar “chi”, e é por isso que recebe este nome. E é assim que começam as pesquisas para desvendar os mistérios dessa persocom “abandonada”, e o desenrolar da história… você só vai saber se ler o mangá 😛 (caso você já saiba, por favor, não conte a ninguém 😉).

Chobits teve duas publicações. A sua primeira foi no ano de 2003 pela editora JBC no formato meio tankōbon (papel jornal) com um total de 16 volumes. A segunda reimpressão foi no ano de 2015, já no formato original como foi no Japão, com o papel offset e apenas oito volumes. Alguns volumes você pode encontrar na Amazon (olha o jabá aí 😎).

Já o anime, de 26 episódios, foi produzido pela Madhouse, conhecida por muitos otakus devido a muitos títulos que fez.


Ufa! Muito conteúdo neste artigo! vou tentar ser mais breve nos próximos, tá? 😉

Galera, até a próxima semana!

Compartilhe

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no WhatsApp
  • Compartilhar no Telegram
Foto de Fabio DS

Sobre Fabio DS

"Um dia lindo, um bom lugar para ler um livro..."