"Após longos meses longe de casa o único propósito de um marinheiro é retornar a seu lar e rever sua família, seu trabalho? Transportar do continente americano grandes sacos cheios de café, ouro e várias especiarias, porém o que parece um dia tranquilo navegando em alto mar se transforma no inferno. De repente um estrondo e o navio se chacoalhar, mais dois estrondos e o navio se chacoalhar de um jeito que parece que vai virar, logo após os estrondos param e quando o marinheiro se dá conta um bando de piratas está invadindo o navio, vários gritos, barulhos de tiros e o tilintar das espadas. Com o olhar horrorizado o marinheiro percebe que nunca mais vera sua família de novo."

A Origem

Chega de historinhas bonitas de caça à grande rota ou de tripulações com poderes especiais que podem soltar fogo, fazer maremotos ou se esticar. O negócio era na espada e no tiro, cabeças rolavam, pessoas eram enforcadas ou tinham o coração arrancado e comido em um ritual macabro de um capitão pirata.

O termo pirata foi usado primeiramente na Odisseia de Homero na Grécia Antiga. Logo depois, o termo pirata começou a ser usado a bandidos que roubavam riquezas de outros navios ou de cidades. A pirataria marítima aconteceu muito antes do que se imagina, foi praticada primeiro pelos gregos no ano de 735 a. C. que roubavam os fenícios e assírios, e a partir daí a pirataria continuou a causar problemas até o século I d.C. quando uma frota de mil navios atacou brutalmente e destruiu a frota romana e pilhou aldeia no sul da Turquia.

O auge da pirataria foi entre os séculos XVI e XVIII começando por colônias Europeias e Japonesas, onde haviam piratas em grande quantidade, na espreita por um navio comerciante descuidado e desprotegido que levasse riquezas das colônias americanas para a Europa.

Um local que era considerado um verdadeiro inferno pela grande quantidade de piratas era o Mar do Caribe (Por isso, Piratas do Caribe), onde os piratas atacavam primeiro os navios espanhóis e posteriormente atacava qualquer navio de qualquer colônia.

As tripulações dos navios eram compostas por pessoas que gostavam de ficar em alto mar e desejavam riquezas, outra parte era de escravos fugitivos ou servos. Por mais que os piratas fossem cruéis e impiedosos, eles eram “organizados” e havia uma democracia dentro dos navios onde o capitão era eleito pela própria tripulação e podia ser removido a qualquer momento. Eles preferiam navios pequenos e rápidos para facilitar os saques e depois ficarem mais rápidos na fuga. Seus alvos preferidos eram navios comerciantes e, as vezes, resolviam atacar cidades e navios de guerra, isso se o risco valesse a pena. Mas a vida de um pirata não era muito longa, pois o excesso de bebida e o muito tempo em alto mar fazia que grande parte morresse de doenças ou enforcados.

No auge, os piratas chegaram a controlar cidades que eram a maneira mais fácil de recrutar tripulações, vender suas mercadorias roubadas consertar o navio e gastar seu dinheiro com mulheres e muita bebida.

Mas não havia apenas piratas fora da lei não, existiam os corsários que através de uma carta do corso eram autorizados a pilhar navios de outras colônias, um grande exemplo disso é Sir Francis Drake o maior corsário da história. Havia também os bucaneiros originários dos portos do Caribe que atacavam as cidades e navios espanhóis na América Central, seu nome veio de “Boucan” uma forma de defumar a carne e fazer com que ela dure mais (isso era muito útil, principalmente para aqueles que ficavam longos períodos em alto mar).

Ching Shih a mais Poderosa

Imagem de Ching Shih

Como sabemos a pirataria nasceu no oriente em colônias Japonesas, e falando de um dos vizinhos do Japão a China teve uma pirata que foi considerada a mais bem sucedida da história, estamos falando da Madame Ching Shih.

Ching Shih era uma prostituta muito bonita, que casou com um famoso pirata chamado Zheng Yi, que, ao invés, de assumir apenas o cargo de esposa e cuidar da família, Ching Shih ajudou o marido e juntos tentaram conquistar os sete mares. Após a morte do marido, Ching ficou com toda a frota, um total de 1500 navios e mais de 80.000 homens a seu comando isso no ano de 1.800. Ela era muito poderosa e tinha muito dinheiro por seus roubos e pilhagem de navio, seu poder era tanto que a China ofereceu anistia universal pela paz, como já estava em uma idade avançada Ching Shih aceitou, mantendo sua riqueza e a de seus tripulantes que foram concedidos cargos militares. Com muitas riquezas em seu poder Ching Shih vez o que ela sabia fazer, abriu vários cassinos e bordeis e viveu até completar 65 anos.

Viu como a história pirata não vive apenas de Barba Negra ou de Irmãos Barba Ruiva?

Algumas curiosidades

*As pernas de pau e mãos de gancho que é o que mais vemos em adaptações de piratas na mídia tem um motivo simples, como os piratas estavam em constante batalhas era “normal” perderem algum braço ou pernas e as próteses mais em conta em um navio cheio de madeira e metal eram as pernas de pau e mãos de gancho que eram feitos pelos marceneiros a bordo no jardim.
*O Tapa olho tem uma explicação que não é nada obvio, não era porque não tinham o olho, mas sim porque como os piratas navegavam dia e noite eles tampavam um olho para ele ficar adaptado a escuridão, e quando anoitecia ele trocava o tapa olho e usava o olho que já estava adaptado com o escuro.
*As vestimentas dos piratas, com sua elegancia toda era composta por várias roupas roubadas que eram todas colocadas juntas.

O tesouro de Ching Shih não podemos encontrar, mas existem vários piratas que esconderam seus tesouros ao redor do mundo, um deles diz a lenda que está escondido em Fernando de Noronha. E aí você quer arriscar e ir embusca de um tesouro pirata?

Bom, agora você já sabe de onde veio a inspiração para vários animes de piratas que vemos por ai, assim como One Piece e Magi. E aí, o que achou desta matéria vasculhando a origem de Luffy… Er quer dizer…. A origem dos Piratas?

Espero que vocês tenham gostado e até a próxima matéria.