Várias são as vezes em que vemos animações no cinema. Algumas de qualidade e outras não. No Entendendo de hoje iremos falar sobre as mensagens que os filmes da Disney vem nos passando no decorrer dos anos mediante as animações que mais marcaram!     

Um Entendendo meio que diferente, pois nossos temas são focados em curiosidades do mundo nipônico. Variar um pouco não faz mal!

O Walt

Nas ultimas décadas – se formos parar para analisar – os filmes da Disney foram mudando o foco de suas lições de moral de acordo com o crescimento do mundo. Ver a idéia plena de Walt Disney com seus conceitos de retirar histórias góticas e horripilantes e transformar em belos contos para crianças de sua época fora de certo modo, genial.

Ver animações antigas onde demonstra-se a sutileza da mulher como uma perfeição quebrada que somente pode ser completa com a presença de um príncipe encantado fora algo que incentivou as massas da época a administrarem uma nova perspectiva sobre o “Feminismo”.

O grande artista não queria provocar o machismo – pensamento que está sendo muito influenciado hoje em dia sobre a sua pessoa –. Temos que entender que Walt Disney era um homem (apesar de sua suposta homosexualidade) que tinha valores, dos quais eram a da mulher como a mãe de família. 

Hoje em dia ainda podemos ver a influência que tais animações tem o seu “Q” e dinâmica que pode ser levada as demais crianças, já que ainda possui bons valores.  A época de Walt fora considerada pelos artistas da empresa como a época de ouro da Disney

A Morte Walt

Considerada a época negra da Disney, a empresa sofria da possível falência, os artistas não tinham mais o mesmo gás e criatividade após a morte de seu amado chefe. Seguem abaixo as animações que não possuíam uma mensagem profunda, ou uma qualidade boa:

Mogli

Robin Hood

Pooh

Bernado e Bianca

Cão e a Raposa

Era isso o que saia dos Estúdios“em depressão”Disney de 1967, data de um ano após a morte de Walt, até 1989, data onde um estopim estava para estourar.

Sob Novo Foco

Tentando encontrar uma nova inspiração, os desenhistas e seres de mente criativa que tentavam manter-se no estúdio, reuniram-se com o novo diretor que deu uma simples palestra: "Criem algo para vocês! Desenhem algo que retome seus medos e anseios, mostrem às crianças que elas não estão passando por problemas sozinhas!”.

Surgiu então uma luz. A pequena sereia lançado em 1989 foi um recomeço. O filme foi um sucesso batendo o recorde de bilheteria da década. Uma jovem querendo novas descobertas e conhecer novos mundos, era essa a mensagem do filme. Ela queria adquirir maturidade, algo que tocou a muitos e o que tornou o filme um esplendor.

Caminhando no Centro

Meses após a estreia os desenhistas se viam confiantes, mas preocupados com a famosa “crise do segundo filme”. Era o famoso “E agora?”. O mesmo diretor de A Pequena Sereia incentivara cada vez mais os seus desenhistas a criarem suas próprias obras, fora então o momento que surgira um romance.

Muitos acham que Aladdin era uma animação que retratava o chamado “Romance impossível”, mas o mesmo voltava-se aos olhos de A Pequena Sereia. O tema de liberdade e aprovação dos pais estava por trás de tudo.

O gênio queria se sentir livre e Jasmine queria provar ao pai que poderia tomar seu ter responsabilidades para com o reino. O roteiro original do filme fora recusado 3 vezes pelo diretor geral da Disney até chegar no tema dito. O filme foi um sucesso. Arte e musicas premiadas. Todos sabiam o que realmente era o tema Disney. Ou não.

 

A Inspiração

O tema em si (aprovação e liberdade) estava sendo focado demais, mas como não falar disso? Eis um dos problemas de agora. A Disney estava com o discurso ainda na mente, pulsando em sua criatividade como tinta no papel. Fizeram um filme com o mesmo tema, enquanto rabiscos em papeis e borrões estavam sendo feitos. Surgindo uma simples ideia no meio destes.

Dois filmes foram lançados, aquele rabisco de mesa que fora feito para relaxar os desenhistas e mentes criativas durante os esforços para o filme principal, fora aprovado e sua produção estava pronta. Seu nome, todos conhecem: Rei Leão.

Pocahontas (o filme focado) tomava ainda o mesmo rumo de aprovação e liberdade, porém fora um fiasco. “Criem algo que mostre o interior de vocês”Rei Leão falava da necessidade da maturidade e do medo de crescer. Simba perdera o pai, mas não aceitara o seu lugar. Tal filme fora nada mais nada menos do que o recorde que bateu Pequena Sereia.

A Mulher

As princesas sempre foram o foco, e depois de Rei Leão, Hercules fora bem recebido, mas algo ainda não se encaixava. Mulan (pessoalmente falando) fora a melhor da década de 90. O tema era outro e os desenhistas e diretores sabiam disso, pois ele era arriscado.

Um simples olhar por cima do que parecia falar da força da mulher era muito mais que isso. Mulan tratava da honra da familia (“Aonde você iria para honrar sua família?”), e respeito próprio. Mulan queria provar a si mesma e ao pai que não precisaria de um homem para ser uma mulher completa. 

A “Crise do Segundo Filme”, infelizmente, atacou Mulan, este por sua vez quase fora uma contradição ao primeiro filme. Fazendo uma análise sobre o segundo, nota-se que o foco foram os amigos de Mulan, mas a história de fundo, mostra que nem todo casal é perfeito e isto foi um ponta pé para o futuro foco da Disney.

E pra quem não entendeu: o nome do personagem principal do Planeta do Tesouro é Jim Mulan.

Parcerias mais firmes

A Disney estava estável. Para os que não notaram, não falamos da Pixar, a qual ajudou a estabilizar mais ainda o estúdio após Pocahontas. Com seu primeiro filme, Toy Story, a Pixar assinara um contrato de 10 anos/5 filmes com a Disney.

Lançando Vida de Inseto que fora um filme sobre a importância de usar suas habilidades para a sociedade (no caso colônia) sem medo de represálias, e que nem tudo que passamos na vida, passamos só.

A estabilidade

Passados 9 anos, 3 estúdios, Pixar, Disney e DisneyToons (essa que por sua vez, foca nos filmes mais infantis, como Tinkerbell e 101 dalmatas), estavam em alta. O contrato estava para acabar. Vários filmes foram lançados dentre os quais Planeta do Tesouro e Procurando Nemo foram os sucessos durante a década do contrato, mas nada que ultrapassasse o recorde de bilheteria de Rei Leão.

Em 2006 a Disney compra a Pixar por 7,4 Bilhões. Deixando para trás as desavenças que as duas empresas possuíam.

Um Novo Começo

Passados 2 anos a Disney e a Pixar estavam começando a cair. Os filmes não tinham mais a mesma motivação e brilho que possuíam e Bolt o Supercão fora uma inovação em questão de tecnologia e foco em novos temas, mas nada brilhante a tal ponto.

Mais 2 anos se passaram e a Disney via que A princesa e o Sapo não foram bem recebidos. Os estúdios estavam sem uma nova princesa a anos e precisavam de algo novo que chamasse as crianças, até que em 2010 a mente do novo diretor criativo da Disney começa a agir.

O filme Toy Story 3 fora um disparo no coração das jovens crianças que tinham assistido o segundo filme a tantos anos. Um receio por metade dos fãs devido à “crise do segundo filme”.

“Será que vai ser ruim?”. Os números comprovaram. Toy Story 3 bateu o sucesso de bilheteria que não era quebrado há anos com U$ 1.063.171.911 arrecadados. Uma história linda e motivadora que levou os olhos do público novamente à Pixar/Disney.

O Rumo Agora

Enrolados, lançado no mesmo ano que Toy Story, não fora um sucesso de bilheteria, mas marcara com a entrada da nova princesa. A história que, para alguns não passava de um simples clichê de romance impossível, falava da liberdade e amadurecimento que Rapunzel estava adquirindo, mas o ponto que mais foi analisando fora o de Ghotel.

“Nem tudo é o que aparenta ser” foi colocado de forma brilhante para a mente infantil. Mostrar que o mal do ser humano é um ponto de vista, que pode ser alterado pelo egoísmo e desejo fora trabalhado de forma genial. Fora o fato de que Enrolados quase ganhou o prêmio de melhor trilha sonora, perdendo somente para o filme que bateu o recorde de bilheteria: Toy Story.

O que esperar para o futuro

A Disney sentia que ainda precisava de algo novo, e sabiam que precisavam de um tema que realmente valesse em conta. O novo diretor estava cheio de ideias, assim como o grupo de artistas. Após Toy Story, todos estavam prontos para próximas produções, então surgiu o filme Valente.

O novo foco: “Uma mulher não precisa de um homem para se tornar livre”. Merida procurava adquirir um meio de que sua mãe lhe entendesse.

O filme possui uma temática simples, direta e rápida, sua trilha sonora foi louvável e arte considerada a melhor nos últimos anos. A critica ficou dividida, muitas vezes por acharem o filme rápido demais, sem tempo suficiente para absorver o ambiente em que se encontra Valente, mas assim seria o próximo filme que quebraria de vez o tabu dentro das paginas e rabiscos na Disney.

“Você não pode casar com um cara que acabou de conhecer!”, esta foi a frase considerada mais impactante entre as animações dos últimos anos.

A Disney surpreendeu com seu filme solo (sem a Pixar Studios). Elsa foi considerada a mais nova princesa Disney depois de Merida, mostrando o real romance, e que o verdadeiro amor nasce primeiro na família. O filme arrecadou U$1.274.219.009,00. Batendo todos os filmes já criados e ficando em quinto lugar no ranking, perdendo para Titanic, Avatar e Vingadores.

A Disney vem nos mostrando que pode se adaptar ao novo e que os bons valores ainda são levados em conta. Filmes já confirmados para os próximos anos estão subindo minhas expectativas. Procurando Dory  poderá ser o filme que baterá Frozen? Literalmente, irei pagar para ver.

Fiquem com a uma das músicas nórdicas mais épica de todas já lançada pela Disney, esta que foi inspiração para o Entendendo de hoje!