por redator Saylon Kaguya

 

Como prometido nosso especial segue com mais uma entrevista sensacional para marcar essa data importante para todos nós. Dessa vez o escolhido foi o DJ mais linha dura da nossa equipe (ele sabe que estou brincando!) e que mete medo nos seus colegas do Setor de Locução: o DJ Kotaro.

Gleyson Manoel da Silva, lotado em Taboão da Serra/SP, é o atual chefe do Setor de Locução e DJs da Rádio J-Hero, mas teve uma longa trajetória até chegar onde está hoje. Ele deu uma pausa no seu amado carteado de fim de semana a noite para trocar algumas palavras comigo e contar alguns detalhes de sua história como um hero.

Apaixonado pela Luna (da franquia Harry Potter), nosso DJ falou sobre como conheceu a rádio, os primeiros trabalhos e desabafou sobre algumas outras coisas também. Vamos conferir!

 

 

J-Hero –  Antes de tudo uma dúvida a ser eliminada: Gle – y – son ou Gley-son?

Kotaro – É Gley-son mesmo! O pessoal – não sei porque – tem uma mania de falar separando (risos).

 

J.H. – Então Gley-son (risos), muita gente fica se perguntando e eu mesmo ainda tenho minhas dúvidas… Vamos direto ao assunto: Por que Kotaro?

Kotaro – Cara isso é engraçado porque até quem me conhece muitas vezes acha que é por outro motivo. Eu sou meio fã de tokusatsus – tanto que quando entrei na rádio era locutor de programa de tokusatsus – e todo mundo acha que meu nick é por causa de Kamem Rider*. Mas na verdade meu nick é inspirado no personagem Kotaro do mangá Negima, com quem eu sempre me identifiquei.

 

J.H. – Quando Gleyson virou Kotaro?

Kotaro – O Kotaro mesmo é de meado de 2011, mas eu curto cultura oriental mais ou menos de 2003-2004. Cara quando eu comecei eu fui para um evento com um brother meu – o Lucas – e aí não parei mais de ir. O primeiro que eu fui foi maravilhoso e o segundo foi o Anime Friends (ainda no começo) e hoje até me pergunto como eu continuei com isso porque foi num galpão e eu fui muito pisado (risos). Em meado de 2007 eu voltei a ir para eventos por causa de uma mina (risos)  – a Camila, uma pessoa que sempre foi muito gente boa e que na época fazia cosplay.

 

J.H. – E como você conheceu a J-Hero? Além disso, como foi que decidiu ser DJ?

Kotaro – Eu escuto a Rádio J-Hero desde 2008. O que acontece é que eu já era de webrádio (fazia parte de uma voltada para os gêneros rock e pop) e uma bela noite eu decidi mandar uma ficha para a J-Hero. Eu já conhecia a galera da rádio por causa de um nick que não vem ao caso (risos) e quando eu precisei dar um nick eu tava com o mangá de Negima do lado e isso foi o que aconteceu, porque o Kotaro era forte, mas não um protagonista e isso me identifica muito, pois sou adepto da ideia de que cada um é protagonista da sua própria história.

 

J.H. – Mais e como foi seu processo de seleção: aceito de primeira ou quase recusado?

Kotaro – Eu tenho uma brincadeira com o pessoal de que um “Kotaro não esquece”, e hoje graças a Game of Thrones eu digo que "o Kotaro é que nem o Norte, ele se lembra”. E quem fez a minha entrevista foi o Luck e a Teroku [ex-membros J-Hero]. O engraçado é que quando eu entrei foi com uma ideia de me reinventar e deletei tudo o que eu já sabia sobre mim e fui do zero. Foi de boa a entrevista, bem fluída, bem maneira. Eu digo que fui aprovado não por talento, mas porque meu estilo de programa não tinha na grade e por isso fui aprovado.

 

J.H. – Você fala meu programa, mas que te acompanha na Rádio J-Hero sabe que você não tem só um e que já teve vários. Conta para nós toda essa sequências de shows do Kotaro na grade da rádio.

Kotaro – O último programa que eu fiz foi o Lanterna (criado no ano passado), mas o primeiro que eu fiz foi o Linha do Tempo onde eu tocava músicas antigas, tokusatsus etc. Em paralelo ao Linha do Tempo eu tinha o Madrugadas com Kotaro  – eu era o DJ das madrugadas e tapa buracos (risos) -. Eu também tive o Shadow of the Night que eu apresentava junto com os DJ Luck e o DJ Apaichai e era tipo um talk show com convidados. Ele foi o primeiro programa em grupo da Rádio J-Hero na grade. O legal era que ele era pensado para três pessoas e sempre faltava uma e a gente montou uma campanha “Cadê o Luck?” que era o que mais faltava. A gente pedia para a galera ir atrás do Luck na cidade dele (que eu não lembro qual era) e dar um tapa na testa dele. Um dia um ouvinte fez isso! (risos). Antes do programa Lanterna ainda teve o Momento Sugoi que quase me fez ser convidado a ser retirado da rádio. Nós sempre tivemos variedades de programas na grade e então eu resolvi criar um programa para o nicho de fãs de ecchi e hentai nas madrugadas e isso acabou fme custando alguns contratempos e o programa teve que acabar (risos).

 

J.H. – E o setor de Locução, como foi para se tornar administrador: escolha ou indicação?

Kotaro – Não, foi a pulso. Foi a única coisa que consegui sem me candidatar. Muita gente diz que eu gosto de ser administrador, mas foi a função que eu mais fugi porque eu não gosto de ser cabeça de nada. Eu não sou o cara que aperta o botão, e sim o que constrói a bomba. Nós tínhamos uma antiga administradora que foi a Milla, mas ela acabou tendo que sair e na época nós tínhamos um outro colega que o Lexus gostava muito dele mesmo só que esse cara era do tipo de querer impor suas decisões. Um dia o Lexus me procurou e disse assim: “Olha a gente tem o setor de DJs e o setor precisa de um administrador. Ou você ou nosso colega” como ninguém gostava do cara por causa dele ser mandão eu acabei aceitando. Hoje não faço ideia de quantos anos estou nisso.

 

J.H. – E quais são os desafios de gerenciar o Setor de Locução/DJs? Você prefere a equipe como está ou acha que não dá conta de quinze DJs?

Kotaro – Cara, eu até queria gerenciar uma equipe maior, mas falta ficha viu! Mas por mim a equipe seria maior. Hoje eu não tenho dificuldade porque todo mundo é altossuficiente. A gente treina os DJs para gerenciar o Painel de Locução e pronto. Antes era muita dor de cabeça.

 

J.H. – Agora um assunto que está relacionado a esses desafios de gerenciamento e que para a Rádio J-Hero é super importante destacar: A DJ Dini-chan. Você já era o administrador quando ela se candidatou. Como foi receber a ficha de uma deficiente visual e o que você teve que fazer para que a Dini se sentisse à vontade na Rádio J-Hero?

Kotaro – Cara, eu falo para as pessoas que a Dini é um dos meus maiores orgulhos. Só que na real eu não fiz muito. Ela que é muito boa, incrível. A grande questão da Dini era que ela tinha muito problema de comunicação pessoa-pessoa. A ficha dela na época foi uma das mais difíceis de lhe dar e de primeiro momento eu recusei porque ela não abriu o jogo sobre a deficiência. Depois eu descobri e até fiquei puto porque sempre achei que ela deveria comunicar isso. E eu digo que isso foi mais difícil para mim do que para ela, pois eu tive que me adequar e me colocar no lugar dela. Toda vez que ia usar o PC eu usava os programas que ela usa para depois ter como ensiná-la como mexer em nosso Painel de Locução e no Streaming da Rádio. Fiz muito isso para poder enfim treiná-la. Depois que eu superei essa questão e passei para ela foi muito rápido para ela aprender a mexer nos programas e depois foi só ela pegar a manha de locutar. Por isso a Dini para mim é um orgulho!

 

(Gleyson Silva, o DJ Kotaro, em dois momentos: o sério e o fã. Fotos: Acervo Pessoal)

 

 

J.H. – Além dessa situação de orgulho o Kotaro tem alguma situação desagradável que viveu na Rádio J-Hero e queria compartilhar?

Kotaro – Uma porrada delas! Quando a gente trabalha com muita gente é inevitável a gente ter problemas e estresse com pessoas. Eu posso fazer uma lista de muitas situações. Mas o lance é superar, deixar para trás porque todo tempo vamos ter problemas.

 

J.H. – Mas você se sente feliz com a Rádio J-Hero hoje?

Não. Eu me sinto orgulhoso, mas não feliz. O que acontece é o seguinte cara: a rádio tem potencial para ser muito melhor do que a gente já foi um dia. Eu vi todas as épocas da rádio e agora estamos num momento muito estacionário. As soluções são simples, mas eu não posso executar. Tem que partir de outras cabeças para as novas gerações darem continuidade. Mas eu me sinto orgulhoso porque continuamos aqui já que muitas outras rádios desistiram. Mas eu me sinto orgulhoso, não feliz. Eu tenho esperança na gente.

 

J.H. – Já que é assim, para encerrar, deixa um recado para nossos ouvintes e leitores.

Kotaro – Beleza. O recado para nossos leitores é que se vc tem um sonho vc tem que tocá-lo e acreditar nele. Como diria Raul Seixas, "sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade". Se todos nós – membros e ouvintes – nos dedicarmos para a Rádio J-Hero ela sempre vai estar aqui para nós e sempre no seu melhor potencial.

 

J.H. – Obrigado Kotaro.

Kotaro – Eu que agradeço. Parabéns J-Hero!

 

 

Essa foi nossa entrevista com o DJ Kotaro. Ao fim do nosso papo ele fez questão de lembrar que no próximo dia 13 de novembro (data de aniversário da Rádio J-Hero) o Setor de Locução e DJs vai fazer uma festa só na nossa programação com programas surpresas a partir de 12h (11h para que não está no Horário de Verão),além de uma reestreia de programa no início da noite.

Antes o próprio DJ Kotaro confirmou que vai conduzir um programa especial na virada da madrugada de domingo (12) para segunda (13), logo após o programa Bakasuka da DJ Asuuka, para comemorar os nove anos da nossa equipe. Então não perca viu!

Até a próxima e… Sayonara!

 

—–

* Na séries Kamen Rider Black e Black RX o nome do personagem protagonista é Kohtaro Minami. Além da grafia ser diferente, o DJ Kotaro já explicou quem o inspirou.