Voltei para a coluna e dessa vez trago um assunto musical, coisa que não faço há muito tempo. E por que resolveu falar de música depois de tanto tempo, Kushina? Simplesmente porque essa música ficou muito boa, mas me fez pensar no que as meninas do Black Pink tem feito no cenário do K-Pop desde que apareceram.
Essa matéria corre o risco de ser um pouco crítica demais e de não agradar a todo mundo, mas são apenas as minhas impressões e opiniões das quais vocês tem todo o direito de discordar nos comentários se for de seu interesse. A carreira da Dua Lipa não vai ser abordada nessa coluna porque ela não faz parte do mundo oriental.
Então vamos começar pelo começo. O Black Pink debutou em agosto de 2016 com o single “Square One”, que contava com as músicas “Boombayah” e “Whistle”. Boombayah logo se tornou um super hit e o “Black Pink in your area” da música grudou na cabeça de todo mundo mais do que super bonder cola nos dedos.
“Whistle” é aquela música que está ali só pra completar álbum pra não ser uma canção apenas dentro do disco. Quando digo isso o que quero falar é que a música não tem nada de especial, não é única nem interessante e não chega nem perto de mostrar a que as meninas vieram no aspecto vocal. Nada mais do que uma música esquecível.
Em novembro de 2016 elas trouxeram mais um single, o “Square Two”, que contava com mais duas músicas: “Playing With Fire” e “Stay”. Nesse single eu já dou um pouquinho o braço a torcer, porque as duas músicas são boas. Não sei se dizer que são boas significa que são excelentes, mas não são músicas que passam batidas como “Whistle”. Apesar de serem canções mais calmas ainda tem certa animação na batida da música e não se enjoa delas ouvindo uma única vez.
“Playing With Fire”, para mim, é um dos melhores trabalhos das meninas até o momento. Tem sua dose de baladinha e sua dose de batida eletrônica que é bem característica do estilo que o grupo vinha adotando.
“Stay” já é aquela balada mais pura mesmo porque não tem fundo eletrônico e sim um fundo instrumental de violão muito agradável. É uma música bem de fossa, mas é boa. Se ouvir tomando um coquetel de vodka depois de tomar um pé na bunda é certeza que vai dar pra dar uma chorada.
Em junho de 2017 tivemos mais um comeback do Black Pink com o single digital “As If It’s Your Last” com a canção homônima. Essa música trouxe de volta aquelas batidas eletrônicas bem computadorizadas que o álbum Square One mostrou que seria o estilo clássico do grupo. Não é uma música ruim, mas também não é nada de especial. Não é inovadora e nem muito interessante.
Minha sensação com essa música é justamente que o grupo deu alguns passos para trás invés de andar para frente. Em “Square Two” tivemos certa mudança de estilo que o single digital novo não só não continuou como fez questão de voltar ao estilo “Boombayah”, inclusive com o “Black Pink in your área” computadorizado colocado na música.
Em março de 2018 o grupo lançou um repackeged que recebeu o nome de “Re: BlackPink” e nada mais era do que todas as cinco músicas lançadas até o momento, cantadas em coreano e em japonês e compactadas em um único disco. Uma forma bem feia de tirar dinheiro dos fãs compulsivos papa YG. Shame on you.
No dia 15 de junho de 2018 finalmente as meninas lançaram o seu primeiro EP que foi intitulado como “Square Up”, contando com quatro faixas: “Ddu-Du Ddu-Du”, “Forever Young”, “Really” e “See U Later”. Apenas “Ddu-Du Ddu-Du” ganhou um MV até o momento e nenhuma das outras canções recebeu real destaque.
Minha opinião sobre esse álbum é que eu sinto que meus ouvidos foram violados. Sinceramente eu nunca tinha tido essa impressão com nenhum álbum de K-Pop, mas a sensação de que nenhuma das músicas vale o tempo ouvindo foi muito forte quando tentei avaliar.
“Ddu-Du Ddu-Du” é uma música genérica e enjoada, mas do tipo que quer sugar seu cérebro e leva-lo para outra dimensão de tão ruim. “Really” me fez perguntar exatamente isso para o monitor do meu computador porque eu nem acreditei que estava ouvindo mais uma música de batida eletrônica genérica. “See U Later” é igualmente repetitiva e genérica. “Forever Young” é a menos ruim das quatro músicas do álbum, mas também não é nada que eu vá chamar de excelente.
No geral eu acho que as meninas do Black Pink estão extremamente superestimadas. Elas estão hypadas em um nível de simplesmente lançar qualquer barulho como se fosse música e os fãs aceitarem e as colocarem quebrando recordes de acesso incríveis.
Agora falando da música com a Dua Lipa. “Kiss and Make Up” é muito gostosinha exatamente como todas as músicas da Dua Lipa. Se não fosse o fato de ter fragmentos da música em coreano eu nem teria percebido que o Black Pink participou.
Mas no geral é excelente que um grupo coreano tenha a chance aparecer aqui no ocidente junto a uma artista pop já consagrada internacionalmente. Aumenta a chance de termos investimentos melhores no setor e de outros artistas ocidentais se interessarem pelo meio e poderemos ver uns bons feats a caminho, quem sabe?
No geral eu acho que as meninas do Black Pink são talentosas e carismáticas, mas a meu ver a YG não está aproveitando o talento delas ao máximo ao coloca-las para cantar músicas tão sem graça e mais do mesmo.
Por hoje essas são as minhas impressões. Espero que tenham curtido a matéria e que, quem sabe, queiram calmamente debater sobre o assunto nos comentários.
Beijinhos e datteba nee!