Blaster Knuckle é um mangá escrito por Shizuya Wazarai no estilo western e, como alguns dizem, é bastante similar a Berserk (famoso Guts Negão brabo).
A história acompanha Victor Freeman, um ex-pugilista negro dos EUA dos anos de 1885. A trama é ambientada no período da perseguição aos negros com pano de fundo à KKK (Ku Klux Klan) e, como carro-chefe, todo o preconceito racial da época. Porém, o personagem principal ou main character (para os cultos) é um tanto quanto indiferente a tudo isso — aqui uso a verborragia para não usar um palavrão com F —, o que deixa a história um tanto quanto diferente.
Victor começa seguindo uma pessoa que, por onde passa, vai deixando um rastro de cadáveres. Com o tempo, descobrimos que essa pessoa a qual Victor persegue é uma mulher que aparece seminua com as roupas sujas e gastas, pedindo ajuda ao Xerife em um bar. As pessoas no bar se solidarizam e tentam saber o motivo de tudo aquilo, então a mulher explica que está sendo perseguida e, logo em seguida, o referido se apresenta. “O pau canta Mozart”, Victor acerta um soco no dono do bar com uma luva de ferro (hummm, doeu aqui e aí?) e, logo em seguida, saca uma espingarda calibre 10, acertando um tiro nas costa da mulher, deixando todos atônicos. Ele segue em direção ao corpo, enrijece a mão esquerda mirando na cabeça e ouve um: “Não se mova”. Assim, ele é levado ao Juiz. O Juiz revela que Victor é um procurado apelidado de “Blood Rain Victor” e o sentencia à prisão, dando a entender que, pela sua extensa ficha criminal, sua pena será a de morte. Victor já matou nove pessoas brancas, incluindo crianças, um ultraje para os cidadãos brancos e “do bem” segundo a história.
Do lado de fora da prisão, está havendo um protesto por integrantes da cidade que estavam no bar no momento ocorrido e parte da população. Na prisão, o xerife conversa com Victor para entender o ódio dele pelos brancos e observa em suas costas cicatrizes de possíveis torturaras e chicotadas. Victor então confessa que o ódio dele nasceu quando ele era criança e viu seus pais crucificados e sendo oferendas para a KKK.
Na autópsia, a mulher que havia sido baleada nas costa por uma espingarda — deveria nem ter mais coluna cervical — levanta e morde a cabeça do Ajudante de Legista. Logo depois, o Xerife chega ao local e encontra um cena de horror, sangue para todo lado, telhado destruído e a cabeça dos legistas estacadas. O Xerife volta a prisão e interroga Victor, presumindo que o mesmo saiba o que aconteceu, e tiro certo! Victor afirma que existem monstros neste mundo: incidentes envolvendo devoradores de homens eram frequentes na Europa durante a idade média, bestas demoníacas, diabos vestidos em pele humana.
À noite, ainda há manifestantes populares em frente à prisão (o povo é chato até em ficção) pedindo a cabeça de Victor. Ao chegar, a mulher que outrora era perseguida faz um estrago e começa a chacina. O xerife assustado corre e vê a mulher entrando na prisão. Sem crer no que está vendo, o xerife é surpreendido com a outrora indefesa mulher abrindo as grades da prisão com as mãos, procurando Victor para ter sua vingança.
Novamente o coro canta — desta vez eu diria ao som de Bach. Victor é posto contra a parede pelo monstro, mas ele estava preparado e enfia um pedaço do ferro da grade no pescoço do monstro. Ela geme de dor e caí para trás, recebendo de Victor um soco de esquerda. O monstro cai na rua, e Victor pede seu armamento de volta. O monstro se transforma por completo, assumindo uma forma humanoide/besta que aumenta sua força substancialmente. Novamente o monstro entra pela janela em que foi jogada, para logo em seguida Victor a acertar na face com um tiro de espingarda, jogando-o novamente para a rua. Mas, dessa vez o monstro ri e cospe as balas como se fosse nada. Então Victor coloca suas luvas, é hora do pau comer!
Victor toma uma investida do monstro, caindo no quarto de um casal que estava bem “na hora H”. O monstro sobe sobre ele e tenta mordê-lo, várias centopeias saem de seus peitos(?) e mordem o pescoço de Victor, que consegue escapar com um chute. Colocando-se de pé, Victor acerta um soco de esquerda no rosto do monstro. Suas luvas são carregadas com balas e, com um soco, atravessa o crânio do monstro, o famoso Blaster Knuckles (punhos de dinamite). O monstro é derrotado, mas Victor ainda é perseguido, pois, ao morrer, o monstro voltou à verdadeira forma humana, e não há provas do ocorrido a não ser os oculares. O Xerife fica a cargo de capturá-lo, mas no momento ele deixa Victor escapar.
Opinião
Esse mangá retrata racismo puro, além de ocultismo e muita testosterona. É um mangá perfeito para você sair do shōnen padrão e de mangás da temporada que são sem sal. Porém, um adendo deve ser dado: o mangá vai te deixar com vontade de quero mais caso você tenha gostado da premissa.
O mangá é comumente comparado com Berserk e com Django. O primeiro por ser quase a mesma premissa, em um universo um pouco parecido (um pouquinho de nada), já o segundo é devido o fato da inversão de papéis comuns, em que um negro em posição de destaque tenta sobreviver a um mundo caótico e racista, ao mesmo tempo sobrevivendo a monstros. Infelizmente, o mangá não tem um anime.