Olá meus amores, como estão? Aproveitando o recesso dos estudos para encher a cara de animes? Ou estão como eu, enchendo de trabalho mesmo, porque é só o que resta?

A Falando de Amor! anda meio distante, com poucas matérias, mas na medida do possível, estou tentando trazê-la a vida, cheia de paixão e conteúdo para vocês. Por isso, estou iniciando uma nova estrutura nas matérias, buscando deixá-la mais atrativa a todos os leitores antigos e novos.

Ao invés de focar em três mangás de demografias diferentes, o que me tirava muito tempo, pois encontrar mangás bons de yaoi e yuri é complicado (=/), estarei trazendo mangás de romance publicados no Brasil, de todos os estilos.

Para iniciar esta fase Falando de Amor! – 2016 (em 2015), trago a obra Socrates in Love, que adquiri recentemente. Dicas ou sugestões para melhorar ainda mais, só comentar viu?

(Imagem: são vagalumes mesmo.)

Socrates in Love: o Amor sobrevive ao Tempo

Editora Responsável – Japão: Petit Comic / 2004

Editora Responsável – Brasil: JBC / 2011

Escritor: Kyoichi Katayma

Arte: Kazumi Kazui

Preço de Capa: R$19,90

Socrates in Love é baseado na obra Sekai no Chuushin de Ai wo Sakebu que também possui adaptação para dorama. O livro tornou-se um best-seller sendo um dos mais vendidos no Japão e também nos Estados Unidos.

Storyboard: A história centra nos adolescentes Aki e Sakutarô que se conhecem ainda na escola, de uma maneira suave, e um pouco rápida até, conta como os dois se conhecem, como Aki passa a tratar Sakutarô diferente e aos poucos demonstrar os seus sentimentos. Diferente do que estamos acostumados em um shoujo, o foco é no protagonista masculino, e vemos Aki por seus olhos.

As aflições de um adolescente em só querer diversão, estudos, etc. aos poucos se transforma em um sentimento arrebatador de carinho pela sua colega de escola. Surge, neste momento, as indagações iniciais de um possível relacionamento, os momentos gostosos e também os dolorosos da separação. O ponto em que ambos passam a se importar tanto um com o outro que perdem a noção do quão dependentes são um do outro, e o quão cruel uma separação pode ser.

Mas por que se importar tanto com um possível fim, mesmo sendo apenas adolescentes? A trama demonstra que é sim possível manter um amor mesmo que o tempo passe e as adversidades ocorram, até o mais irreversível dos obstáculos: a morte.

Opinião: Aki é uma garota misteriosa, não consigo compreender bem os seus pensamentos, desejos e frustrações, o motivo é simples, somos apresentadas pra ela por Sakutarô, por mais próximo que o casal seja, um não tem como explicar 100% da personalidade dos outros por seus olhos.

Já Sakutarô vemos de um garoto descontraído, até o fim cheio de inseguranças, certezas e sentimentos profundos. Com certeza em um volume apenas a história não possui tanta dramatização quanto a obra original, porém ao seu jeito, Kazui-san conseguiu manter a sensibilidade da outra e trazer a um estilo diferente de leitor, a maioria de nós, uma obra clara, profunda e de caráter questionador.

Socrats in Love possui um fim claro, sem demais questionamentos a respeito da continuação, porém serve de parâmetro para uma reflexão possível. Do romance raso, rápido e apaixonante, até o carinho silencioso e profundo que podemos nutrir por alguém.

Você teria ido até o final como este casal foi? Até que ponto teria parado? Por mais forte que você diga que é o seu sentimento por alguém, até que ponto conseguiríamos nos sacrificar daquela maneira?

Pessoalmente, não sei se teria forças para conseguir me manter ao lado de alguém padecendo até o fim, não teria coragem para ir contra o sistema e fugir, e nem de ficar e ver o fim com os meus próprios olhos. Este é o ponto principal do mangá e que deixo para vocês, além das lágrimas, é claro!

Até onde você iria por amor?