Olá, ouvintes que aqui estão lendo? Como estão passando as festas juninas? O barulho irritante das bombas, o cheiro de fumaça da fogueira quando vai dormir, as músicas chatas… Bem, sempre tem alguém pra gostar disso. Mas isso não importa aqui. O que importa são games, no dia que sair um Festa Junina Simulator, eu falo sobre ele (Não façam, por favor!).

Na nova sessão do Bonus Stage que eu vou começar (por falta de assunto interessante esses últimos dias), decidi me encaixar um pouco na proposta da Rádio, e orientalizar um pouco a coluna, com Animes / Mangás / Outras coisas criadas no Japão que, de certa forma, tiveram alguma interação no mundo dos games.

Não vou falar do Anime / Mangá / Outra coisa criada no Japão em si, e sim dos jogos que a marca gerou, sejam bons ou ruins, pois é disso que a Bonus Stage fala. E para começar, temos o clássico, o invencível, o melhor anime do fim do século: Hokuto no Ken!

Ano de 19XX, o mundo foi devastado por uma catástrofe nuclear. Toda a civilização do planeta foi levada às ruínas, e o que restou da humanidade luta entre si para sobreviver com o pouco de recursos que ainda restaram, sem se importar em matar o próximo para isso.

Nesse mundo comandado pelo crime e vilania, apenas uma pessoa pode salvar o povo carente e necessitado da opressão: o sucessor do Hokuto Shinken, a arte marcial milenar que sobreviveu durante eras. Seu nome é Kenshiro! E assim começa a lenda do salvador do fim do século.

Nome: Hokuto no Ken (Fist of the North Star)

Origem: Mangá

Criadores: Buronson (roteiro), Tetsuo Hara (o resto)

Ano: 1983

Hokuto no Ken é um mangá que foi publicado na Weekly Shonen Jump durante os anos 80, e é conhecido até hoje no Japão como a base dos animes Seinen. É marcado por sua violência e crueldade. O protagonista, Kenshiro, não tem a menor pena dos vilões, e os derrota sempre com a mesma sede de justiça.

O mangá gerou animes, OVAs, um filme em live-action e, é claro, jogos. Vamos falar sobre a história do Kenshiro nos vídeo-games.

A geração 8-bits

Na geração 8-bits, Hokuto no Ken gerou vários jogos no Nintendinho, sendo que apenas 1 saiu no console quase desconhecido da Sega, o SG-1000, ou Sega Mark III. Os jogos são:

Hokuto no Ken (1986)

Hokuto no Ken 2 (1987)

Os dois primeiros jogos da franquia foram em estilo beat’em up, igual a clássicos como Ninja Gaiden. Os gráficos não eram dos melhores, já que haviam gráficos muito melhores na época, mas os jogos retratavam o melhor que podiam. Os inimigos até explodiam, como originalmente.

O primeiro foi o único que veio para o Sega Mark III e Master System, chamado de Black Belt nos Estados Unidos. O segundo veio para cá pelo Nes, com o nome traduzido oficial, Fist of the North Star.

Hokuto no Ken 3 (1989)

Hokuto no Ken 4 (1991)

Depois a série virou RPG. Isso não faz muito sentido ao meu ver, pois ação retrata melhor o espírito da série do que um RPG por turnos. Esses dois RPGs se focam mais na história do que nas lutas, então podemos dizer que os dois se completam. Esses dois não vieram para o ocidente.

Passando para a geração treta – A quarta geração

Com a guerra entre Sega e Nintendo se expandindo, Hokuto no Ken também chegou aos consoles da quarta geração, continuando a sequência dos jogos lançado para as platafromas anteriores.

Hokuto no Ken 5 (1992)

Esse continuou o género RPG, sendo lançado para finalizar a leva de RPGs por turnos do anime.

Hokuto no Ken 6 (1992)

Hokuto no Ken 7 (1993)

Com a febre dos jogos de luta, Hokuto no Ken também acabou entrando na onda, com jogos bem… Interessantes… Não sei se isso é bom ou ruim para a época, mas parecem bem fracos para enfrentar Street Fighter.

Quando a Bandai conheceu o Kenshiro – A geração Playstation

A série veio até a quinta geração pelas mãos da Banpresto, mas a Bandai viu potencial na marca, e criou um dos melhores jogos de Playstation que eu já vi.

Hokuto no Ken (1995,1996)

A Banpresto, como eu falei anteriormente, criou um jogo de Hokuto no Ken, esse fugiu da proposta dos anteriores, sendo uma espécie de história interativa, gênero que estava tentando ganhar espaço na época. Não foi muito popular, pelo visto.

Hokuto no Ken: Seikimatsu Kyuuseishu Densetsu (2000)

No fim do século, a Bandai decidiu que também iria entrar na onda de fazer jogos da franquia, e criou um dos melhores beat’em ups para Playstation.

Kenshiro e o Pachinko – Hokuto no Ken na sexta geração

Depois de vários jogos bons de Hokuto no Ken, a Sega decidiu investir na marca, e fez várias máquinas de Pachinko com o personagem. Para quem não sabe, Pachinko é um jogo de azar muito popular no japão, em que você usa bolas para jogar em slot machines, com o objetivo de ganhar mais bolas.

Existem vários jogos de Pachinko inspirados em animes e jogos famosos, muitos deles produzidos pela Sega e Konami. Esses reproduzem cenas inspiradas no produto original de acordo com o resultado da slot machine.

Não achei muitos vídeos relacionados a esses jogos.

Mas esses não foram os únicos jogos de Hokuto no Ken lançados para Playstation 2. A Sega também decidiu lancar um remake do jogo que veio para o Sega Mark III, que vinha junto com o jogo orininal no mesmo disco.

Sega Ages 2500 vol. 11: Hokuto no Ken (2004)

Mas a Sega não investiu apenas nesse. Em 2004, de uma parceria com a Arc System Works, surge Hokuto no Ken: Shinpan no Sōsōsei Kengō Retsuden (ufa…), um jogo de luta, lançado originalmente para máquinas arcade, com a mesma mecânica de sucessos como Guilty Gear.

O jogo não conta com muitos personagens, mas é bem divertido.

Você está morto em HD – Kenshiro encontra Tecmo Koei na sétima geração

Na geração passada também teve jogos de Hokuto no Ken. A Koei Tecmo gosta de utilizar a fórmula Musou em tudo que pode, não é? Hokuto no Ken também foi acertada por isso. Com uma jogabilidade um pouco mais pesada, surgiu a franquia Ken’s Rage, para os consoles da geração passada.

Chamado de Hokuto Musou no Japão, o jogo utiliza extamente a mesma fórmula utilizada em praticamente todos os jogos da Tecmo Koei ultimamente. A franquia rendeu dois jogos até agora, e leva os gráficos para um tom extremamente realista, o que ficou bem legal.

Hokuto Musou (2010)

Typing Ougi – Os bizarros jogos de digitação

Nenhum desses jogos citados acima está disponível para PC, mas para quem quiser, também existe Typing Ougi, que é um daqueles jogos de digitação, só que com Hokuto no Ken. Parece bem interessante, mas eu dispenso.

Ok, ouvintes, por hoje é só! O que acharam da nova sessão? Você conhecia todos esses jogos?

Faltou algum jogo na lista que você conhece? Tem alguma sugestão para um próximo anime? Comente aí, e ajude um velho cansado.