Crédito: Divulgação/Clover Studio/Capcom

A influência da mitologia japonesa nos games ocidentais

Como os jogos ocidentais usam as lendas japonesas para criar mundos fantásticos.

Akira · 19 de maio de 2025 às 22:17
menos de 1 minuto de leitura

A mitologia japonesa sempre exerceu um certo fascínio sobre o Ocidente. De deuses elementais a criaturas sobrenaturais como yōkais, há um universo vasto e muito rico por trás da espiritualidade do Japão. Os jogos ocidentais, aos pouco, têm mergulhado nesse oceano de símbolos como forma de enriquecer suas narrativas e estética.

Jogos como Overwatch e Smite são bons exemplos de como deidades e arquétipos japoneses têm sido representados em plataformas de alcance global. Smite, por exemplo, permite ao jogador assumir o papel de Amaterasu, deusa do Sol no xintoísmo, em uma versão estilizada com foco em combate. Apesar das adaptações, o simbolismo central da divindade é mantido por respeito.

Crédito: Reprodução/Sucker Punch Productions/Sony Interactive Entertainment

Outro exemplo que temos é Ghost of Tsushima, produzido pelo estúdio americano Sucker Punch Productions. Embora seja ambientado em um Japão histórico, o jogo é repleto de elementos mitológicos discretos, como as raposas mensageiras dos deuses (kitsune) e as fontes termais que remetem à purificação espiritual, um dos conceitos-chave do xintoísmo.

Ghostwire: Tokyo, da desenvolvedora japonesa Tango Gameworks (publicada pela americana Bethesda), colocou os jogadores cara a cara com yōkais, onis e lendas urbanas japonesas em uma Tóquio sobrenatural. Ainda que tenha raízes nipônicas, o jogo foi originalmente planejado para um público global, tornando mitos como a Kuchisake-onna e os tengu conhecidos pelas pessoas que nunca tiveram contato com o folclore do Japão.

Essa fusão entre lendas do Japão e estética ocidental não apenas enriquece os universos dos games, como também seve de ponte cultural. Para o público brasileiro, muitas vezes exposto apenas ao anime mainstream, abordagens como estas oferecem uma nova via para descobrir um Japão mais místico e simbólico.

Em um cenário onde a diversidade narrativa é cada vez mais valorizada, a mitologia japonesa surge como um tesouro ainda não explorado por completo e os games ocidentais parecem cada vez mais dispostos a abrir este baú.

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Sobre Akira

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