Ah! Parece que teremos um convidado intrigante. Não se preocupe, ICECREAM é um lugar entre ilusão e realidade, nada mudará no seu mundo enquanto conversamos. Hoje falaremos de personalidades e como elas são apresentadas de uma maneira interessante na série de games Persona. Antes de começarmos, gostaria de pedir ao meu convidado que, enquanto lê os compendiuns de Igor, deixe tocar a sinfonia das almas abaixo:

Feito isso, podemos começar. Fique com essa chave e seja vem vindo à Velvet Room.

Persona introduziu com maestria um sistema de laços sociais que fortalecem os poderes de seu personagem nos games da série baseando-se em cartas de tarô que representam personas, ou seja, personalidades que podem ser assumidas pelo personagem quando o mesmo se encotra em situações diversas. Persona é a sua alma, sua personalidade como um todo e suas definições são reais.

Nos manuscritos do psiquiatra Carl Jung encontra-se facilmente o termo persona que é descrito como uma espécie de máscara criada para proteger o ego e a integridade mental do ser humano, o que é visto constantemente na série da Atlus quando personas novos e mais poderosos despertam em meio à situações complicadas em que o protagonista em questão se encontra.

Interessante? Pois então vamos trazer mais disso para nosso cotidiano como é o doce sabor da ICECREAM.

Agora seguindo mais a filosofia aplicada nos games de Persona, é comum que as cartas e suas respectivas personas de batalha sejam representadas em seus grupos pelos arcanos do tarô em si e singularmente por entidades de diversos panteões pagãos ou até mesmo seres sombrios do cristianismo como Lilith e Lucifer.

A ideia proposta no jogo é que toda e qualquer divindade, seja ela boa ou má vista na sociedade não passa de uma manifestação de nossas mentes insinuando que as religiões sejam necessárias para que a mente de um ser humano desenvolva personas que lhe ajudem a entender o mundo e lidar com situações diversas fazendo ainda uma clara analogia à Kabbalah mostrando que um personagem com mais poderes deve fazer uso de todos os panteões e todas as personas possíveis, algo que pode ser encarado como uma mente aberta.

Dentro dos games o poder do protagonista é aumentado por meio da convivência com outras personagens de arcanos variados ou seja, de personas diferentes permitindo assim que o mesmo compreenda e assuma aquela máscara que lhe será útil em algum momento de sua vida.

Enquanto são representadas pelo tarô nos jogos, nas escrituras de Carl Jung as personas são representadas por siglas que definem a composição de uma personalidade. Eis alguns exemplos baseados no próprio Persona:

Caso queira saber mais sobre as siglas ou mesmo se identificar com sua persona nosso convidado poderá encontrar informações detalhadas aqui.

Persona pode ser uma aula sobre como lidar com a vida para muitos de seus fãs e também um atrativo para novos fãs por ser muito mais que um simples jogo para diversão graças à sua abordagem de temas complexos e ainda assim cotidianos na vida de todos. Espero que da próxima vez que nos encontrarmos seu poder tenha despertado e que me mostre sua persona em plena forma, leitor. 

Sinta-se a vontade para postar o resultado do teste citado nessa matéria nos comentários, suas informações serão adições valiosas ao compendium de Igor

Nos vemos em breve.