Olá galerinha, a Fanfic de hoje é baseada no anime Saint Seiya: The Lost Canvas e foi escrita por Solon Guedes (o Mugiwara-kun do chat). Ele tem 14 anos e é da cidade de Salvador, na Bahia.

A VINGANÇA DE WYVERN.

Capitulo 1: De volta a este lugar.

Jazia em uma cama uma jovem senhorita de cabelos longos e de um tom que chegava próximo ao violeta. A mesma permanecia imóvel sobre uma cama que estava localizada no centro do quarto onde se encontrava. Era um quarto pequeno, onde não existiam muitos cômodos. Nele exista um item que chamava bastante atenção devido ao seu tamanho, era um lustre, possuía cores negras e também parecia não funcionar a um bom tempo.  A cama onde permanecia a garota também possuía detalhes negros, tendo apenas o colchão e os lençóis exercendo um contraste de cor branca sobre o negro dos detalhes.

Algumas horas já haviam se passado e pouco a pouco a garota que estava adormecida na cama começa a abrir seus olhos que eram surpreendentemente verdes e que transmitia uma forte sensação de esperança.  A mesma logo começa a se levantar ficando sentada sobre a cama. Ainda um pouco sonolenta, a primeira coisa que repara é o enorme lustre negro preso no teto bem acima da cama. Já desperta a jovem muda de feição rapidamente, agora estava assustada, e desesperada como uma gata presa em uma gaiola.

A mesma começou a olhar para os lados analisando todo o quarto e tentando se recordar de qual lugar era aquele, porém sem sucesso. Em um dos lados que olhou avistou uma janela de vidro e logo pensou em ir até ela. A jovem descalça pôs seus pés no chão frio do assoalho cinzento e correu em direção à janela.  Devido ao tamanho do quarto, em alguns segundos a garota chegou à janela, a mesma ao chegar perto hesitou em abrir as janelas de vidro e apenas olhou assustada e com o olhar fixo na vegetação que encontrou ao lado de fora do quarto onde estava.

– Este lu…lugar, não há dúvidas… É a Floresta da Morte! – Disse a jovem assustada com oque acabara de ver.

Preocupada com a situação a jovem tenta abrir a janela de vidro que mantinha a mesma temperatura do assoalho velho e cinzento do chão. Ao tocar na fechadura gelada, uma aura negra que assumia a forma de raios atacou a jovem que foi arremessada para trás, a mesma caiu sobre o chão e ali permaneceu por alguns segundos. Com um pouco de dificuldade a mesma volta a se levantar e rapidamente esquece a janela, a garota já tinha uma ideia do que havia acontecido, mas para confirmar sua teoria iria experimentar uma porta de ferro localizada atrás da cabeceira da cama. A mesma com uma maior disposição se dirige com passos rápidos para a porta.

Chegando até a porta, tendo como um incômodo, o assoalho frio abaixo dos seus pés, a garota se preparava para abrir a porta, respirando fundo e fechando seus lindos olhos verdes,  ela estendia o seu braço afim de abrir a porta, porém no mesmo momento em que ela toca a porta, mais uma vez uma aura negra à ataca, arremessando-a contra a lateral da cama no centro do quarto. A jovem não possuía mais forças, estava fraca de alguma forma devido à aura negra. Sem forças para se levantar a mesma encostou sua cabeça no colchão da cama e começou a falar:

– Não há dúvidas mais. Esta aura negra faz parte de um selamento criado por Hades. Oque será que aconteceu enquanto estive dormindo?  Não consigo me lembrar de nada. Onde será que estão todos? – Dizia a garota imersa em dúvidas e com os olhos que se enxiam com lágrimas sinceras de sofrimento.  

Capitulo 2 : Respostas

A garota continuava com as lágrimas em seu rosto e perdida em seus pensamentos.  Logo ela muda mais uma vez a sua feição, estava mais séria, havia sentido alguma coisa se aproximando. Devido à sensação que sentiu, a garota achou melhor voltar a ficar de pé, ainda com dificuldades devido a sua força drenada, com esforço a jovem conseguiu manter-se em pé diante da porta de ferro. Continuou a encarar a porta, e após alguns segundos o silêncio que cercava todo o quarto foi quebrado por passos que seguiam calmamente em direção à porta, a cada segundo que se passava mais alto se tornava o barulho criado pelos passos próximo a porta de ferro e proporcionalmente a tensão aumentava para a jovem.

 O barulho continuou por mais cerca de dez segundos até que parou com um último e mais barulhento passo.  Não restavam mais dúvidas naquele momento de que exista alguém do outro lado da porta. A garota continuou olhando para porta esperando algum tipo de movimento, eis que pouco a pouco a porta foi abrindo, uma pequena brecha da luz exterior invadiu o quarto que se mantinha escuro até aquele momento, a porta de ferro rangia cada vez mais na proporção em que era aberta a porta.

Logo uma perna revestida por uma armadura de cor negra, mais conhecida como súrplice, invadiu primeiramente o quarto.  O rosto da garota demonstrou uma feição ainda mais séria e mantendo fixo os seus olhos na porta que estava prestes a apresentar um ser. Logo se podia ver todo o ser que adentrou o quarto, era Radamanthys de Wyvern, um dos três juízes do inferno, governado por Hades.

O juiz adentrou a sala com a mesma imponência de sempre e logo fechou a porta de ferro por onde entrou. Apesar da imponência que mantinha, toda a súrplice de Wyvern estava danificada, com um enorme número de rachaduras. Assim como a súrplice, o próprio Radamanthys possuía diversos ferimentos por todo o corpo.

 Já com a porta fechada, o lustre que parecia não funcionar acende com chamas que possuíam o ciano como cor. As duas figuras presentes no quarto se encaravam e mantinham seus olhos fixos um no outro. Estava silêncio no quarto até que Radamanthys fala:

– Então finalmente acordou Athena!  Suponho que esteja se perguntando oque faz aqui e oque aconteceu? – dizia o ser com uma forte voz e que poderia intimidar aqueles de fraco espirito.

– Não precisa dizer nada, Athena. Eu irei lhe dizer oque aconteceu. Já faz exatamente duas semanas desde que a Guerra Santa acabou com a vitória do seu reino, o Seikai, muitos espectros e cavaleiros morreram, e Hades juntamente com os Deuses Gêmeos foram selados – explicava o juiz.

– O que aconteceu com Tenma e os outros? – perguntava a Deusa preocupada.

– Os únicos cavaleiros de Athena restantes foram Dohko de Libra e Tenma de Pégaso, porém ambos estão seriamente feridos e sendo tratados pelo antigo receptáculo do Imperador Hades, Alone – respondeu o juiz que se mantinha calmo e continuava a responder as perguntas da Deusa da sabedoria.

– Não… – a Deusa voltava a se encher de lágrimas – Batalhas como essas não deveriam mais existir! Olha o tamanho das perdas para ambos os lados! – falava Athena com fúria.

– Não chore na minha presença, Athena! Eu não me importo com a sua opinião! Apenas escute o que tenho para falar. – disse Radamanthys sem paciência ao ouvir o choro da jovem Deusa –A última batalha em que lutei nesta guerra foi contra, Kardia de Escorpião, onde pensei que havia sido morto, mas após um tempo quando a guerra já havia acabado eu acordei, tinha sido apenas um desmaio provocado pelas agulhas do Kardia. No momento em que acordei logo pude ver o corpo do Escorpião ainda imóvel a poucos metros de onde eu estava.  Entendendo a situação resolvi vir até esta Catedral onde era uma das propriedades do Imperador na Terra. Aqui encontrei o poder necessário para lhe aprisionar e me vingar, mas se está se perguntando o porquê da minha existência em terra nem mesmo eu sei lhe explicar…

Athena, ouvia tudo que Radamanthys tinha para falar e chocada caía de joelhos no chão e continuava a chorar pela morte de seus cavaleiros queridos. Em sua mente vinham à tona as memórias da guerra e logo em seguida a imagem de cada um de seus cavaleiros veio a sua cabeça a fazendo chorar mais ainda. Radamanthys irritado caminha até Athena e a olha com desprezo, o mesmo também estava em fúria apesar da aparência calma, vendo a Deusa em lágrimas de sofrimento o faz a agredir o rosto da Deusa que, caíra no chão com um lado do rosto avermelhado.

– Deusa estúpida! Você mesmo me obrigou a isso. Eu havia dito para não chorar em minha frente! A única razão para ter acabado ainda com a sua vida é que estou esperando a chegada do Pégaso, desta forma matarei ele e você deixando o pobre cavaleiro de Libra sofrer pelo resto de sua vida. – Dizia o juiz extremamente enfurecido e com um olhar que demonstrava ansiedade perante a batalha que estava próxima.

Athena permaneceu no chão, com menos da metade de sua força devido à aura negra que cercava o quarto a mesma apenas conseguiu ouvir o inicio das palavras do juiz na qual mencionava a chegada de Tenma. Após isso, adormeceu.

Continua na próxima semana…