O departamento de estado dos EUA divulgou seu relatório anual sobre direitos humanos nas nações ao redor do mundo, notando algumas melhoras no Japão mas também criticando outros problemas. Uma das constatações foi a facilidade de acesso ao conteúdo pornográfico animado em vídeo, ilustração e jogos eletrônicos que contém muitas vezes cenas de abuso de menores e estupro de crianças. De acordo com o estado norte americano, o Japão tem uma cultura tolerante ao assédio sexual de crianças e adolescentes e reforçou que o país não possui nenhuma lei que coíba a comercialização desse tipo de material.

Em 2014, o governo japonês declarou em nota que caracterizaria como crime o porte de material do gênero. A emenda constitucional não citava a comercialização nem reprodução de material com o conteúdo julgado ilegal pelos direitos humanos.

Reforçando a fragilidade da emenda, títulos como To Love-Ru e Yosuga no Sora foram liberados de quaisquer suspeitas e inclusive tiveram uma ampla gama de materiais promocionais circulando em plena Tóquio.

Uma lei que restringia a reprodução com caráter sexualmente apelativo de personagens animados que aparentassem menos de 18 anos de idade foi apresentada num congresso em 2010 porém, com grande resistência do público alvo e dos próprios criadores do conteúdo em questão, a proposta foi suspensa.

O mesmo relatório inclui passagens que criticam também a cultura de JK (Joshi Kosei) ou seja, o senso comum japonês de que garotas colegiais são vistas com certa malícia pelos adultos, levando o argumento a condenar maid cafes e casas de massagem que contratam garotas menores de idade. Práticas como essas foram inclusive comparadas ao tráfico de pessoas e turismo sexual, afirmando que parte das garotas contratadas nesses locais também fazem programas com adultos.