ATENÇÃO: ESTA MATÉRIA CONTÉM SPOILER!

Yoo minna-san! Para quem não está entendendo muito: essa é uma matéria relâmpago da coluna Paraíso Otaku. Sei que não é muito o meu forte, mas vamos ao que interessa: Final de temporada!

Bem, ao que muitos já sabem, esse mês de setembro se foi junto com a temporada de verão, que se iniciou em julho. Como conseqüência também se foi: Shingeki no Kyojin, Danganronpa, Watamote, Servant x Service, Kamisama inai, Blood Lad entre outros.

P.S.: Nos momentos de apresentação, utilizarei dos nomes inteiros, porém, durante a matéria, utilizarei de abreviações

Como só acompanhei 5 dessas séries imperdíveis, então iremos analisá-las agora, antes que a próxima temporada se inicie completamente.

Kamisama no Inai Nichiyoubi – O Domingo sem Deus

Este anime, por incrível que pareça me fez chorar muito. Os episódios que mais me emocionaram foram: O episódio 3 (com a morte do pai de Ai) e esse ultimo episódio, o 12.

Dentre todos vocês que assistiram quem não sentiu um pouco, nem que seja um “tiquinho”, de emoção ao acompanhar essa série? Principalmente nesse final emocionante?

 Bom, se eu consegui chorar com esse anime (e logo quem: eu, a pessoa que viu Ano Hana completo e não derramou uma lágrima), muitas pessoas mais sensíveis (em sua maioria: mulheres) devem ter caído aos prantos. Corrijam-me se eu estiver errada.

O que dizer da série?

Uma preview do anime já havia sido apresentada em uma matéria feita pela Musa-sama, então aqueles que leram já imaginam como se dá a sinopse.

O enredo, em minha opinião, é espetacular. Mesmo que a série tenha resumido muito alguns pontos que foram apresentados na light novel, o diretor parece saber muito bem como jogar para que fiquemos ansiosos por uma solução para os mistérios presentes.

Este foi basicamente o caso de SNK, porém a série Kamisama no inai não conseguiu alcançar o sucesso que esse primeiro teve. Mesmo assim é um anime que vale a pena parar pra assistir e posso até dizer que também valeu à pena esperar o lançamento de cada um dos 12 episódios.

Muitos devem ter estranhado já de inicio, pois o que vamos achar de um anime que já começa com uma garotinha levantando uma pá para um homem e, ambos, cercados por mortos? Até eu pensei que teria um pouco mais de ação após este começo.

Por ter tido alguns arcos com um foco desnecessário, a série caiu um pouco de audiência. Confesso que os episódios 5 e 6 me frustraram um pouco, mas nada que não me fizesse perder a vontade de prosseguir e ver os pontos positivos.

As emoções trazidas nessa série não foram as mesmas que presenciei durante os outros animes que acompanhei, elas são mais filosóficas e mexem mais com nosso lado sentimental. E o final também não deixou a desejar nesse quesito, mesmo deixando aquela ansiedade de sempre por uma continuação e por uma revelação dos mistérios que não foram desvendados.

Sinceramente, não esperaria um final melhor para a série, se bem que estava ansiosa por uma segunda temporada até saber que o anime não conseguiu uma boa audiência no Japão e, por isso, não é certo que queiram investir mais.

E o que dizer da trilha sonora? Bem, ela foi perfeita pra o foco filosófico da série. A opening e a ending fazem um belo contraste e mostram muito bem sobre o que o autor queria passar.

Para finalizar, vou deixá-los com algumas perguntas que separei e a ending da série. Pois de que jeito podemos fechar uma matéria sobre finalizações, do que com as músicas de encerramento?

Perguntas que não foram respondidas:

Como a Ai salvou o Alis? Eu jurava que ele havia ficado para trás. O que vai acontecer com o bebê da Scar? Ela vai ficar com o Yui e, juntos, formarão uma família com a Ai?

E todas as outras pessoas? Elas estão vivas, não estão? Então como elas viverão agora em um mundo abandonado por Deus? E os outros personagens? Apenas apareceram por um tempo e nada mais?

Enquanto esperamos por respostas

Fiquem agora com "Owaranai Melody wo Utaidashimashita" de Mikako Komatsu:

Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaetemo Omaera ga Warui – Não importa como eu veja isso, é sua culpa eu não ser popular!

Uma série em que, todos os episódios, começam seus títulos com “Sou impopular” e são seguidos de uma desculpa para esse fato.

A história gira em torno de Tomoko Kuroki, que tenta de tudo para se tornar popular em seu primeiro ano de ensino médio. Porém suas tentativas não acabam dando muito certo…

p.S.: Mais detalhes sobre a sinopse, confiram a  matéria da Paraíso Otaku com a preview dessa e de outras séries.

Pessoalmente acho a série muito engraçada e ela consegue ainda me fazer sentir um mix de ódio e piedade por Tomoko.

Porque ódio? Porque em alguns momentos ela age como uma verdadeira baka. Porque piedade? Porque ela faz isso, justamente por se sentir solitária e querer ser popular e ganhar amigos.

Em todo o momento ela se dá mal, até mesmo quando tem a chance de falar com alguém, simplesmente trava. E eis a dualidade expressa no anime: Apesar de achar todos muito nojentos e desejar a morte de estereótipos grupos adolescentes, ela deseja, desesperadamente, ser um membro dos mesmos.

Para arranjar desculpas por tudo, diversas vezes ela acaba mentindo, sem nem sentir remorso. Ela finge ser coisas que não é, para pessoas que ela admira. Isso porque Tomoko não tem nenhuma capacidade social, ou seja, agora só resta recorrer a todos os tipos de métodos para ser vista e se tornar popular.

Valendo lembrar que a protagonista é uma típica “otaku”, ou seja, passa todo o tempo livre jogando, vendo animes ou qualquer outro costume que todos nós temos. Para ela, seu tempo livre não pode ser passado melhor do que com esses “vícios”.

A série é repleta de humor de todos os tipos, incluindo o humor negro e pior dessa parte é o fato desse tipo de humor nos fazer sentir um pouco de peso na consciência por rir das desgraças que acontecem com a pobre garota.

Acho que, aquilo que mais nos faz rir dessa parte, é o fato dela ter sempre na cabeça que tudo aquilo terá um final incrível com ela sendo adorada pelas garotas e desejada pelos garotos.

O estranho são as fantasias sexuais que ela tem, mas que são meio “censuradas” (porque as aspas? Porque ainda podemos notar que é uma fantasia sexual e a nossa imaginação pode fluir. u.u).

Essa foi a última série que peguei para acompanhar, confesso que no começo não dava nada por ela, porém o desenrolar de toda a história me fez querer assistir até o final.

Querendo ou não, temos de admitir que ela não foca apenas no humor, mas também nos faz pensar na realidade daquelas pessoas que sempre ignoramos e nunca paramos para enxergar e tentar entender o porquê delas serem tão excluídas.

Ao contrário de muitos “impopulares”, Tomoko sempre continua confiante de sua capacidade ganhada em jogos e em sua irresistibilidade. Esse é o pensamento que todos deveríamos ter, afinal ela consegue seguir em frente apenas por esse incentivo pessoal.

Até quando ela recorre ao irmão mais novo (que tem amigos e consegue viver uma vida normal) é apenas em busca de uma atenção. Mesmo com o jeito arrogante dela para com ele, o objetivo é apenas que obtenha conselhos para ter amigos e que ele a perceba, apreciando sua companhia.

Levando em consideração todo o enredo, em todas as tentativas e todos os fracassos de Tomoko, podemos até dizer que ela conseguiu admiração de muitos espectadores, já que ela sempre continuava forte com o objetivo de mudar para ter amigos e um namorado.

Durante diversas leituras em blogs, vi algumas criticas ao anime por ele ser triste e apenas focar no desespero da protagonista, tentando nos fazer rir com o fracasso alheio. Mas, querem uma opinião sincera?

Eu sei que todos que viram deram risadas, eu também ri muito com as cenas cômicas, só que muitos criticam por não saber como é essa vida realmente. Aqueles que preferem falar que o anime é muito depressivo, são os mesmos que não sabem o que é passar por tudo isso.

A dor de se sentir excluído e fora de tudo não é engraçada, admito (pois eu me sinto assim diversas vezes), mas a produção do anime queria mesmo é que percebêssemos como é essa triste realidade.

Já que não enxergamos no mundo real, a idéia foi trazer de uma forma “cômica” para que prestássemos atenção ao que está ao nosso redor. Essa é a minha conclusão do anime, cada um com sua opinião, respeitarei e aceitarei qualquer outra que me oferecerem.

Até a ending da série retrata essa vida da garota. O curioso é por ser uma ending cantada pela própria dubladora de Tomoko (Izumi Kitta) e focada nos caminhos que a protagonista passa na volta do colégio. Seria como se não fosse apenas um encerramento normal, mas sim uma continuação do episódio.

A própria letra possui um bom contexto, enfatizando o cotidiano de Tomoko e como ela se vê nesse e seu próprio espelho: “No caminho de casa estou sempre sozinha”, “Mesmo que faça sol e chuva, não vai mudar”, “Se eu ficar séria serei popular”, etc..

Deixando essa parte de lado, vamos para a análise dos episódios finais: Perceberam que, finalmente, alguém olhou para a Tomoko? Aquela garota (Imae-san) enxergou e percebeu o grande esforço que ela fazia para ser notada.

Como se ela fosse o ultimo fio de esperança, tenta falar com Tomoko e até a entrega um balão para que a mesma não se sinta mais tão excluída e solitária. O coração bom da garota trouxe uma nova esperança para que nossa protagonista continue seguindo em frente.

Perguntas que não foram respondidas:

O que vai acontecer agora com Tomoko? O ano ainda não havia acabado e ela estava um passo de se socializar com alguém, até fugir desesperadamente. O que a Imae fará para trazer Tomoko para seu mundo? O que houve com aquele rapaz que desenhou a protagonista no começo do anime? Eu jurava que ele apareceria novamente e ficariam juntos.

Para finalizar, vamos para a ending de Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaetemo Omaera ga Warui. Fiquem com “Dou Kangaete mo Watashi wa Warukunai”, de Izumi Kitta (Dubladora de Tomoko Kuroki):