Nine Muses voltam mais açucaradas em Drama e quase pisam na bola

Confiram a resenha do Lunei para o mini-álbum Drama da girl band coreana Nine Muses, recheado de influências do R&B clássico, mas que quase desanda em tanta doçura...

Lunei · 14 de fevereiro de 2015 às 01:23
menos de 1 minuto de leitura

Nine Muses voltam mais açucaradas em Drama e quase pisam na bola

Olá foliões que também não tem paciência alguma pro carnaval e toda essa baboseira para gringo ver. Como estão? Espero que bem...

No oriente, as coisas começaram quentes esse ano. Já são muitos os lançamentos interessantes de 2015. Posso dizer que quatro comebacks me surpreenderam bastante por demonstrarem rumos diferentes da imagem visual e na sonoridade, os quais eu comentarei ao longo dessas semanas, começando agora.

As pessoas que me conhecem mais a fundo sabem que uma das minhas bandas sul coreanas favoritas é a Nine Muses. Lhes explicarei os motivos. É difícil num mercado de idols como o do K-Pop, grupos irem por uma linha mais adulta em sua música e imagem. Não que eu não goste das outras temáticas, muito pelo contrário, mas as nove musas me conquistaram com o que foi passado no EP Wild e no sensacional álbum Prima Donna – resenhados aqui e aqui.

Entretanto, me espantei com as fotos divulgadas para o seu novo lançamento, o mini-álbum Drama. O excesso de cores fluorescentes me deixou temoroso por uma mudança geral radical demais, fugindo da alta qualidade mostrada anteriormente. Para a minha sorte – e do planeta inteiro – o pesadelo não correu, mesmo que, de fato, elas tenham dado uma adocicada a mais na produção.

Nine Muses voltam mais açucaradas em Drama e quase pisam na bolaEssa dose de açúcar fica nítida já na introdução Pilot Episode, que antecede a ótima faixa de trabalho que leva o mesmo nome do EP. Ambas são R&B clássicas com instrumentais riquíssimos, sendo que em Drama há um refrão extremamente grudento.

Falando em refrão grudento, isso se repete na animada Choice. Essa é uma faixa que puxa bastante para a pegada disco que elas tanto fazem bem, com a mistura de bateria eletrônica, sintetizadores retros, baixo, piano, guitarras e instrumentos de sopro que dariam muito orgulho na Donna Summer caso a mesma ainda estivesse por aqui.

Infelizmente, elas colocam mais açúcar e isso pode se tornar enjoativo. Não acontece de cara na simpática Jururuk, mas passa do ponto na chatíssima balada September 17th que, de tanto adoçante, é capaz de deixar diabético qualquer um que a escute mais de três vezes. A música é tão boba que se parece com aquelas usadas de trilha sonora em festas de debutantes quando a aniversariante insiste em colocar um vídeo com fotos horrorosas no telão para que os convidados olhem enquanto enchem os bolsos de salgadinhos frios.

Por fim, é um CD bom, mas não tão bom quanto os anteriores lançados pelo grupo. Só nos resta esperar que até o fim do ano venha um álbum completo e que substituam esse excesso de açúcar por doses de álcool.

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Aparentemente, esta pessoa quer manter uma aura de mistério quanto a si mesma.