Aleluia! Finalmente consegui assistir o filme novo do Homem-Aranha. Então, queridos seres humanos com algum tipo de mutação no DNA que faz com que tenham comportamento animalesco e olhos fluorescentes, esse post também expressará algumas de minhas opiniões cinematográficas.

Vale reforçar o que foi dito na matéria que fiz sobre o longa-metragem do Capitão América – que pode ser lida bem aqui -: Não sou um crítico “especializaaaado”, tão pouco tenho blogs, videologs ou podcasts de cinema. Sou apenas um nerd lunático, muito fã de HQs e que sabe diferenciar os diferentes tipos de público para quais os filmes são produzidos.

A propósito, se vocês ainda não o conferiram nos cinemas, sugiro que parem por aqui, pois haverão inúmeros spoilers sobre a produção e, por experiência própria, não será a mesma coisa assistir sabendo de certos fatos. Eu mesmo fui metralhado com várias informações precipitadas de coleguinhas meus não muito amadurecidos e não pude aproveitar totalmente a ocasião.

Primeiramente, assisti-lo no cinema – e em 3D – é uma coisa incrível. Toda a produção vale o esforço de ir e presenciar por si só, visto os efeitos impagáveis de imagem, dando uma sensação visual fantástico quando há o passeio do Aranha entre os prédios de NY. Não há momentos relevantemente bons onde coisas explodem e voam na sua cara, mas é tudo muito bonito de se olhar. O mesmo para a trilha e os efeitos sonoros, que em certos pontos soam mesmo como uma sinfonia. Tudo foi bem bacana.

Bacana também é a interpretação ótima do Andrew Garfield, que ao contrário do Tobey Maguire, conseguiu fazer essa diferença entre o Peter Parker mais contido e nerd, entretanto bem solto quando ao lado de sua namorada, Gwen Stacy, e um Homem-Aranha canastrão, piadista, sarcástico, divertido. Essa é uma das melhores coisas dessa nova remessa de filmes.

Já a gostosa Emma Stone até que também fez bem o seu papel. Muitas pessoas acabaram resenhando o filme mais como se tivesse o foco principal no romance entre os dois, e… Estavam certos. A trama principal acaba mesmo girando entre as decisões do Parker sobre continuar ou não com ela, já que existem perigos ao usar máscara de herói. No fim, vemos que o resultado da vida perigosa dos dois resulta na morte de Gwen – culminando em uma cena lindíssima.

Outra coisa que vi muita gente comentando foram os excessos de vilões e o seu mal uso. É válido enfatizar que o grande antagonista da trama é o Electro. Mas, realmente, foi mal utilizado. É estranho para quem é mais fã ver que um super vilão como ele, um dos mais poderosos da Marvel, acabou sendo explorado tão pouco.

É fato que quiseram mostrar como era estranho para ele adquirir esses poderes e toda aquela confusão mental, mas em tempos onde InFamous faz tanto sucesso, tinha tão mais o que fazer com ele e sua capacidade de se transformar apenas em energia que fiquei com um certo vazio quanto a sua participação.

Digo, sofreu o acidente, ganhou os poderes, enlouqueceu, foi preso, solto, apagou a cidade, foi apagado… Só que tudo de forma muito superficial após enfrentar o lança teias na Times Square.

Por outro lado, os dois bandidos restantes, Harry Osborn e Rhino, serviram apenas como um gênesis do que futuramente irá acontecer. Reparem que naquela sala da Oscorp haviam outros projetos além do veneno da aranha e da armadura de rinoceronte, como os tentáculos do Drº Octopus e as azas do Abutre.

Embora eu, particularmente, não tenha gostado da forma que o duende (Macabro ou Verde? Não deu para entender) ficou, do traje, de como ele aprendeu tão rápido a pilotar o planador, lançar abóboras explosivas, do quão plástico foi tudo aquilo e do fato de ele não usar uma máscara, reconheço que o papel dado aos dois foi bem executado.

Melhores cenas

Como já citei, a cena da morte da Gwen foi incrível de se assistir. Ser capturada pelo Harry, o desespero do Peter com aquilo, ambos caindo naquela torre, a esperança dele ao atingi-la com a teia e ver tudo ir por água abaixo quando ela perde a vida batendo no chão.

Também com ela, o discurso emocionante feito na formatura logo no início foi muito legal de acompanhar.

Piores cenas

Não deu para engolir o Osborn pedindo o sangue para o Homem-Aranha, foi um pouco patético. Ele é acordado de ressaca, bebe mais e vai implorar para o herói. Quando lhe é negado, começa a quebrar tudo. Não me convenceu e, até ouso dizer, descaracterizou um pouco o personagem.

A passagem de tempo com o Peter após a morte de sua namorada também não foi tão incrível ou dramática quanto deveria ter sido.

Por fim, se vocês estiverem com vontade de sair e ter uma diversão despretensiosa, será muito legal assistir esse segundo filme do cabeça de teias. Tem uns momentos bem divertidos, visualmente é muito bacana, o ator principal é realmente talentoso e tem a cara do personagem, é uma boa distração.

Mas se vocês forem cinéfilos blasés, cults, super entendidos de cinema dramático europeu, ou se forem muito fãs dos quadrinhos originais, fiquem em casa. Já que são tantos detalhes e descaracterizações que trarão, no mínimo, tédio aos seus corações.