Seja em mangá, anime ou filme, o enredo de Rurouni Kenshin conta a história de um ex-samurai que resolve abandonar um passado cheio de derramamento de sangue. Kenshin Himura inverte então a lâmina de sua espada e continua lutando contra inimigos, mas desta vez sem matá-los.

Apesar de ser uma invenção do mangaka Nobuhiro Watsuki, a Sakabatou (espada de lâmina invertida) é um ícone muito importante no imaginário otaku. Desde o início do mangá, em 1994, não havia relação entre a arma de Kenshin e as espadas da vida real até a inusitada descoberta da família Kawakami.

No final do ano passado, uma família habitante da cidade de Shiroi descobriu um objeto bastante incomum. Uma espada curta que mede 28 centímetros dos quais 22 são para a lâmina que não possui sinais característicos de espadas fabricadas no Japão. O que a torna mais exótica ainda é o fato de a lâmina estar invertida, semelhantemente à espada de Kenshin.

Devido à empunhadura muito pequena e fora do padrão, a Sakabatou da vida real não foi incluída no Registro Oficial de Espadas Japonesas. No entanto a prefeitura local demonstrou o interesse em atribuir à espada o título de Patrimônio Cultural Municipal.

Não é a primeira vez que a família Kawakami contribui para o aumento do acervo histórico-cultural local. Já foram doados 174 itens (como roupas e equipamentos de montaria) além de 14 mil documentos do Período Edo (de 1603 a 1868).

Pouco se sabe sobre a pequena espada que foi recentemente descoberta. Somente depois de muitas pesquisas será possível saber se nesse caso a vida imitou a arte ou ocorreu exatamente o contrário.

Imagem da Sakabatou no mangá: