Olá, meu povo. Como estão?

E então, eis que o mês de novembro se foi, demorando para passar tanto quanto uma preguiça se alimentando. O bom é que, diferente de outubro, temos inúmeros lançamentos interessantes em nosso radar capoperiano, tanto para o bem, quanto para o mal.

Sem mais delongas, vamos ao último resumo do mês de K-Pop desse maravilhoso ano de 2015.

Ignorando a categoria fillers, pois não serão necessários aqui, vamos começar lá por cima com…

O que rolou de melhor?

EXID – Hot Pink

Interessantemente, as garotas do EXID deram uma guinada na carreira desde que lançaram Up&Down, no ano passado. Se antes, eram só um grupo qualquer que jogava no ar canções dançantes parecidas com tudo qualquer coisa que já tínhamos ouvido antes, agora, elas possuem uma personalidade própria, soando sempre como um Hip Hop sexual mais agressivo em contraponto com as vozes mais adocicadas das integrantes. É só lembrarmos da ótima Ah Yeah – que vem brigando no gel em minha cabeça pelo posto de single do ano.

Hot Pink é o segmento perfeito para isso. A faixa é retro dentro do nicho rap, usa de efeitos sonoros bacanas e suficientemente old schools para torna-la respeitável, além de ter um refrão viciante e um videoclipe obsessivamente colorido e genial…

 

9MUSES – Sleepless Night

Ooh, como eu amo essas nove musas que, na verdade, são oito. Esse tem sido um ano maravilhoso para elas. Embora estejam desfalcadas em quantidade, a qualidade musical se manteve intacta com os bons lead singles Drama e Hurt Locker. Se esse primeiro foi um Pop/Funk delicioso e o seguinte foi um EDM matador, o que esperar de um terceiro lançamento em 2015?

Pois bem, Sleepless Night é uma faixa mid-tempo sensual que bebe das mesmas fontes de Something, do Girl’s Day, Alone, do Sistar, Marionette, do Stellar, First Love, do After School e, trazendo aqui para o ocidente, Drunk in Love, da Beyoncé. Ou seja, fica naquela linha entre o lento e o dançante, perfeito para performances femininas em pole dances.

Mais um acréscimo e tanto par a ótima discografia da banda…

 

B.A.P – Young, Wild & Free

Sabe-se lá por qual motivo, os caras do B.A.P, após processarem sua gravadora por não serem pagos de maneira justa, resolveram retornar com uma nova faixa pelo mesmo selo. Intrigas de bastidores à parte, a música é ótima e vai na boa linha deles ao misturar Rock com Hip Hop…

 

RaNia – Demonstrate

Outras que resolveram voltar do nada foram as RaNia. Dessa vez, com o acréscimo de uma integrante americana, cantando em inglês, negra, de cabelo crespo e lindíssima, que apareceu pro mundo mandando muito bem nesse vídeo teaser aqui.

Ai, a gravadora resolveu lançar o MV sem ela, alegando que ela teve problemas com o visto coreano ou ~insiram a desculpa esfarrapada que preferirem aqui~, ignorando as gravações já feitas nos EUA que poderiam muito bem servir ali, preferindo deixar a voz dela fazendo uns raps no ar enquanto as coreanas fazem carão pro vídeo. Vai entender.

Pelo menos, a faixa é gostosinha e me lembra Destiny’s Child…

 

Brown Eyed Girls – Fogo no Rabo e Brave New World

E essas gatas aí fizeram o comeback mais legal de novembro.

Diferente dos meninos do B.A.P, ao terem inúmeros problemas com sua gravadora, as Brown Eyed Girls tiveram bolas e migraram para outro selo, lançando um novo álbum completinho e sensacional intitulado como Basic, que tem em todo o seu conceito metáforas usando a Física.

Isso pode ser visto no nome de cada uma das faixas, nas imagens do LP e mesmo nas estéticas adotadas nos videoclipes. E Warm Hole – ou, como gosto de chamar, Fogo no Rabo -, por exemplo, o quarteto satiriza a romanização coreana para wormhole (buraco de minhoca), que é igual a de warm hole (buraco quente). Daí que temos um MV sensacional com elas metaforizando vários buracos com coisas entrando enquanto cantam sobre penetração anal…

A outra faixa escolhida para divulgação foi a épica Brave New World, candidata seríssima a single de 2015. É um apanhado de referências numa mesma música, com Disco e Dance passeando por zonas sensuais e sombrias ao mesmo tempo. Ponte fantástica, versos alucinantes, break de Hip Hop genial, um refrão hipnotizante e bem mais adulto do que boa parte do que escutamos no K-Pop em geral.

Já o MV, outra porrada na nossa cara. Ainda abusando desse conceito físico, o quarteto de gostosas dança e sensualiza numa dimensão sem barreiras de locomoção, com uma paleta de cores viajada. Puta que pariu, tá?! Puta que pariu…

 

Depois dessa coletânea maravilhosa, vamos ir descarga abaixo com…

O que rolou de pior?

GOT7 – Confession Song

Não entendo o motivo de acharem que, só por ser no clima do natal, as faixas desse tipo tem que ser tão bunda moles. Depois de atingirem o ápice de suas carreiras com a apoteótica If You Do, os caras vão e me lançam uma merda como essa. Que vergonha, GOT7…

 

BTS – Run

Outros que iam bem esse ano e derraparam feio foram os BTS. Dope e I Need U foram boas pra cacete, embora muito distintas uma da outra, mas Run só me prova que esses caras vão continuar atirando sonoramente para todos os lados, nunca se aprofundando em nada.

O resultado é essa faixa dance sem graça alguma…

 

EXO – Lightsaber

Porra, EXO! Se era para lançar um single em parceria com a Disney para Star Wars, por que não continuaram com a linha Urban/pop dos três lançamentos anteriores?

Que Electropop de merda, viu…

 

iKON – Apology e Anthem

Na longa jornada da YG Entertainment em fazer um novo grupo idêntico ao BIG BANG, temos mais dois singles fraquíssimos do iKON. Apology é uma baladinha R&B mela cueca; Anthem é um Rap com influências árabes nada expressivo e seriamente constrangedor.

Alguém ainda tem paciência para esses moleques?

 

CL – Hello Bitches

Olha, todos sabem que eu adoro a CL. Ela é uma das minhas personalidades coreanas favoritas, adoro essa cara de má e esses olhões vesgos.

Eu até estava confiante nessa empreitada de lançarem ela no mercado americano. Inclusive, não tinha me ofendido tanto com aquele vídeo ridículo dela com Doctor Pepper, pois aquela estética humorística/ostentação/putaria poderia colar e tals. Mas, me enganei e já não tenho muitas esperanças de que ela vá fazer qualquer sucesso com isso.

A melhor parte de Hello Bitches é, justamente, quando ela para de mandar as rimas sem sentido e começa a cantar. O que, para uma rapper, não fazer sentido algum. Talvez esse seja o caminho para ela nos EUA, cantando de verdade e não tentando lançar novas versões da icônica The Baddest Female, que só funcionou tanto por, justamente, ser voltada para o cenário coreano.

Ou isso, ou vai acabar como a lixosa da Iggy Azalea, atualmente ignorada pelos fãs de música Pop e chacota de todos da cena Hip Hop…

Aproveitando o espaço, vamos falar das mocreias no reality mais legal desses últimos anos, que chegou ao final nesse mês?

 

O que rolou no Unpretty Rapstar?

Yubin – Who Am I (com a Jo Hyun-a)

A minha loira maravilhosa do Wonder Girls teve uma das trajetórias mais divertidas do programa e minha torcida estava com ela o tempo todo. Não foi dessa vez que ela venceu, mas pudemos ser agraciados com essa faixa saborosíssima.

Atenção especial para a plateia gritando os “Who Am I”, coisa difícil em audiências asiáticas…

 

Yezi – Abuse Me (com o Hanhae, do Phantom)

Essa gatinha do Fiestar quase me fez acreditar que venceria, mas também não deu para ela.

Mas já valeu por conta da música mais sapeca da temporada…

 

Truedy – Ruedy Boogie (com a Tiffany, do SNSD)

A gente já sabia que a Truedy iria ganhar isso desde o primeiro episódio, não é? Embora eu tenha me irritado com a personalidade dela algumas vezes, não tem como negar que essa menina é talentosa e entende de Hip Hop.

Por isso, ela conseguiu essa música super coerente com o que era feito no estilo há décadas atrás. Ponto a mais pela participação da Tiffany, do Girls’ Generation, cantando muito…

 

Sabrina Sato – My Love (com um tal de Basik)

Outra que cantou muito foi a Hyolyn, do Sistar, adequadamente definida pela minha colega de redação, Dessah-chan, como a Sabrina Sato Coreana.

Depois de ser questionada pela motivação de estar em um programa musical sobre Hip Hop mesmo nunca tendo lançado nada do gênero, passar muita vergonha e declarar que odeia canções lentas, mesmo sendo dona de várias faixas emotivas em que abusa de sua extensão vocal, a cantora caiu em contradição novamente, indo para a final com uma balada cheia de firulas, falsetes e quase nenhuma rima.

Enfim, gargalhadas minha à parte por toda essa palhaçada adorável, fica aqui o destaque de momento mais emocionante da temporada com My Love, se não me engano, para o gato de estimação dela que faleceu recentemente…

 

E o PSY?

PSY – Napal Baji e Daddy (com a CL)

Sim, o dono da porra toda, rei trash e guilty pleasure de todos nós está de volta com duas faixas horrivilhosas em MVs icônicos que receberão versões brasucas do Latino muito em breve…

Aquele momento em que a CL consegue ser mais legal em 5 segundos no clipe do PSY do que em toda a sua trajetória americana…