Capítulo 01- Uma noite, um zumbi, uma morte
 

Prazer, meu nome é Takahashi Chikako, tenho 15 anos, estudo na Hokuto High School, no primeiro ano.
 

Sempre quis ter uma vida cheia de aventuras, mas por causa da preguiça nunca tentei, uma vez me perguntaram o porquê e apenas disse: “sou novo…”.
 

Era uma sexta- feira, estava em casa, mais precisamente assistindo um filme de terror no computador, como sempre, quando recebi um e-mail, era estranho, tinha apenas uma palavra – Saia! – no momento fiquei assustado, achando aquilo muito estranho.
 

Mas, como sou curioso, sai, estava na porta de casa quando observei na esquina uma menina, aparentava ter 10 anos, era ruiva e bem magra, usada um vestido rosa e estava acompanhada por um homem, por estar de noite não consegui enxerga-lo.
 

-Venha – ela gritou, chamando-me.
 

Curioso, fui ate ela.
 

Logo quando me aproximava finalmente consegui ver o homem, era alto e cinza… – Cinza! – levei um grande susto, ele era cinza e aparentemente tinha algo vermelho em sua boca e roupas, um vermelho muito parecido com sangue.
 

Nesse instante comecei a ter medo, a curiosidade estava desaparecendo, a hesitação veio à tona, não queria mais me aproximar, já estava me virando, quando ouvi – Por acaso está com medo?! – ouvi a frase e automaticamente voltei a ficar de frente para a menina, mas a voz não era dela, era uma voz conhecida.
 

Nisso da sombra saiu à pessoa que gritou, era Yoshida Toru, meu melhor amigo, o gênio de Tokyo. “Sempre fomos diferentes, ele o gênio, o garanhão, o melhor esportista da escola”. “E eu o carinha do canto da sala, o mais quieto e mais fraco”.
 

– O que foi Chikako? Você parece assustado?- perguntou.
 

E realmente estava.
 

Estava mais pelas suas vestimentas, do que, o aparecimento repentino na noite. Vestia um terno de couro, tinha muito adornos metálicos, como brincos, colares. Diferente do modo habitual que sempre o vi.
 

– Claro que sim! Você e esses dois apareceram do nada. Respondi.
 

– Tenha mais respeito, você acha que está falando com quem, idiota! – falou a garotinha apontando o dedo na minha cara.
 

– Eu sei – continuei – com uma pirralha!
 

Do nada ela estralou os dedos e o homem atrás dela desapareceu.
 

De repente senti um grande dor, quando percebi, a mão dele estava atravessada na minha barriga, eu sangrava muito, então comecei a vomitar sangue, quando Toru a mandou recuar o servo – tira ele dai logo! – mas, em gesto de soberania não obedecia, apenas consegui ver uma forte luz azul, logo no momento que ela começou a desaparecer, desmaiei.
 

Quando acordei, estávamos na minha casa, muito assustado acordei aos prantos.
 

– Pare de gritar idiota.
 

– Ei Kotori-sama pare de encher o Chikako, ele acabou de passar dessa para melhor. – pediu Toru.
 

– O que?! Eu morri?! Como assim?!
 

– Bem… Isso vai ser estranho, mas. O zumbi da Kotori-sama. Matou-te, perfurando seu estômago com o braço – respondeu , continuou – Massa né? – perguntou Toru.
 

Zumbi? Que história mais louca é essa e como isso aconteceu, estou falando com você agora, não está vendo, eu estou vivo.
 

– Simples você morreu, mas eu te ressuscitei.
 

– AH?! Você é o que, um deus, por acaso? – perguntei, já não aguentava mais, parecia brincadeira, comecei a ficar muito mais nervoso.
 

– Sim, quer dizer… Ainda não, sou apenas um estudante shinigami. Ah, só pra você saber. A Kotori-sama é uma feiticeira.
 

Quando ele terminou de falar, senti meu mundo desmoronando, eu não sabia mais o que era real, eu achava que tudo aquilo era um sonho… – Isso não pode ser verdade! – gritei para os dois.
 

– Claro que é, olhe na sua mão, não vê nada de diferente. – falou Kotori olhando brava para mim por não estar acreditando em toda aquela conversa.
 

Foi então o momento onde eu percebi, em meu dedo tinha um anel, estranho, era de prata, tinha uma pedra vermelha e muito pesado e grosso, perguntei – você fala desse anel?
 

– Sim, idiota esse é o anel de Enishii, o anel da vida.
 

Após um tempo Toru começou a mexer numa sacola, dessa tirou quatro anéis, colocou nos dedos da mão esquerda e perguntou: você está melhor? Respondi com um pequeno gesto com a cabeça, querendo dizer sim – Então vamos! Temos muito trabalho a fazer… E antes que me esqueça de avisar, você nunca deve retirar esse anel.
 

– Por quê?- perguntei.
 

Se não você morrerá.    
                                         

                                                                                                                                                                       FIM
 

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