Julho é mês de férias! Para muito de nós otakus é mês de Anime Friends e Sana Fest! A Redação J-Hero esteve no AF e tenho certeza que tem um monte de novidades para contar. A Hikari, por outro lado, não para com os estudos e traz coisa boa também!

No início do mês estive em Natal-RN para representar minha universidade (com mais um monte de outros estudantes) no XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – INTERCOM NE 2015.

Com pesquisas, apresentações de trabalhos, mesas redondas, e o Expocom (uma competição entre universidades), esse evento é o mais importante para a área da Comunicação no Nordeste e palco de entrada para quem está interessado em garantir uma vaga na competição nacional.

Bom, mas o que interessa é que lá eu estive não só representando a Universidade Federal do Maranhão – UFMA, mas também todos nós da comunidade otaku, levei um artigo científico (único por sinal a tratar do tema), que abria espaço para nossa cultura de mídia ser discutida.

 

 

Com o trabalho “A Utopia do Castelo Flutuante de Reki Kawahara: Uma Análise Estética do Anime Sword Art Online”, promovi o debate da influência da narrativa japonesa no cenário do audiovisual atual, como a Hikari é um espaço de divulgação de conhecimento… Resolvi trazer para vocês um pouco do que é esta pesquisa!

Confiram um resumo:

“A realidade virtual não é uma fantasia. Pelo menos não para outros idealizadores de ficção (como é o caso dos irmãos Wachowski e seu Matrix), que nos fazem crer que isso é uma realidade futura, com boas chances de acontecer (ou não). O futurismo sempre foi um assunto abordado pelas narrativas, em quaisquer que sejam as mídias, e como tal leva a um estranhamento, pois há um choque com a realidade a que estamos habituados.A ficção japonesa, destaque nesta análise, evolui desde os anos 1950 e perpassando por releituras da história, mitologia oriental e ocidental, e ficção científica construiu seu modo prático de ser. Sua identidade. A presença do dramático, do heroico, do nobre só reforçam a relação extasiante proposta pela fantasia. Sword Art Online é o resultado da combinação dessa idealização da figura fantástica da realidade virtual, as técnicas de animaçãoeo parecer da literatura nipônica.

O anime representa uma pequena parcela deste cenário audiovisual estimulante, que convida o telespectador a compartilhar das reações das personagens (sofrer, amar, odiar) sem esquecer-se derefletir sobre as perspectivas do homem como ser social. A experiência estética proporcionada pela obra é prolongada e sedutora. O simples questionamento sobre a possibilidade de se amar em um mundo virtual é intrigante. Com toda certeza, Reki Kawahara vai além de um escritor que faz de suas obras seu “ganha pão”. O artista expõe suas visões sobre a proximidade dos jovens com os ambientes virtuais.

A forma como ele faz isso, adaptando características clássicas e românticas da literatura universal com o senso visionário de seu povo, faz dessa “Utopia do Castelo Flutuante” um despertar para a existência dos moldadores de nossa personalidade. Um castelo sonhado e materializado das percepções humanas de um alguém que, sem permissão insere outros em seu devaneio. O que de início pode nos levar a uma repulsa, mas que nos atrai por exemplificar as nossas fases de inconstância como individuo. As categorias estéticas aqui citadas são o guia para a compreensão da narrativa como um todo. Sua relação com o lado sensível do espectador.”

 

 

Se você tiver vontade de conhecer mais sobre a pesquisa e ver os posicionamentos feitos a cerca do anime no cenário audiovisual e da estética, clica aqui e acesse ao artigo completo!

Afinal de contas, a Hikari e a Rádio J-Hero, também são ciência!

Sayonara!