Raya e o Último Dragão: “O mundo está quebrado, você não pode confiar em ninguém”

Precisamos estar sozinhos no mundo?

Haydaru · 23 de janeiro de 2022 às 08:44
menos de 1 minuto de leitura

Olá! Hoje eu e a Vicky iremos falar sobre um filme que nos interessou bastante e dizer nossas impressões a respeito!

Sinopse

Kumandra é um reino habitado por uma vasta e antiga civilização conhecida por ter passado gerações venerado os dragões, seus poderes e sua sabedoria. Porém, com as criaturas desaparecidas, a terra é tomada por uma força obscura. Quando uma guerreira chamada Raya, convencida de que a espécie não foi extinta, decide sair em busca do último dragão, sua aventura pode mudar o curso de todo o mundo.

Na imagem vemos todos os personagens principais do filme, com Raya bem na frente segurando sua espada com as duas mãos, olhando fixamente para frente com uma expressão séria. Ela está usando botas de couro e uma camisa amarela e calças verdes. Logo atrás dela está o dragão, com pelos azul-claros em pé levantando uma das patas e olhando na mesma direção de Raya. Ao fundo, uma paisagem incrível com um pôr do sol.

Raya e o Último Dragão (Raya and the Last Dragon, 2021) teve uma longa jornada até seu lançamento no Disney+. Suas primeiras informações foram liberadas oficialmente em 2019, durante o evento da Disney (D23 Expo). Então veio a pandemia, que atrapalhou o calendário de produção. Ele é o primeiro grande filme de animação dos estúdios Disney desde que Frozen foi lançado, e podemos perceber o capricho e o carinho com que foi feito para poder agradar todos os públicos. Mesmo que ele tenha sido lançado no meio da pandemia, não deixa nada a desejar, trazendo muitas referências à cultura oriental e quebras de tabu.

No filme, conhecemos a protagonista Raya, uma garota guerreira muito ambiciosa e segura de si e também cheia de sonhos que parte em uma aventura extremamente difícil para salvar sua terra Kumandra, que está sendo tomada por uma força obscura, com o desaparecimento de todos os dragões.

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Em um passado distante no reino de Kumandra, os dragões eram comuns e responsáveis pela prosperidade dos seres humanos. Porém, o surgimento de criaturas malignas chamadas Druun – capazes de transformar aqueles com quem entram em contato em pedra – ameaça a paz, e os dragões fazem um último esforço para salvar a humanidade. Sem os dragões, Kumandra se divide em vários países rivais, que desejavam ser os detentores da Pedra do Dragão, uma relíquia deixada pela dragão Sisu no momento em que os Druun foram derrotados.

Raya, a protagonista, carrega um peso em sua consciência: durante um evento pacifista promovido por seu pai, a menina confiou na pessoa errada, Namaari, que tentou roubar a Pedra do Dragão, o que levou a uma batalha entre os países (Coração, Garra, Presa, Espinha e Cauda) e fez com que a relíquia fosse partida em vários pedaços, culminando no retorno dos Druun e na transformação do pai de Raya (e de outros humanos) em pedra.

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Muitas vezes, o filme acabou me lembrando outra animação chamada Mulan, que também tem essa temática oriental e é protagonizado por uma jovem com algumas das mesmas características de Raya, e o fato de a garota também encontrar um parceiro dragão claramente traz muitas referências a essa obra. Creio que era esse o objetivo do estúdio, já que Mulan foi um grande sucesso.

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Na imagem vemos a personagem principal, Raya. Sua pele é morena, ela veste um manto vermelho oriental com detalhes em azul e dourado e seus cabelos são longos e castanho-escuro. Ela usa um chapéu chinês de palha muito antigo que cobre seus olhos, deixando à mostra somente a parte do rosto do nariz para baixo. Ela usa luvas de couro grossas como armaduras e segura o cabo de sua espada com as duas mãos enquanto uma chuva cai sobre ela. Atrás vemos uma floresta.

A fé na bondade de outras pessoas é o tema que rege Raya e o Último Dragão, que se ambienta em uma versão fantasiosa do Sudeste Asiático. Os animadores não se afastaram muito do estilo geral de filmes recentes da Disney, como Frozen ou Moana, mas dou um destaque especial para os santuários de floresta tropical e as fortalezas de montanhas nevadas envoltas em neblina, pois são muito impressionantes. Os detalhes nos cabelos dos personagens, a movimentação e expressões faciais estão perfeitos!

Raya e o Último Dragão entra no hall das produções que tentam abraçar a diversidade, dialogando com uma quantidade maior de pessoas e culturas. A dupla de roteiristas Qui Nguyen e Adele Lim possui a bagagem cultural necessária para escrever essa história, nos entregando um texto respeitoso com as ideias e conceitos da região asiática, mesmo o reino sendo fictício.

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A animação desse filme é uma coisa extraordinária, bem o que esperamos da Disney. Eu muitas vezes ainda fico impressionado com a qualidade absurda que eles nos entregam, assim como sua trilha sonora, que foi cuidadosamente escolhida, cheia de elementos orientais, o que, junto com as paisagens e animação de personagem, traz um resultado fantástico.

Podemos notar que nessa animação não há príncipes encantados ou grandes casais se formando: a grande aposta do filme foi focar em personagens femininas fortes. Trazendo muitas referências aos tempos modernos, ele nos traz uma mensagem importante para todas as idades, o que geralmente acontece com quase todas as animações Disney.

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Para quem gosta de trilhas sonoras, o tracklist da animação irá te surpreender ao longo de suas 24 faixas. Todas as músicas foram compostas por James Newton Howard, e você pode conferi-las a seguir. A principal música da animação é Lead the Way, interpretada por Jhené Aiko, mas tenho uma opinião impopular de que, apesar de ter muitas músicas incríveis, não tem nenhuma que seja “chiclete”, memorável (porém são todas muito boas).

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Concluindo, Raya e o ultimo Dragão correspondeu à expectativa que foi criada sobre ele, pois é um filme muito bonito que, apesar de o reino ser mágico, muitas vezes nos faz acreditar que realmente existe algo assim em meio à Ásia, escondido e cheio de personagens carismáticos e exóticos. Além de tudo isso, conta com uma animação e trilha sonora impecáveis e traz uma importante mensagem. Recomendo muito todos assistirem, vale muito a pena.

Vicky

Raya e O Último Dragão traz uma mensagem poderosa sobre união e como vencer nossas diferenças e abraçar as diferentes maneiras de pensar e nos faz refletir que não precisamos estar sozinhos no mundo. E o principal é que o individualismo não é uma opção quando algo atinge a todos, é necessário empatia e cooperação!

Ficha técnica

  • Ano de produção: 2021
  • Dirigido por: Carlos López Estrada e Don Hall (II)
  • Duração: 107 minutos
  • Classificação: Não recomendado para menores de 10 anos
  • Gêneros: animação, aventura, fantasia

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Foto de Haydaru

Sobre Haydaru

"Uma lição indolor não tem sentido. Aquele que nada sacrifica, nada é capaz de obter."