Olá, pessoas! Hariken de volta! Depois de alguns sumiços e muitos dias sem inspiração, finalmente retornei com um artigo trazendo um tema sobre o qual eu acredito que eu não tenha comentado em nenhum outro momento. Então vamos aproveitar e vou contar de onde nasceu esse meu grande amor pela música japonesa!

Você deve estar perguntando quem é este Hariken que vos fala, e bem, eu sempre tentei me manter como uma figura misteriosa na internet, e isso não irá mudar muito. Mas hoje vocês irão descobrir um pouco mais sobre mim. Japonês? Não! Brasileiro nascido no interior de São Paulo, mas que viveu quase toda sua vida na capital e que ama a música japonesa desde 2006 (?).

Os antigos animes da TV aberta e TV a cabo

Bem, não vou dizer que tudo começou em 2006 mesmo. Sinceramente, minha paixão pela música japonesa vinha de muito tempo antes, com os clássicos animes que passavam na TV aberta, com a abertura de Samurai X que passou em algumas das transmissões do anime na TV Globinho, com os diversos animes que eu assistia na TV a cabo no famoso canal Cartoon Network, que, além dos desenhos da própria Cartoon, ocasionalmente passava alguns animes bem diferenciados na programação ou mesmo nas madrugadas no falecido Toonami – uma época bem antiga, mas que são boas recordações.

https://www.youtube.com/watch?v=53nx0NFx0g0
Love Hina ED – Kimi Sae Ireba

Meu amor pelos animes vem desde essa época. Sempre fui muito ligado à TV por diversos motivos que eu prefiro nem comentar, mas com certeza foram os animes que moldaram a pessoa que eu sou hoje! E bem, das minhas favoritas e que eu recordo até hoje, com certeza o encerramento do anime que me fazia ficar acordado até as 2 da manhã (quase sempre) é aquele que mais me traz boas lembranças. É claro que estou falando do clássico Love Hina!

Eventos de anime? O que é isso?

One Piece OP – We Are

Me lembro como se fosse ontem, 2006, o meu primeiro (grande evento) que eu fui, o na época aclamado Anime Friends. E bem, não foi por causa especificamente do evento que eu comecei a gostar de música japonesa, mas os eventos de animes têm uma grande influência por eu ter continuado, afinal nesse ano em que Naruto dominava o mundo foi o ano que eu descobri o que era ser otaku, e foi nesse mesmo ano que aquele que eu posso chamar de mestre me apresentou as músicas de anime, entregues em um CD-ROM – e que eu ouvia direto – as mesmas 300 ou 400 músicas ou menos. Sinceramente, eu nem sabia quantas tinha ou de que anime eram, eu apenas apreciava as músicas por serem boas.

Na época, eu nem sabia o que era ir em um show. Das diversas atrações, eu dificilmente conhecia alguma, tirando o Massacration, que sinceramente eu até conhecia pelo fato de que eu assisti muita MTV na época. Mas eu fiquei pasmo com a reação de todos conhecerem a We Are, abertura de One Piece, sendo cantada pelo próprio Hiroshi Kitadani, e eu perdido no meio do público sem entender o que era todo aquele fanatismo dentro dos eventos e dos shows para mais tarde me tornar um deles, um fiel apreciador das bandas que viam nos eventos.

Desbravando o desconhecido!

Com o tempo eu fui mudando – claro, também sou humano -, mas meu amor pela música japonesa foi evoluindo junto comigo. De começo, eu era apenas aquele otaku básico que amava as aberturas e encerramentos de anime e, com o tempo, acabei me tornando um apreciador das bandas em si, descobrindo bandas que raramente apareciam em animes e diversos outros estilos musicais dentro dessa pequena ilha chamada Japão, chegando até um ponto em que as bandas que eu conheço raramente eram conhecidas pelos meus amigos.

One Ok Rock – Kanzen Kankaku Dreamer

E com essas descobertas vieram muita sabedoria e conhecimento sobre o mundo musical japonês, mas também um pouco de solidão pelo fato de que nem sempre eu conseguia achar alguém para falar sobre meus gostos musicais “peculiares”. Mas mesmo com a solidão eu ainda buscava por pessoas para conversar sobre isso, eu buscava unir os fãs da música japonesa, eu sonhava alto… para descobrir que nem sempre as coisas são do jeito que você quer ou sonha…

Gostos são gostos! O aprendizado que fica

Uma coisa que eu aprendi nessa minha jornada é que cada pessoa nesse planeta é única, cada uma delas tem um talento diferente, cada uma delas tem um jeito de ser ou agir diferente, e cada uma delas tem um gosto musical diferente. Foi uma lição que eu demorei para aprender, e não porque eu não sabia disso, mas, sim, pelo fato de as pessoas terem dificuldade de entender os outros, e por isso os fãs de música japonesa são tão desunidos no Brasil.

Snowkel – Namikaze Satellite

Meu sonho era unir os fãs da música japonesa, era criar um ambiente agradável para as bandas que vinham, vêm ou que possam vir para o Brasil. Mas, com o tempo, minhas motivações foram mudando: sinceramente, hoje em dia, eu só quero divulgar o que eu gosto, aprendi que às vezes fãs podem ser desagradáveis e acredito que até mesmo eu já fui desagradável com esse meu fanatismo com alguém. O ponto é que, depois de todo esse aprendizado, o que me resta é gostar de música… de música japonesa!

Considerações finais

É isso ai, essa foi um pouco da minha história até aqui, pelo menos de uma das partes que eu mais me orgulho que foi ter se tornado um grande fã das músicas japonesa. É coisa que parece sinceramente inútil, mas que eu me orgulho do fundo da minha alma. Uma paixão que me traz sonhos, que me dá ânimo, que me traz a alegria, que me fez sentir vivo e que, quem sabe, um dia me recompense. Mas claro, a única coisa que eu espero é que a música japonesa tenha mais do reconhecimento que merece!