Em janeiro de 2018 aqueles que se anteciparam e fizeram a aquisição do título The Legend of Zelda – Ocarina of Time (Perfect Edition) junto às suas lojas favoritas puderam ter uma experiência mais do que aprazível a respeito de um dos mangás mais legais que a Editora Panini publicou nos últimos anos.
Simples, romantizado e nostálgico, a obra assinada por Akira Himekawa trás um olhar purista e quase caricato que o duo feminino destaca em seus traços. De personagem para personagem, a leitura que a mangaká fictícia faz sobre um dos maiores clássicos do mundo dos games é prazerosa e te convida a reviver todos os principais momentos das aventuras de Link no Reino de Hyrule.
A adaptação em mangá de Akira Himekawa é a mais conhecida e celebrada dentre as tantas outras disponíveis dentro da franquia produzida pela Nintendo. Lançada inicialmente com a saga Ocarina of Time, o mangá é composto de dois volumes, que a Panini aglutinou em uma única edição (e pretende fazer isso com os demais títulos da série) no que ela chamou de Perfect Edition.
De imediato é necessário dizer que trazer o mangá ao Brasil nesse formato foi o mais acertado possivel. Ocarina of Time é de uma fluidez narrativa tão simples que seria desestimulante ter que esperar dois meses para poder completar a trama em dois volumes. Reunindo tudo em um só – e ainda acrescentado as side stories – o mangá ganhou em volume e ofertividade para o leitor, que pode reviver de uma única vez os bons momentos do jogo de 1998.
(Capa da versão nacional do mangá)
Sim, por falar nisso, está se comemorando em 2018 o aniversário de 20 anos desse game – o quinto da franquia e primeiro do Nintendo 64 – que até hoje é considerado como um dos melhores jogos de vídeo games de todos os tempos sendo o mais vendido daquele ano e o primeiro jogo eletrônico a ter conceito máximo nos sites das revistas IGN e Famitsu. No site Metratic somou 99 de 100 pontos (único a conquistar isso) e por duas vezes – 2008 e 2010 – o jogo foi listado pelo Guiness World Book como o jogo mais bem avaliado entre todos os jogos já avaliados por sites e críticos especializados. Além disso tudo, Ocarina of Time venceu o Grande Prêmio do Japan Media Arts Festival e seis prêmios no 2° Prêmio Anual Intercative Achievement Awards (incluindo o de jogo do ano) na época. Ao todo foram 7,6 milhões de cópias vendidas no mundo todo.
Por esses, e muitos outros comentários, Ocarina of Time é o grande marco para a franquia e homenageá-lo em formato deluxe é um presente que os fãs brasileiros ganharam no início do ano. O game só faz aniversário em novembro, mas 2018 já é uma vitória já que mais quatro volumes serão lançados adaptando os demais games em tomos bem finalizados.
A impressão que se tem ao conferir o conteúdo de The Legend of Zelda – Ocarina of Time (Perfect Edition) é de que não se trata de um mangá (mesmo que o traço e o formato de leitura indiquem que sim), pois o grande número de páginas (mais de 450 delas), com páginas iniciais coloridas, a capa com detalhes laminados e com lombada geometricamente informacional dão um toque a mais ao tomo que nos leva a ser caracterizado como um livro ilustrado.
(Uma das cenas mais marcante do mangá)
Sim, um livro ilustrado. Considerando os elementos internos do mangá – como quadrinização e finalização – há um predomínio de quadro recheados de informação visual e poucos diálogos. A ideia que se tem é que Akira Himekawa quis reviver os principais momentos da trama do jogo retratando-a o mais intuitivamente possível ao jogadores de Ocarina of Time. As personagens centrais, Link e Zelda, são as que ganham maior quantidade de feições e perfis estando sempre no centro dos quadrinhos como links (perdoe o trocadilho) entre as ações e conversas. Todas as personagens secundárias ganham seu merecido destaque (em especial Navi e Epona, companheiras de Link) e o avanço gradativo da narrativa para os pontos chave de cada fase ou quest do game original livram o leitor de uma enfadonha lição sobre o universo da franquia.
The Legend of Zelda – Ocarina of Time (Perfect Edition) é de uma leitura intuitiva onde você aprende com facilidade – ou relembra – cada momento do game e se aprofunda nostalgicamente nos desafios superados junto ao Herói do Tempo e sua ocarina mágica.
Um presente para quem há vinte anos jogou esse game e guarda na lembrança momentos especiais junto de Link, Zelda, Navi, Epona, Sarya, Impa e Ganon.
Até a próxima e… Sayonara!
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* O mangá original foi lançado em 1999 pela editora Shogakukan.
* Originalmente ele foi dividido em dois volumes: Ocarina of Time e Hero of Time.