AVISO: Essa edição especial da Otaku JukeBox muda um pouquinho seu foco para tratar de um assunto super interessante.
Contando com a participação da (recruta) redatora Girl Zumbi estaremos apresentando agora esse universo alternativo dos games de Pokémon: as ROMs e as Hacks. Para dar meu toque especial resolvi trazer-lhes uma crônica. Para quem manja de literatura deve saber do que se trata, mas ao inexperientes serei breve.
Crônica é um estilo literário que se apresenta em uma narração, produzida essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal. Possui assim uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o leem. Entendido o que é crônica, vamos para o que interessa então!
Jogar Pokémon não é uma arte. É uma ciência! Essa é a forma como defino meu conceito para o jogo Pokémon. Ter noções de alquimia, biologia, ecologia, táticas militares, senso investigativo, poder de concentração, persistência e acima de tudo cautela. Parece que estou descrevendo habilidades de um super-humano ou de um guerreiro invencível, mas, acreditem, essas são as habilidades pertinentes a um pokémaniaco durante uma partida.
A franquia Pokémon não me é desconhecida. Sou da época em que corria da escola para casa para assistir a loira Eliana catando “A Força do Mestre” e depois acompanhar um episódio novinho das aventuras de Ash e Pikachu. A caçulinha do Guaraná Antártica eu comprei. Os álbuns de figurinha também. Cards colecionáveis… perdi a conta. O filme no cinema eu assisti.
A única coisa que posso dizer que não tive acesso foram os games. O que é engraçado já que são as primeiras peças da franquia.
Meu pai, durante a minha infância inteira, nunca pode me dar um vídeo-game. Depois que ele ficou desempregado foi que não pode mesmo. Ainda hoje sinto-me triste ao lembrar que não assistir Pokémon 2000 no cinema devido a esse contratempo. Mas esse momento já passou e agradeço a Deus por isso. E sim, tenho um vídeo-game. Um PS2 já bem velhinho.
Mas engraçado ainda era o fato de saber que um de meus primos tinha um Game Boy Color. Ele nunca foi mesquinho com as coisas dele. Sempre me dava tazos, gelitros (aqueles da Coca-Cola) e muitas outras coisas. Com o GBC não era diferente. Sempre que podia jogava com ele. No entanto meu primo não tinha nenhuma fita/cartucho de Pokémon. Imagina a minha desolação! Só podia ser um infortúnio. Ser uma pessoa que se sentia super fã, mas que nunca havia jogado nem que fosse um pouquinho Pokémon. Trágico!
Passei a infância vendo conhecidos jogando em seus Game Boy Color e Advanced sem poder fazer o mesmo. Contudo isso nunca me desmotivou. Na época do karatê (em que era um dos melhores por sinal. Duas vezes campeão maranhense de demonstração de katá. Te meti!) conhecia um lutador muito marrento que jogava. Foi um dos contatos mais profundos até então com o game de Pokémon. Versão Blue. Lembro como hoje a batalha dele com seu Squirtle versus um pacato Magikarp. Achei surpreendente. Mas ainda não tinha sido daquela vez que jogaria.
Você pode estar pensando agora: “Puxa, mas que história triste!” ou “Que coisa chata! Quero ver a parte sobre as hacks!”. Mantenha a paciência jovem gafanhoto o melhor vem agora.
Passado tudo isso chego, enfim, a um dos melhores momentos da minha vida até hoje: O meu Ensino Médio. Eu estudei o Ensino Médio em uma das escolas mais conceituadas da rede pública do nosso estado: O Liceu Maranhense, que por sinal é a segunda escola mais antiga do país ficando atrás somente do Colégio Dom Pedro II no Rio de Janeiro.
Lá foi onde fortaleci meus conhecimentos sobre cultura oriental e me oficializei otaku. Lá também é onde conheci uma galerinha importante: Samuel, Rafael e Claudinaldo. Digamos assim. Nós quatro éramos a Elite 4 do Liceu Maranhense. Ninguém era tão expert em Pokémon do que a gente. Formamos discípulos e difundimos uma espécie de vício entre os liceítas: Pokémon no celular!
Conheci Pokémon no celular a partir de Samuel. Um gamer-otaku muito esquisito, mas que por sinal se mostrou um grande amigo. Ele vivia um duelo interno entre ser fã de Pokémon e Digimon e, enquanto jogava Digimon em casa pela internet (e assim como eu não tinha um GBC ou GBA) se meteu nesse mundo que por muitas vezes é criticado por certos jogadores: as ROMs, ou se preferir os emuladores.
Samuel baixava os emuladores das versões Blue, Red, Yellow, Silver e Crystal para celular e jogava escondido durante as aulas. Até que eu descobri e… Moral da história me viciei também! Peguei a ROM com ele instalei no meu celular e pronto! Havia enfim vivenciado uma das experiências mais extraordinárias da minha vida inteira.
Sabe a sensação de poder realizar um sonho e ainda por cima descobrir que aquilo era realmente como você esperava? Pois é! Pokémon foi além. Eu descobri um jogo que posso considerar perfeito. Sempre fui apaixonado por estratégia e nos games Pokémon isso é explícito.
Como já conhecia a série e tudo mais. Descobrir a jogabilidade foi moleza. Vantagens e desvantagens eram coisas que já conhecia. Apenas me adaptei ao modo de jogo por rodadas. Assim foi com o Claudinaldo que foi na minha onda. Ele, porém, não entendia nada. Aí eu e Samuel tivemos que ensinar quase tudo.
Uma surpresa foi ver o marrento Rafael (que era tão grandão que chegava a dar medo) querendo aprender sobre o jogo. Todos os dias sentávamos os quatro para debater e apreciar o jogo. Zeramos todas as versões que Samuel tinha e ainda nos sentíamos vazios. Infelizmente as versões de GBA não eram compatíveis em celular.
Foi quando Rafael nos apresentou outro nível de jogabilidade: As Hacks.
Rafa nos trouxe uma versão de Crystal que era diferente se é que me entende. Podíamos fazer cópias de pokémons, itens etc. Imagina você ter acesso a mais de uma Master Ball (quem já jogou que entenda!) e capturar os três “cães” lendários, Lugia e Hoo-Hoo! Era demais! Ele mesmo tinha dois Lapras: Gelinho e Gelinho 2. O que não se esperar de um marmanjo hein?!
E assim foi. As hacks entraram na minha vida. No entanto sempre privilegiei as versões originais. Nunca jogei em um GBC, GBA ou NDS (Nintendo DS), mas tenho orgulho de dizer que já zerei Blue, Red, Yellow, Silver, Crystal, Ermerald, FireRed, e quase o Platinum (meu PC deu pau na época!) e de ter feito o mesmo com algumas hacks bem legais como GoldenSky e Light Platinum.
Hoje em dia não posso ficar sem ter Pokémon no celular, no tablet ou no notebook. Estou sempre jogando uma versão já vencida a fim de melhorar meu tempo, minha equipe… E estou aberto as hacks que são experiências interessantes dos fãs.
Aqui em casa eu e meu dois irmãos (meus discípulos) estamos sempre em cabo de guerra. Na hora que começo uma versão nova eles fazem o mesmo e tentam sempre ser melhores do que eu! Mas acho que ainda não estão no nível!
Agora estou querendo vencer um grande desafio. Comprar meu 3DS e zerar essas versões maravilhosas que aparentam ser Pokémon X e Pokémon Y.
BÔNUS 1: Dicas de Hacks da Girl Zumbi
Como já havia adiantado nossa nova redatora se comprometeu em ajudar durante esse mês Pokémon. A Redatora Girl Zumbi trouxe para você fã da Otaku JukeBox uma matéria interessante sobre hakcs Pokémon.
Hoje em dia é comum encontrarmos sites especializados em distribuir hacks e até mesmo ensinar a fazê-las. Aqui no Maranhão conheço uma galerinha que joga hacks caseiras feitas por encomenda só para o celular, mas não gosto muito porque detalhes como níveis de poder, vantagens e desvantagens e a dificuldade de se obter os lendários são desativados o que vai contra meus princípios de pokémaniaco.
Ela trouxe algumas dicas legais para quem quer jogar essas versões um tanto que inovadoras, mas que respeitam os princípios de jogabilidade da franquia da Nintendo. Enfatizando também o conceito de Hacks: “Hacks são basicamente jogos modificados baseados nos oficiais, também conhecidos como por Fan made.”
Confira abaixo um vídeo muito interessante com presentações de algumas das hacks mais jogadas dos últimos tempos. Percebam que uma das características das roms alteradas são a utilização do poder de criação dos fãs, que projetam um novo enredo com novos Pokémons, um novo mapa, novas lendas… Fora o fato de modificarem bem pouco os princípios de jogabilidade. A quem diga que os pokémons de hack são mais legais do que os das últimas temporadas lançadas (referente a geração Diamond & Pearl até X & Y).
Confira o vídeo e veja se alguma dela te agrada:
Tem também este site que é especializado em download de versões hacks. Se quiser jogar é só escolher a mais legal aqui. E aqui também:
Finalizando…
Muito bem amigos! Essa matéria encerra a participação da Otaku JukeBox nesse Mês Pokémon da Rádio J-Hero. Espero que tenham gostado de nossas matérias. Essa é uma história verídica com um pouco de criatividade.
Agradecimentos especiais a amiga Girl Zumbi que se prontificou a nos ajudar na construção dessa super produção que vai em especial para todos vocês é claro, mas para minha amiga Bolinho de Arroz que não pode estar com a gente nessa parceria e a amiga Suh Leveck que não pode nos ajudar no final.
Agradeço ao redator Lunei por sua ideia magnífica, e a redatora-chefe Musa-sama que ficou o mês inteiro pegando no pé de todos!
Agradeço a todos os demais redatores e a toda equipe da J-Hero que recebeu de braços abertos essa proposta! Fiquem com as dicas que lhe oferecemos e divirtam-se.
Até a próxima e… Sayonara!